A fotografia foi uma circunstância da minha vida.
Bob começou na fotografia após a morte de seu pai. Parou de estudar Ciências Sociais, pois precisava trabalhar, inclusive para ajudar a passar pelo processo de luto. Conseguiu emprego como office boy no estúdio de fotografia da Editora Abril e, então, foi aprendendo fotografia. Dois anos depois, já era fotógrafo. Mas ainda não sentia que essa era sua vocação.
Algum tempo depois, Bob decidiu vender tudo o que tinha e tentar a carreira em Nova York. Lá, conseguiu uma oportunidade com o consagrado fotógrafo americano Bill King (1930-1987).
“Mandei uma carta e dei o telefone da minha secretária eletrônica para cinco fotógrafos que eu admirava, e ele [Bill King] me escreveu, porque a carta chegou no dia que o assistente dele saiu e ele tinha vínculo com o Brasil.”
O trabalho de moda o levou a fotografar para a revista “Playboy”. Fazia um trabalho padrão, cumprindo determinadas expectativas da publicação. Mas ao fotografar a atriz Maitê Proença na Sicília (Itália), decidiu fazer algo fora do esperado: um ensaio inspirado no neorrealismo italiano.
Essa decisão revolucionou sua carreira e a revista.
Bob considera a passagem para o digital algo muito sofrido, pois mudou completamente a forma de fotografar. “Apanhei muito! Eu sou totalmente aderido ao processo digital. Não tenho muita nostalgia da fotografia analógica, nem romantizo muito isso.”
Para Bob, as ideias devem surgir sem serem muito racionalizadas, pois muito planejamento pode acabar tornando esses planos impossíveis de serem realizados.
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