Ondas de calor na menopausa em 5 perguntas | Larissa Cassiano - Portal Drauzio Varella
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Ondas de calor na menopausa em 5 perguntas | Larissa Cassiano

Os fogachos ou ondas de calor acometem 3 a cada 4 mulheres durante o climatério, fase de transição para a pós-menopausa.
Publicado em 01/06/2022
Revisado em 30/06/2022

Os fogachos ou ondas de calor acometem 3 a cada 4 mulheres durante o climatério, fase de transição para a pós-menopausa.

 

As ondas de calor são sintomas comuns durante o climatério e estão relacionados a alterações hormonais, como a queda do estrogênio. Em geral, elas duram de alguns segundos a 4 ou 5 minutos. Durante à noite, costumam ser percebidas com maior frequência, já que é um momento em que as mulheres estão mais descansadas.

Os fogachos não representam um problema de saúde, mas podem causar desconforto e até resultar em mal-estar, queda de pressão ou desmaio. Por outro lado, já existem medicações que podem amenizar os seus efeitos no dia a dia. Veja o que diz a ginecologista e obstetra Larissa Cassiano.

Olá. Meu nome é Larissa Cassiano, eu sou ginecologista e obstetra e a convite do Portal Drauzio Varella eu tô aqui para responder algumas dúvidas sobre fogachos, aqueles calorões que acontecem durante o climatério e acometem de três a cada quatro mulheres.

As ondas de calor na menopausa não acontecem, na verdade, na menopausa; elas acontecem durante o climatério, que é a fase de transição até que a menstruação pare por completo. Isso acontece por oscilação hormonal, porque a gente tem uma relação entre o centro de regulação da temperatura do corpo com essas questões e alterações hormonais, que geralmente estão relacionadas pela queda de um hormônio específico, que é o estrogênio.

Quando ele começa a cair, começa a oscilar, esses calores, esses fogachos podem acontecer. Algumas pessoas têm essa sensação durante a noite porque muitas vezes é o momento em que a gente faz uma pausa maior e consegue ter uma compreensão, né, um entendimento corporal maior.

Mas não necessariamente. Muitas pessoas acabam tendo durante o dia e não existe uma relação, nenhuma especificidade pra que isso aconteça só no período da noite, mas muitas pessoas acabam percebendo, porque é um momento em que você fica em repouso, em que você consegue ter uma compreensão corporal maior.

Os fogachos não representam um problema direto pra saúde, mas eles podem causar alguns desconfortos, como essa questão de você ter esse calor intenso que muitas vezes te impossibilita de realizar algumas atividades; algumas pessoas, quando têm os fogachos, acabam tendo uma redução na pressão e podem até ter um desmaio.

Então o fogacho em si não é um problema pra saúde, mas ele pode estar associado a algum tipo de desconforto, a alguma alteração que aí cause, sim, um problema direto naquele momento — não um problema de longo prazo pra saúde, mas pode causar mal-estar, queda de pressão e até mesmo um desmaio.

Os fogachos não tem um tempo específico, né, cada pessoa tem uma sensibilidade, uma duração específica, mas a gente percebe que eles duram de segundos até quatro a cinco minutos. Então, a percepção é muito pessoal, como algumas pessoas têm um mal-estar muito grande, parece que está durando muito tempo. Mas geralmente ele dura de alguns segundos a alguns minutos (de quatro a cinco minutos).

Uma das formas de aliviar o fogacho, que a gente tem hoje, é através de medicação, e não necessariamente reposição hormonal. A gente já tem medicações que agem reduzindo toda essa, esse desconforto, essa vasoconstrição — a gente chama isso quando o vaso fica mais contraído e aí vem o fogacho.

A gente também tem medicações fitoterápicas que muitas vezes ajudam, e claro, reposição hormonal de diversas formas; hoje a gente tem por adesivo, por gel, por implante, por DIU. Então a gente tem algumas formas de reposição hormonal, algumas medicações fitoterápicas e também algumas medicações que agem como antidepressivo, mas que, como efeito colateral, podem alterar essa vascularização que fica ali modificada durante esse período do climatério até a menopausa.

Conteúdo desenvolvido em parceria com a marca TENA https://www.tena.com.br

Veja também: A vida na menopausa

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