Editores da revista “Science” elegeram as dez descobertas científicas mais relevantes do período entre 2000 a 2010.
Os editores da revista “Science” elegeram as dez descobertas científicas mais relevantes da década que se encerrou:
1) A utilidade do DNA inútil
Os 21 mil genes humanos estão dispostos em apenas 1,5% do total de DNA. Seriam inúteis os 98,5% restantes?
Na última década, foi demonstrado que essa parte obscura do DNA vive distante da inutilidade: por mecanismos que começam a ser elucidados, ela está diretamente envolvida na regulação do funcionamento de cada um dos 21 mil genes.
2) O conteúdo do universo
A Cosmologia se transformou numa ciência mais precisa, com uma teoria “standard” que deixou pouco espaço para outras ideias.
Na década passada, ganhou corpo a teoria de que o universo é formado por três componentes: 4,56% são de matéria ordinária, como a que constitui estrelas e planetas; 22,7% de matéria “negra”, cuja gravidade mantém a ligação entre as galáxias, e 72,8% de energia “negra”, que alonga o espaço e acelera a expansão do universo.
3) Máquinas do tempo
A descoberta de que fragmentos de DNA e de colágeno podem sobreviver muitos anos, permitiu isolar o colágeno de um tiranossauro de 68 milhões de anos, sequenciar o genoma de um mamute africano extinto há seis milhões de anos e o do Homem de Neandertal (que tinha pele clara e cabelo avermelhado), e concluir que um dedo de 40 mil anos congelado numa caverna da Sibéria pertenceu a uma nova espécie de hominídeo.
Veja também: Leia artigo do dr. Drauzio sobre os progressos da ciência
4) Água em Marte
As últimas missões espaciais observaram que houve água em estado líquido na superfície ou no interior de Marte, por tempo suficiente para sustentar a origem da vida.
Como diversos meteoros marcianos sofreram impacto contra a Terra, a vida que floresceu aqui poderia ter se originado lá.
5) Células que mudam de destino
Uma célula embrionária tem a capacidade de se diferenciar em qualquer outra, mas as que já se diferenciaram em musculares, nervosas ou sanguíneas estão destinadas a permanecer como tal.
Esse dogma da biologia clássica caiu por terra. Células pluripotentes (células-tronco) podem ser obtidas reprogramando seus genes. Células reprogramadas têm sido testadas em portadores de doença de Parkinson, esclerose lateral amiotrófica e até no autismo.
6) O microbioma humano
Nove em cada dez células presentes no organismo humano pertencem a micróbios. Só no intestino existem pelo menos mil espécies de bactérias que somam cem vezes mais genes do que os contidos em nosso DNA.
Esses genes alienígenos formam o metagenoma que mantém nosso organismo em funcionamento. Eles regulam características pessoais que vão da quantidade de energia absorvida dos alimentos ao desenvolvimento do sistema imunológico.
7) Descoberta de novos planetas
Em 1600, o astrônomo Giordano Bruno foi queimado pela Inquisição numa praça de Roma, porque teve a ousadia de prever a existência de outros planetas, além da Terra.
No ano 2000, na internet, a Enciclopédia de Planetas Extra-Solares reunia 26 planetas recém-descobertos. Hoje reúne 505, alguns dos quais gravitam em órbitas que os astrônomos jamais esperavam.
8) O lado nocivo da inflamação
Na década passada, vários estudos mostraram que os processos inflamatórios, essenciais para a reparação de tecidos lesados, estão por trás dos mecanismos que provocam as enfermidades mais letais do homem moderno: câncer, aterosclerose, obesidade, Alzheimer, Parkinson, diabetes e outras.
9) Alterações climáticas
Em 1995 o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC) afirmou: “A análise das evidências sugere que os seres humanos estejam influenciando o clima global”. Os dados colhidos pelos pesquisadores, nos últimos anos, mudaram o tom do Painel: “O aquecimento global é inequívoco, e muito provavelmente causado pela ação humana”.
10) Os metamateriais
Foram desenvolvidas formas de manipular a luz que desafiam os limites de resolução das lentes comuns, através da construção de sistemas óticos capazes de tornar um objeto invisível. Como isso é possível?
Vou deixá-lo na curiosidade, leitor, é Física demais para mim. Li o texto cinco vezes, e não consegui entender.