Muher com a garganta marcada em vermelho, simbolizando a tireoidite de Hashimoto
Publicado em 19/04/2011
Revisado em 10/01/2023

Tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune em que o organismo fabrica anticorpos contra as células da tireoide. Os sintomas aparecem normalmente quando o hipotiroidismo já está instalado. 

 

 

Tireoidite de Hashimoto, ou tireoidite linfocítica crônica, é uma doença autoimune, cuja principal característica é a inflamação da tireoide causada por um erro do sistema imunológico. Na tireoidite de Hashimoto, o organismo fabrica anticorpos contra as células da tireoide. Esses anticorpos provocam a destruição da glândula ou a redução da sua atividade, o que pode levar ao hipotireoidismo por carência na produção dos hormônios T3 e T4.

 

Veja também: Leia entrevista sobre hipertiroidismo e hipotiroidismo

 

A tireoide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço, com a função de produzir hormônios que regulam grande parte do funcionamento das células do corpo.

A tireoidite de Hashimoto parece ser mais comum em algumas famílias, o que pode indicar um fator genético. Acomete também mais as mulheres do que os homens, e sua prevalência aumenta à medida que as pessoas envelhecem.

 

Sintomas

 

Não existem sinais e sintomas típicos da tireoidite de Hashimoto. Como é uma doença de evolução lenta, eles aparecem quando o hipotireoidismo está instalado.

Os mais comuns são:

  • Cansaço;
  • Depressão;
  • Adinamia (falta de iniciativa);
  • Pele seca e fria;
  • Prisão de ventre;
  • Diminuição da frequência cardíaca;
  • Decréscimo da atividade cerebral;
  • Voz mais grossa como a de um disco em baixa rotação;
  • Mixedema (edema duro no pescoço);
  • Diminuição do apetite;
  • Sonolência;
  • Reflexos mais vagarosos;
  • Intolerância ao frio;
  • Ganho de peso;
  • Cãimbras;
  • Alterações menstruais e na potência e libido dos homens.

Com a progressão da tiroidite de Hashimoto, os sintomas se agravam. A pessoa se sente cada vez mais cansada e com menos energia. Pode apresentar, também, aumento no tamanho da tireoide e, consequentemente, a formação do bócio (papeira).

Ainda não se sabe o que faz o organismo produzir anticorpos contra as células da tireoide. Existem hipóteses de que as infecções virais ou bacterianas, a exposição a certos medicamentos e ao iodo, partos e fatores genéticos estejam envolvidos nesse processo.

 

Diagnóstico

 

O diagnóstico da tiroidite de Hashimoto leva em conta sintomas, como o aumento da glândula que se apresenta endurecida, lentidão dos reflexos e anemia, por exemplo. Exames de sangue permitem dosar a quantidade dos hormônios tireoidianos T3 e T4, do hormônio TSH produzido pela hipófise, que estimula o funcionamento da tireoide, e a presença de anticorpos antitireoide.

 

Tratamento

 

O tratamento da tiroidite de Hashimoto quase sempre é longo e exige a dosagem do nível dos hormônios algumas vezes por ano. A dose da suplementação do hormônio tireoidiano, chamado levotiroxina, varia de acordo com o grau de deficiência da produção desse hormônio.

 

Recomendações

 

  • Sentir cansaço, intolerância ao frio e sonolência durante meses pode ser sinal de hipotireoidismo; procure um médico para avaliação;
  • Se você usa hormônio para a tireoide, não deixe de realizar os exames indicados pelo seu médico. Saiba que ao longo do tratamento a dose necessária da levotiroxina pode variar.
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