Infecções bacterianas, ISTs e higiene inadequada são alguns fatores associados ao surgimento dos cistos de Bartholin.
Os cistos de Bartholin são cistos que se formam nas glândulas de Bartholin, podendo ser grandes ou pequenos, assintomáticos ou sintomáticos. Quando há sintomas, geralmente eles incluem dor, dificuldade para sentar-se e para caminhar e desconforto durante a relação sexual.
“Primeiramente, vamos explicar o que são as glândulas de Bartholin, também chamadas de glândulas vestibulares maiores: são glândulas localizadas na transição vagina-vulva e que têm a finalidade de produzir um líquido para lubrificação vaginal. São duas, uma à direita e outra à esquerda”, explica o dr. Fabio Rodolfo Rios, ginecologista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Segundo o médico, os cistos de Bartholin se originam como consequência de um processo infeccioso-inflamatório que leva a uma obstrução do ducto da glândula de Bartholin, causando um acúmulo de líquido no seu interior e, assim, formando o cisto.
“Alguns casos podem ter sua origem decorrente de algum trauma local que também leva à obstrução do ducto da glândula. Os cistos podem ser agudos (abscesso) – também chamados de bartolinite aguda – ou serem crônicos (cistos do ducto da glândula de Bartholin)”, completa.
Ele explica que a bartolinite aguda geralmente está associada a uma infecção bacteriana, causando dor intensa e inflamação. Quando há dor de forma aguda e com calor local, é recomendado buscar avaliação médica para iniciar o tratamento ou fazer a drenagem, se necessário.
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Fatores de risco
Segundo o especialista, os principais fatores de risco associados aos cistos de Bartholin são as infecções bacterianas (como clamídia, gonococos, E. Coli e outras), higiene inadequada, exposição à infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e trauma local. O risco de desenvolver o problema é maior entre mulheres sexualmente ativas.
Tratamento dos cistos de Bartholin
“O diagnóstico é clínico e o tratamento vai depender se estamos diante de um quadro agudo ou crônico. Nos quadros agudos, geralmente introduzimos antibióticos, anti-inflamatórios e, se possível, drenagem. Nas pacientes com cistos maiores, que apresentam quadros de recidivas de agudização, o tratamento é cirúrgico, que são basicamente dois: marsupialização [procedimento cirúrgico menos invasivo] ou bartolinectomia [remoção completa das glândulas de Bartholin]”, esclarece o dr. Fábio.
Nos casos de cistos menores, assintomáticos e que não atrapalhem a vida da paciente – que geralmente são os cistos crônicos –, não há necessidade de tratamento.