Clamídia é uma doença sexualmente transmissível que pode afetar homens e mulheres e ser transmitida da mãe para o feto. Saiba como identitficar e prevenir.
Publicado em 19/04/2011
Revisado em 31/10/2023

Clamídia é uma doença sexualmente transmissível que pode afetar homens e mulheres e ser transmitida da mãe para o feto. Saiba como identitficar e prevenir.

 

Clamídia é a infecção sexualmente transmissível (IST) de maior prevalência no mundo. Ela é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que pode infectar homens e mulheres e ser transmitida da mãe para o feto na passagem pelo canal do parto.

A infecção atinge especialmente a uretra e órgãos genitais, mas pode acometer a região anal, a faringe e ser responsável por doenças pulmonares. A clamídia é uma das causas da infertilidade masculina e feminina.

Nos homens, a bactéria pode causar inflamações nos epidídimos (epididimite) e nos testículos (orquite), capazes de promover obstruções que impedem a passagem dos espermatozoides. Nas mulheres, o risco é a bactéria atravessar o colo uterino, atingir as tubas uterinas provocar a doença inflamatória pélvica (DIP).

Esse processo infeccioso pode ser responsável pela obstrução das tubas e impedir o encontro do óvulo com o espermatozoide, ou então dar origem à gravidez tubária (ectópica), se o ovo fecundado não conseguir alcançar o útero. A mulher infectada pela Chlamyda trachomatis durante a gestação está mais sujeita a partos prematuros e a abortos. Nos casos de transmissão vertical na hora do parto, o recém-nascido corre o risco de desenvolver um tipo de conjuntivite (oftalmia neonatal) e pneumonia.

 

Sintomas

O período de incubação da clamídia é de aproximadamente 15 dias, fase em que é possível o contágio. A infecção pode ser assintomática. Quando os sintomas aparecem, são parecidos nos dois sexos:

  • Dor ou ardor ao urinar;
  • Aumento do número de micções;
  • Presença de secreção fluida;
  • As mulheres podem apresentar, ainda, perda de sangue nos intervalos do período menstrual e dor no baixo ventre.

 

Diagnóstico

Os sinais e sintomas da clamídia podem ser isolados e pouco aparentes o que dificulta o diagnóstico precoce. Em geral, as pessoas procuram o médico, quando surgem as complicações. O exame de urina, da secreção uretral e do material obtido por esfregaço na uretra (nas mulheres, também o material colhido no colo do útero) e o exame para detectar os anticorpos anticlamídia (IgM) são de extrema importância.

Veja também: Quais exames pré-natais as grávidas devem realizar?

 

Prevenção e tratamento

Não existe vacina contra a clamídia. A única forma de prevenir a transmissão da bactéria é o sexo seguro com o uso de preservativos.

Uma vez instalada a infecção, o tratamento consiste no uso antibióticos específicos (azitromicina, doxiciclina, eritromicina, minociclina, por exemplo) e deve incluir o/a parceiro/a para evitar a reinfecção. É recomendável suspender as relações sexuais nesse período.

 

Recomendações

  • Pratique sexo seguro;
  • Procure o médico, assim que manifestar algum sintoma que possa sugerir uma doença sexualmente transmissível. Clamídia e gonorreia são infecções que, com frequência, estão associadas;
  • Evite o contato sexual com múltiplos parceiros;
  • Siga criteriosamente a orientação do médico sobre a duração do tratamento e as doses dos medicamentos.

Veja também: Qual a melhor maneira de prevenir ISTs?

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