Saiba quando é preciso tratar pé chato

Geralmente o pé chato não causa maiores prejuízos, mas alguns casos podem progredir e exigir cirurgia. Veja dicas para promover o desenvolvimento dos pés.

Ilustração de pé chato em visões de perfil, de frente e de trás.

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Geralmente o pé chato não causa maiores prejuízos, mas alguns casos podem progredir e exigir cirurgia. Veja dicas para promover o desenvolvimento dos pés.

 

Pode reparar: quando a criança é muito pequena, ainda bebê, ela tem a sola do pé reta, sem a curva que impede que ele fique todo no chão. Essa curva, chamada de arco plantar, se desenvolve aos poucos e deve estar totalmente formada por volta dos 6 anos de idade. Entretanto, algumas crianças, principalmente por fatores genéticos, não a desenvolvem por completo e acabam com o “pé chato” (pé plano, na linguagem médica).

 

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Em um primeiro momento, essa condição não causa grandes prejuízos ao indivíduo, mas ao longo dos anos e dependendo do quanto a pisada sofre desvio, podem surgir complicações. “Um problema que pode acontecer é a tendinite, principalmente por conta do esforço. Mas essas lesões podem ser prevenidas com exercícios de fortalecimento (abrir e fechar os dedos do pé, por exemplo) ou simplesmente caminhando descalço. É importante consultar um especialista que vai analisar cada caso”, explica o dr. Thiago Righetto, médico ortopedista.

FA RenLis | Wikimedia Commons

Na grande maioria das vezes, a tendência de quem tem pé chato é pisar “para dentro” (pisada pronada, como você vê ao lado), o que, com o tempo, pode provocar entorses. Em casos mais graves, a região do tornozelo pode ser tão exigida que começa a inflamar e a inchar, ocasionado dores intensas.

Em geral, a intervenção médica se torna necessária quando há muita calosidade, dor ou quando o quadro progride para condições como as coalizões tarsais. Caracterizadas quando dois ossos do torso (parte superior) do pé se fundem formando uma barra óssea, as coalizões diminuem a capacidade de articulação, provocam dor e encurtamento de tendões. Sem tratamento, pode evoluir de tal forma que simplesmente caminhar se torna muito difícil.

 

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Assim como palmilhas especiais, as conhecidas botinhas ortopédicas não são recomendadas pela comunidade médica há muito tempo, pois não surtem efeito na formação do arco. A escolha dos calçados da criança devem visar principalmente à segurança. Ou seja, considere a durabilidade e um solado que proteja contra escorregões, e não possíveis efeitos sobre a conformação dos pés.

Um dica interessante para os pais é deixar as crianças andarem descalças em terrenos planos e firmes, pois esse hábito ajuda a fortalecer a musculatura, contribui para a formação do arco plantar e reduz o risco de dores nos quadris e joelhos no futuro.

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