Campanha de vacinação contra a gripe começa mais cedo

Campanha de vacinação contra a gripe começa no dia 25 de março em quase todo o país. Saiba mais.

O Ministério da Saúde decidiu antecipar a campanha nacional de vacinação contra a gripe este ano. Em vez de começar em abril, como nos outros anos, a vacinação terá início no dia 25 de março em todo o país, com exceção da Região Norte, onde a campanha deverá começar apenas no segundo semestre, quando se inicia o inverno Amazônico na região.

O motivo é a alta circulação de vírus respiratórios que começou mais cedo em 2024, ainda no verão.

O Ministério espera vacinar 75 milhões de pessoas pelo SUS.

Os primeiros a receberem a vacina gratuitamente serão os seguintes grupos prioritários:

• Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
• Trabalhadores da Saúde;
• Gestantes e puérperas;
• Professores dos ensinos básico e superior;
• Povos indígenas, incluindo crianças entre 6 meses e menores de 9 anos;
• Idosos com 60 anos ou mais;
• Pessoas em situação de rua;
• Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
• Profissionais das Forças Armadas;
• Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
• Pessoas com deficiência permanente;
• Caminhoneiros;
• Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
• Trabalhadores portuários;
• Funcionários do sistema de privação de liberdade;
• População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens entre 12 e 21 anos que estejam sob medidas socioeducativas.

A vacina será dada em uma dose, com exceção das crianças que forem vacinadas pela primeira vez contra a gripe. Estas deverão tomar duas doses do imunizante, com intervalo de 30 dias entre elas. 

Quem não fizer parte dos grupos prioritários pode encontrar a vacina na rede privada. Ela está disponível para todas as pessoas a partir dos seis meses de idade e custa entre 70 e 100 reais, em média.

As vacinas oferecidas pelo SUS e pela rede privada são igualmente seguras e eficazes. A única diferença entre elas é que a vacina do SUS protege contra três cepas do vírus influenza e a da rede privada, contra quatro tipos.

É importante reforçar que a vacina contra a gripe não causa gripe, pois é produzida com vírus inativado.

Gripe não é resfriado

Embora resfriados e gripes sejam infecções virais, elas são doenças diferentes: o resfriado é causado por cerca de 200 tipos de vírus, entre eles os rinovírus, responsáveis pela maioria dos casos da doença. É exatamente por haver vários tipos de vírus que provocam resfriado que podemos pegar dezenas de infecções durante a vida, pois não desenvolvemos imunidade duradoura para todos os tipos.

Os resfriados comuns costumam provocar sintomas que comprometem as vias aéreas superiores, como faringe e nariz. Assim, congestão nasal, coriza, dor de garganta leve, mal-estar moderado e febre baixa (quando ocorre, nunca passa dos 38,5º C) são sintomas da infecção, que dura entre 2 e 4 dias, no geral. A pessoa com resfriado pode até preferir se recuperar na cama, mas se ela tiver uma tarefa importante, consegue se levantar, mesmo que os sintomas incomodem.

A gripe, causada pelos vírus influenza, provoca sintomas mais intensos, que podem atingir todas as vias aéreas, como faringe, traqueia, brônquios e, ocasionalmente, os pulmões. Na maioria dos casos, a pessoa desenvolve, além dos sintomas semelhantes aos do resfriado, febre alta (acima de 38,5º C), dores no corpo e mal-estar intensos.

Idosos, crianças pequenas e pessoas com a imunidade comprometida podem ter complicações graves de gripe. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que todos os anos morram mais de 650 mil pessoas no mundo em consequência de complicações da gripe, como pneumonia.

Por isso, é importante vacinar-se contra a doença. Verifique a data exata do início da campanha de vacinação contra a gripe no seu município.