Polissonografia é um exame essencial para diagnósticos assertivos relacionados aos distúrbios do sono.
A polissonografia é um exame médico que auxilia no diagnóstico e no estudo dos distúrbios do sono e monitora diversas variáveis fisiológicas e comportamentais durante o período de sono de um paciente, fornecendo informações valiosas para o diagnóstico e tratamento.
Nesse exame, sensores registram atividade cerebral, movimentos respiratórios, movimentos das pernas, bruxismo, oxigenação do sangue, frequência cardíaca, ronco, entre outros parâmetros. Existem várias modalidades, sendo a polissonografia tipo 1 (ou laboratorial) a mais conhecida, em que o paciente dorme em um laboratório ou clínica do sono para ser avaliado.
“Até por isso o nome do exame é chamado de polissonografia, em que a gente registra essas variáveis, esses dados, e analisa de forma conjunta, para poder fazer a detecção de alguns distúrbios do sono”, explica dra. Aline Scarlatelli, neurologista, neurofisiologista e médica do sono.
Os dados coletados durante a polissonografia são cuidadosamente analisados por especialistas em medicina do sono. Eles examinam os padrões de sono, a ocorrência de eventos anormais, como apneia do sono, ronco excessivo, movimentos periódicos das pernas, pesadelos, entre outros. Essa análise detalhada permite a identificação e a avaliação da gravidade dos distúrbios.
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Como a polissonografia funciona e quando ela é indicada?
A realização do exame, de maneira geral, é bastante simples, embora seja necessário que o paciente organize sua rotina para dormir fora de casa. Além disso, a polissonografia é um exame não invasivo, adequado para todas as faixas etárias, desde bebês até idosos, e geralmente apresenta baixa taxa de complicações.
No entanto, é importante destacar que o exame não é indicado para todos os pacientes com queixas de sono. “Existem indicações específicas para solicitar o exame de polissonografia. Por exemplo, na investigação de roncos, na suspeita de apneia obstrutiva do sono, se o paciente tem alguns eventos de movimentos atípicos durante o sono, na investigação de crises epiléticas noturnas”, destaca a dra. Scarlatelli.
A médica também explica que o exame domiciliar, chamado de poligrafia domiciliar, se popularizou muito após a pandemia, que é uma modalidade em que o paciente realiza o procedimento em casa para monitoramento e avaliação de apneia do sono.
“Nesse formato, não é monitorada a atividade cerebral, apenas a parte respiratória, e é um exame que tem a finalidade de investigar ou de acompanhar pacientes que têm distúrbios respiratórios do sono, como as apneia obstrutiva do sono e outros tipos de apneia.”
Importância da polissonografia na área da saúde
Um exame de polissonografia pode ser determinante para melhorar a qualidade de vida de um paciente, já que ele auxilia no diagnóstico e tratamento de distúrbios do sono que podem ter um impacto significativo na qualidade de vida e na saúde geral das pessoas.
Afinal, desordens no sono estão associadas a uma série de problemas de saúde, como doenças cardíacas e respiratórias, diabetes, obesidade, depressão e comprometimento cognitivo.
A polissonografia desempenha um papel importante na identificação precoce dessas enfermidades, permitindo que os médicos e terapeutas da área definam estratégias de tratamento personalizadas para cada paciente.
“O propósito do exame pode ser tanto para diagnósticos de alguns distúrbios do sono ou de eventos que acontecem durante o sono e que o médico quer investigar qual é a causa. Mas também pode ser feito como tratamento. Além de monitorar se [o tratamento] está sendo eficiente ou não”, acrescenta a dra. Scarlatelli.
Sobre a autora: Gabriella Zavarizzi é jornalista especializada em conteúdos digitais. Tem interesse em assuntos relacionados a neurociências, saúde mental, autismo, TDAH e primeira infância.
