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Por que o risco de osteoporose aumenta depois da menopausa?

mulher com mão nas costas em sinal de dor. entenda por que mulheres estão mais suscetíveis à osteoporose na menopausa
Publicado em 16/06/2023
Revisado em 20/06/2023

A fragilidade dos ossos é causada, entre outros fatores, pela queda do estrogênio no organismo. Entenda o que leva ao aumento do risco de osteoporose na menopausa.

 

Uma em cada três mulheres com mais de 50 anos terá osteoporose. E, segundo o Ministério da Saúde, metade delas sofrerá uma fratura em razão da doença. Silenciosa, a osteoporose atinge três vezes mais mulheres do que homens, e essa incidência desigual tem muito a ver com os efeitos da menopausa.

 

O que é a osteoporose?

Ao longo da vida, o esqueleto humano vai se transformando para proporcionar o crescimento. Enquanto pequenas áreas do tecido ósseo morrem, outras são depositadas, modelando o formato e a densidade dos ossos. O cálcio e o fósforo, obtidos através da alimentação e de hábitos de vida saudáveis, são os principais responsáveis por deixar o esqueleto mais rígido.

No entanto, por volta dos 30 anos, essa relação não acontece na mesma rapidez: os ossos tendem a se degradar mais do que se recompor. Aos poucos, eles vão perdendo densidade, o que os torna mais frágeis e sujeitos a fraturas, podendo resultar na osteoporose.

 

Por que as mulheres estão mais suscetíveis à osteoporose na menopausa?

Marcelo Ruck, ortopedista do Hospital Santa Casa de Mauá, em São Paulo, explica que existem dois tipos de osteoporose: a primária, causada espontaneamente pela queda do estrogênio, é a que mais atinge mulheres no pós-menopausa; e a secundária, uma consequência de outra doença, como artrite reumatoide, diabetes, hipertireoidismo, tabagismo, ingestão excessiva de álcool e sedentarismo

“As mulheres têm maior risco de desenvolver a doença, porque, quando elas param de menstruar, há uma grande queda em um hormônio chamado estrogênio. Ele é responsável, entre outras coisas, pela saúde dos ossos”, ressalta o dr. Marcelo.

O estrogênio, assim como a testosterona, funciona como um “transportador” de cálcio para o interior dos ossos. Quando o organismo diminui a produção desses hormônios, a degradação óssea aumenta. 

Veja também: Como o estrogênio pode aumentar os riscos de câncer de mama?

 

Complicações provocadas pela osteoporose

Apesar de não apresentar sintomas, a osteoporose pode provocar diversas consequências negativas na qualidade de vida do paciente. Entre elas, as fraturas.

“As fraturas atingem especialmente o quadril, o punho e a coluna. A que causa maior incapacidade e também aumenta o índice de mortalidade é a [fratura] de quadril. Nessa fratura, geralmente a pessoa está em pé e, devido à fraqueza do osso, o próprio peso do corpo faz o osso quebrar e a pessoa cair”, explica o dr. Marcelo.

Atualmente, ocorrem aproximadamente 2,4 milhões de fraturas por ano devido à osteoporose no Brasil. Dessas, cerca de 200 mil pessoas morrem por causa de complicações, como embolia gordurosa, tromboembolismo e infecções pós-cirúrgicas. 

Entre os pacientes que sobrevivem à fratura do quadril, por exemplo, metade não consegue viver de maneira independente. A maior parte deles se queixa de dor crônica e passa a necessitar de andador, bengala ou até mesmo um cuidador. 

 

Importância do diagnóstico precoce

É fundamental identificar a osteoporose antes que ela se agrave e provoque fraturas graves. O exame que diagnostica a doença é chamado de densitometria óssea e deve ser feito anualmente por mulheres acima de 65 anos e homens acima de 70. Mulheres com fatores de risco, como aquelas que já entraram na menopausa, apresentam causas secundárias ou levam um estilo de vida sedentário também devem realizar o exame. 

 

Como funciona o tratamento?

O tratamento da osteoporose envolve o uso de medicamentos que diminuem ou interrompem a perda de massa óssea, além de medidas para diminuir o risco de fraturas, como exercícios regulares. No caso de quedas, a indicação é majoritariamente cirúrgica.

 

Prevenção

Para prevenir a osteoporose, o dr. Marcelo lista alguns hábitos que podem fortalecer os ossos:

  • Praticar atividades físicas regularmente;
  • Consumir alimentos ricos em cálcio e vitamina D;
  • Consumir leite e derivados (o indicado para adultos acima de 20 anos são 600 mL por dia);
  • Consumir vegetais de folhas verde-escuro, como alface, chicória e repolho;
  • E tomar sol em horários seguros (antes das 10h e após às 16h).

Veja também: Prevenção da osteoporose deve começar na juventude

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