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Casos de coqueluche disparam no Paraná e em São Paulo

Doença prevenível através da vacinação, o país se vê em uma nova onda de casos de coqueluche, que atinge, principalmente, crianças de até um ano
Publicado em 15/11/2024
Revisado em 14/11/2024

Doença prevenível através da vacinação, o país se vê em uma nova onda de casos de coqueluche, que atinge, principalmente, crianças de até um ano

Caracterizada por uma tosse seca e irritativa que pode durar semanas ou até meses, a coqueluche também pode causar febre baixa, corrimento nasal e mal-estar. É uma doença contagiosa, transmitida através do contato com a pessoa infectada ou pelas gotículas eliminadas por ela ao tossir, falar ou espirrar. 

Segundo dados do Painel Epidemiológico, disponível no site do Ministério da Saúde, apenas em 2024 foram registrados 3.252* casos em todo o país. No ano passado foram 214. Os estados com mais notificações da doença são: Paraná (1.229), São Paulo (831), Minas Gerais (384), Rio de Janeiro (259), Rio Grande do Sul (112) e Distrito Federal (163). 

Ainda segundo o painel, 88% dos pacientes com coqueluche residem em áreas urbanas e têm menos de um ano de idade. Desde 2020, os casos vinham diminuindo, sendo registrados apenas 160 diagnósticos no país. Os anos com maior incidência de casos foram 2014 (8.620) e 2015 (3.108). 

Em entrevista dada ao Portal Drauzio, o dr. Renato Kfouri, pediatra infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que essa redução entre 2019 e 2020 pode ser resultado do isolamento social trazido pela pandemia. “O distanciamento diminuiu muito os números de casos de todas as doenças de transmissão respiratórias: pneumonia, meningite, gripe, bronquiolite, coqueluche. Então, nós tivemos sim uma queda importante de notificações por conta do isolamento que a covid trouxe para todos.” 

Com a volta às atividades presenciais e convívio com amigos, familiares e outras crianças, a vacinação se torna essencial para evitar não apenas essa, mas diversas outras doenças infecciosas. 

Quem deve tomar a vacina?

A  melhor forma de prevenção da coqueluche é a vacina, que é oferecida no SUS ainda nos primeiros meses de vida. São três doses: aos 2, aos 4 e aos 6 meses de idade. Depois, uma dose de reforço aos 15 meses e um segundo reforço aos 4 anos. A vacina é a chamada tríplice bacteriana, que protege contra difteria, tétano e coqueluche.

A SBIm  recomenda que mesmo as crianças que já tiveram a doença sejam vacinadas, já que a proteção adquirida pela infecção não é permanente.

Neste calendário de vacinação infantil da SBim, você pode conferir quais as vacinas são recomendadas para as crianças (0  a 10 anos) e quais estão disponíveis no SUS.

*Dados atualizados no dia 11/11/2024 

Veja também: Coqueluche: o que é e quem deve se vacinar

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