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Saiba qual pílula pode ser usada durante amamentação

Cartela de pílula anticoncepcionais sobre uma superfície e mãos femininas segurando um teste positivo para gravidez.
Publicado em 06/08/2013
Revisado em 21/10/2021

Mulheres que utilizam a pílula na amamentação como principal método anticoncepcional podem ficar tranquilas: é possível  continuar a usá-las mediantes algumas observações. 

 

Após o nascimento do bebê é comum que as mães concentrem toda sua energia e preocupação nos cuidados com a criança. Nesse momento podem surgir dúvidas diversas, principalmente a respeito dos possíveis malefícios de se adotar anticoncepcionais durante a fase de aleitamento. Mas mulheres que utilizam a pílula como principal método anticoncepcional podem ficar tranquilas: é possível  continuar a usá-las mediantes algumas observações.

 

Veja também: Leia entrevista contraceptivos

 

Algumas mulheres que temem tomar anticoncepcionais orais acreditam na contracepção proporcionada pela própria amamentação, já que a ação da prolactina, hormônio responsável pela produção de leite, pode impedir a ovulação e a menstruação. Mas, segundo o ginecologista Luciano Pompei, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, esse método só é eficiente quando o bebê mama muitas vezes por dia e diretamente no peito. “É o movimento de sucção feito pela boca do bebê que estimula a liberação da prolactina. Mas isso deve ser feito inúmeras vezes por dia para que o hormônio seja liberado em quantidade suficiente para servir como contracepção. Portanto, não adianta tirar o leite e guardar.”

 

Cuidados ao tomar contraceptivos 

 

Mesmo que a mãe pretenda ter outros filhos, os médicos recomendam esperar pelo menos um ano até a próxima gestação. O intervalo é ideal para a recuperação física e, principalmente, emocional da mãe, já desgastada com a correria de cuidar de um filho. Assim, a recomendação para evitar outra gravidez é fazer uso de métodos contraceptivos tradicionais.

“Há algumas ressalvas. A pílula só pode voltar a ser administrada 40 dias após o nascimento da criança, e é preciso prestar atenção na composição do medicamento, pois nem todas são liberadas durante a amamentação”, alerta Pompei. A principal restrição refere-se às feitas com estrógeno. “Anticoncepcionais desse tipo ‘secam’ o leite produzido pela mãe. Além disso, mesmo que muito raro, acredita-se que esse hormônio possa chegar ao bebê, causando problemas ainda desconhecidos, uma vez que em geral o leite materno ‘seca’ totalmente antes  de chegar à criança.” Já as pílulas feitas somente com progesterona estão liberadas, pois já  foi comprovado cientificamente que esse hormônio não influencia na composição do leite.

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