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Oncologia

Tratamento do câncer de pele é cirúrgico em cerca de 90% dos casos

Publicado em 31/10/2024
Revisado em 31/10/2024

A quimioterapia não faz parte do arsenal terapêutico do carcinoma basocelular, porque esse tipo de lesão raramente evolui para um estágio avançado.

 

O câncer de pele do tipo carcinoma basocelular é um dos mais incidentes no Brasil por dois fatores: localização geográfica, o que favorece a alta incidência de radiação ultravioleta, e também pela cultura de praia, o que incentiva as pessoas a fazerem mais atividades ao ar livre.

Além disso, os adultos que hoje têm por volta de 40/ 50 anos são de uma geração que na infância foi muito exposta à radiação solar sem proteção. O problema é que, a longo prazo, a radiação UV causa mutações no DNA das células da pele, aumentando o risco de câncer. 

Por tratar-se de um tumor constituído de células basais, que se localiza na região mais profunda da pele, as lesões têm um crescimento muito lento, que muitas vezes se assemelha a uma verruga, que podem sangrar em decorrência de pequenos traumatismos do dia dia e por isso precisam ser investigadas. Sua localização mais frequente é a região da cabeça e pescoço. 

 

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Tratamento do Carcinoma

A boa notícia é que os carcinomas basocelulares raramente se espalham para outras partes do corpo (não causa metástase) e o tratamento, em cerca de 90% dos casos, é cirúrgico ou até mesmo tópico (cremes). A quimioterapia não faz parte do arsenal terapêutico do carcinoma basocelular, porque esse tipo de lesão raramente evolui para um estágio avançado. 

“O tratamento padrão ouro é a remoção cirúrgica. Existe uma técnica cirúrgica, chamada cirurgia micrográfica de Mohs que remove toda lesão com controle microscópico das margens, para garantir que essa lesão seja removida completamente e não cause problemas no futuro. Lesões muito pequenas e superficiais, podem ser tratadas com cremes”, explica o dr. Rodrigo Guedes, oncologista clínico e membro do Comitê de Tumores de Pele da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica). 

Normalmente, as lesões pequenas podem ser extraídas a nível ambulatorial, ou seja, o paciente não precisa ficar internado. O médico só faz anestesia local e extrai a lesão e o paciente tem alta no mesmo dia. 

 

Prevenção

Para ajudar a prevenir o câncer de pele, é necessário evitar a exposição solar entre 10h e 16h, pois a radiação solar nesse período é maior. O uso de chapéu, óculos, até podem ajudar, mas só o filtro solar (em quantidades adequadas) conseguem garantir uma proteção mais eficiente. Na dúvida, utilize a regra da colher de chá para a região do rosto, pescoço e colo e duas colheres de chá para a região dos braços, pernas e costas. 

A aplicação deve ocorrer cerca de meia hora antes da exposição ao sol, para garantir melhor absorção na pele, e deve ser reaplicado a cada duas ou três horas ou após se molhar.

 

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