Graças aos programas de combate ao tabagismo implantados na maioria dos países, a prevalência mundial do fumo diminuiu quase 30% no período de 1990 a 2015, mas ainda existe um bilhão de fumantes.
No mundo, cerca de 1 bilhão de pessoas fuma.
Essa é a estimativa do Global Burden of Disease (GBD) publicada na revista “The Lancet“, depois de analisar mais de 3 mil estudos e estatísticas oficiais colhidas em 195 países. O estudo foi patrocinado pela Bill & Melinda Gates Foundation e pela Bloomberg Foundation.
Graças aos programas de combate ao tabagismo implantados na maioria dos países, a prevalência mundial do fumo diminuiu quase 30% no período de 1990 a 2015. O aumento populacional nesses 15 anos, entretanto, fez o número total de fumantes crescer de 870 milhões para os 933 milhões atuais.
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O GBD estima que um em cada quatro homens e uma em cada 20 mulheres ainda fumem diariamente, embora nos 15 anos citados a prevalência em ambos os sexos tenha diminuído 28% e 34%, respectivamente.
A dependência de nicotina tem enorme impacto na saúde pública:
- É a segunda causa de morte no mundo (atrás apenas da hipertensão arterial);
- A queda na prevalência não foi suficiente para impedir o aumento de 4,7% no número absoluto de mortes causadas pelo fumo;
- No mundo, mais de 10% das mortes são provocadas pelo cigarro.
Em entrevista para o “Medpage”, a primeira autora da pesquisa, Emmanuela Gakidou, professora na Universidade de Washington, diz que as medidas propostas pela Convenção Quadro, da Organização Mundial da Saúde, têm tido papel de destaque na redução da prevalência. Entre elas: cobrança de impostos, restrições na propaganda e marketing de cigarros e serviços públicos gratuitos para tratamento dos dependentes.
São inegáveis os progressos do combate ao fumo em nosso país. Fumarmos menos do que em países desenvolvidos, como a Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, Dinamarca e outros, é motivo de orgulho.
Segundo ela, o Brasil, signatário da Convenção Quadro, é um dos exemplos de maior sucesso. A porcentagem de fumantes com mais de 15 anos de idade, que chegava a 30% em 1990, caiu atualmente para cerca de 10%. Hoje, fumamos menos do que os norte-americanos (15%) e do que todos os europeus.
Apesar da diminuição, ainda estamos entre os 10 países com maior número absoluto de fumantes, ao lado da China, Índia, Indonésia, Estados Unidos, Rússia, Bangladesh, Japão, Alemanha e Filipinas.
Na Rússia, entre 1990 e 2015, a prevalência aumentou 7,9% entre os homens e 12,3% entre as mulheres. Na Indonésia, Bangladesh e Filipinas não houve reduções no período. No Congo e Azerbaijão, aumentou a prevalência em homens. No Kuwait e no Timor-Leste, o aumento ocorreu entre as mulheres.
No ano de 2015, a prevalência mundial do fumo foi de 25% para os homens e 5,4% para as mulheres, números que mostram reduções de 28% e 34%, respectivamente, em relação aos de 1990.
Apenas no ano de 2015, perderam a vida por causa do cigarro 6,4 milhões de pessoas, 52% das quais em quatro países: China, Índia, Estados Unidos e Rússia.
São inegáveis os progressos do combate ao fumo em nosso país. Fumarmos menos do que em países desenvolvidos, como a Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, Dinamarca e outros, é motivo de orgulho.
Ao mesmo tempo, serve de estímulo para insistirmos na educação das crianças e no cerceamento da liberdade de ação dos criminosos que fazem de tudo para torná-las dependentes de nicotina.