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Para que serve a fisioterapia pélvica?

Publicado em 26/09/2024
Revisado em 23/09/2024

O fortalecimento do assoalho pélvico é importante em algumas condições que acometem principalmente as mulheres, como a incontinência urinária. 

 

Você já ouviu falar sobre a fisioterapia pélvica? Essa modalidade da fisioterapia busca reforçar a musculatura do chamado assoalho pélvico. Embora as pessoas estejam acostumadas a treinar os músculos do abdômen, das pernas e dos braços, muitas vezes elas nem se lembram da existência do assoalho pélvico. 

Mas, afinal, o que é assoalho pélvico?

“São estruturas musculares e ligamentares inseridas na pelve óssea com a função primária de sustentação dos órgãos pélvicos (reto, útero, bexiga). Atuam diretamente na continência urinária e fecal, permitindo a contração e o relaxamento de esfíncteres. Além disso, estão envolvidos na dinâmica de estabilização do corpo envolvendo abdômen e membros inferiores”, explica a fisioterapeuta pélvica Ariana Toriy. 

A fisioterapia pélvica é uma especialidade da fisioterapia que atua na prevenção e reabilitação de disfunções do assoalho pélvico. “O fisioterapeuta pélvico é um profissional de primeiro contato que realiza a avaliação individualizada do assoalho pélvico e suas disfunções”, esclarece a especialista. 

 

Quando a fisioterapia pélvica é indicada

A fisioterapia pélvica pode ser recomendada no tratamento ou prevenção de condições como: 

A prática também pode ajudar gestantes na preparação para o parto.

Ariana diz que o principal benefício da fisioterapia pélvica é a qualidade de vida, especialmente no caso das mulheres, já que ela ajuda a normalizar situações que são muito incômodas no dia a dia, como perda involuntária de urina, dores persistentes e desconforto na relação sexual – problemas que muitas vezes a mulher suporta calada. 

“Ao longo do tempo, essas situações degradam a vida da mulher, colocando em risco até mesmo a sua saúde mental. A fisioterapia pélvica é a liberdade e autonomia sobre o seu corpo”, afirma.

        Veja também: Fisioterapia pélvica pós-câncer de colo do útero

 

Fisioterapia pélvica na gestação e pós-parto

“A fisioterapia na gestante atua nas adaptações corporais e nos sintomas relacionados a cada estágio da gestação e do pós-parto. Independente da via de parto – vaginal ou cesárea –, a musculatura precisa estar íntegra para manter a estabilidade na gestação e consequentemente otimizar a reabilitação no pós-parto”, detalha Ariana.

Também é preciso atenção aos músculos abdominais, que durante a gestação ficam extremamente sobrecarregados, podendo desencadear incômodos, dores e até disfunções como a incontinência urinária, que pode ser prevenida com a fisioterapia pélvica.

“No pós-parto, a fisioterapia pélvica acolhe o retorno do corpo da mulher ao estado pré-gestacional, incentivando a maneira segura do retorno aos exercícios físicos e reabilitação dos músculos do assoalho pélvico, se necessário”, completa a profissional. 

 

Só para mulheres?

Não são apenas as mulheres que podem se beneficiar da fisioterapia pélvica. “A fisioterapia pélvica é para todos: mulheres, homens e crianças. No caso dos homens, a fisioterapia pélvica atua fortemente na reabilitação pós-prostatectomia [remoção cirúrgica da próstata], regularizando a função de continência urinária. Até mesmo crianças com enurese noturna, por exemplo, podem se beneficiar da fisioterapia pélvica”, explica. 

Os homens também podem se beneficiar dessa especialidade em situações de disfunções miccionais, proctológicas e específicas como disfunção erétil ou dores pélvicas. “Vale lembrar que a anatomia da pelve masculina é diferente, tendo demandas específicas”, finaliza Ariana.

        Veja também: Como é a cirurgia do assoalho pélvico?

 

Conteúdo produzido em parceria com a Tena Brasil, marca líder mundial em produtos para incontinência urinária.

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