Hipertensão em 7 perguntas | Helena Benedetto - Portal Drauzio Varella
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Hipertensão em 7 perguntas | Helena Benedetto

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Publicado em 09/04/2018
Revisado em 11/08/2020

Pressão alta é grave, mas como pode ficar muito tempo sem apresentar sintomas, é subestimada. Especialista responde algumas perguntas sobre hipertensão.

 

Hipertensão é uma epidemia no Brasil e em muitos países. Dificilmente você não conhece alguém que tenha. Esclarecemos as principais dúvidas sobre a doença com a dra. Helena Benedetto, médica cardiologista do Hospital Sírio-Libanês.

Este conteúdo faz parte de uma parceria entre o Portal Drauzio Varella e o Grupo DPSP.

 

A hipertensão é uma doença exclusiva de pessoas mais velhas?

É uma doença que costuma acometer pessoas mais velhas, especialmente depois dos 60 anos, mas também pode atingir indivíduos mais jovens, inclusive crianças. Em relação aos grupos em que a hipertensão pode estar presente, quando comparamos negros e brancos, observamos que é mais frequente no primeiro grupo. Nos negros a doença também tem comportamento mais agressivo, precisando de mais medicamentos.

 

É possível ter hipertensão se meus pais não têm?

Sim, é possível. Um indivíduo cujos pais são hipertensos está sob risco mais elevado do que outros de tornar-se hipertenso ao longo da vida, mas esse não é o único fator que contribui para o aparecimento da doença. Existem outras condições — que nós chamamos de fatores de risco — como sedentarismo, dietas com consumo excessivo de álcool e sal, sobrepeso ou obesidade.

 

Como eu descubro se tenho hipertensão?

A hipertensão, ao contrário do que algumas pessoas pensam, é uma doença de comportamento silencioso ao longo de anos ou décadas (é uma doença assintomática). Sendo assim, a maneira de fazer o diagnóstico é através de um rastreamento dos indivíduos adultos, saudáveis ou com outras condições de saúde, com aferições frequentes da pressão arterial.

 

Qual a importância de saber se sou hipertenso?

É muito importante, pois a hipertensão, por si só, é um fator de risco para o desenvolvimento de aterosclerose, que pode causar complicações futuras como infarto do miocárdio, AVC (popularmente conhecido como derrame), doença renal crônica, doença ocular, aneurisma de aorta, entre outras complicações graves de saúde.

 

Veja também: 7 mitos e verdades sobre hipertensão

 

O que o sal tem a ver com a pressão alta?

Até hoje, todos os mecanismos de desenvolvimento da hipertensão arterial não são totalmente conhecidos, mas existe um fator claramente associado a ele que é a ingestão excessiva de cloreto de sódio (que nada mais é que o sal de cozinha). Isso significa que uma pessoa que consome muito sal na sua dieta está sob maior risco. Pessoas hipertensas têm recomendação de restringir seu consumo e, com isso, obter melhor controle da pressão arterial.

Vale a pena salientar que, quando consideramos o sal ingerido diariamente, leva-se em conta também o sal contido nas preparações industrializadas.

 

É possível tratar hipertensão sem medicamentos?

Sim, uma parcela das pessoas hipertensas conseguem ser tratadas apenas com medidas gerais não medicamentosas. Ou seja, a adoção de um estilo de vida mais saudável como um todo, com prática regular de exercícios físicos, dieta equilibrada restrita em sal, sem ingestão excessiva de álcool, manutenção do peso adequado. São medidas que, por si só, podem controlar a pressão arterial, sem a necessidade de medicamentos.

 

Devo tomar medicamentos somente quando minha pressão sobe?

Não, medicamentos para pressão arterial são de uso contínuo, ou seja, o indivíduo que está com a pressão controlada com uso de medicações deve continuar usando os medicamentos, pois assim ela permanece controlada.

Os ajustes, as trocas de medicamentos e eventuais efeitos adversos devem ser levados ao médico, clínico ou cardiologista, para que esses façam as avaliações adequadas e os ajustes pertinentes.

 

Assista abaixo ao vídeo completo

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