A espondilite anquilosante é uma doença incurável, que afeta as articulações do esqueleto axial, podendo causar (nos casos mais graves) lesões nos olhos, coração, pulmão, intestinos e pele.
Espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica, por enquanto incurável, que afeta as articulações do esqueleto axial (que compreende os ossos da cabeça, tórax e coluna), especialmente as da coluna e ombros, e dos quadris e joelhos.
Nos quadros mais graves, podem ocorrer lesões nos olhos (uveíte), coração (doença cardíaca espondilítica), pulmões (fibrose pulmonar), intestinos (colite ulcerativa) e pele (psoríase).
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Não se conhece a causa da doença, que acomete mais os homens do que as mulheres, a partir do final da adolescência até os 40 anos. Não tratada, pode tornar-se incapacitante.
O diagnóstico leva em conta os sinais e sintomas, os resultados de exames laboratoriais de sangue e os achados radiográficos nas articulações da região sacroilíaca. O diagnóstico precoce é de extrema importância para evitar a progressão da doença e suas complicações.
Sintomas de espondilite
A manifestação inicial da espondilite anquilosante é dor lombar que persiste por mais de três meses, abranda com o movimento e aumenta com o repouso. Essa dor pode irradiar-se para as pernas e estar associada a uma rigidez da coluna mais acentuada no começo do dia. Tais sintomas podem desaparecer espontaneamente (são intermitentes) e recidivar depois de algum tempo. Outros sintomas são o comprometimento progressivo da mobilidade da coluna que vai enrijecendo (anquilose), da expansão dos pulmões e aumento da curvatura da coluna na região dorsal.
Com a evolução da doença, a tendência é a dor tornar-se mais intensa, especialmente à noite.
Tratamento da espondilite
O objetivo do tratamento para controle da espondilite anquilosante é aliviar os sintomas dolorosos e reduzir o risco de deformidades. Para tanto, pode-se recorrer ao uso de medicamentos, à fisioterapia e à cirurgia, se for necessário substituir a articulação do quadril.
Entre os medicamentos indicados merecem destaque os antiinflamatórios não-esteroidais, os analgésicos e os relaxantes musculares. A sulfasalazina tem-se mostrado eficaz para retardar a evolução da doença.
O acompanhamento fisioterápico é fundamental para o portador da enfermidade manter um programa de exercícios posturais e respiratórios, a fim de fortalecer os músculos e favorecer a mobilidade das juntas.
Recomendações para lidar com a espondilite anquilosante
- Não se descuide da prática dos exercícios posturais e respiratórios indicados pelo fisioterapeuta. A imobilidade acelera a evolução da doença;
- Opte por uma dieta balanceada que ajude a controlar peso;
- Procure manter a postura correta sempre, qualquer que seja a situação;
- Escolha um colchão firme e sem ondulações para manter a coluna estável, enquanto dorme ou descansa;
- Não se automedique para aliviar a dor ou o desconforto. Procure assistência médica para diagnóstico e tratamento.
Perguntas frequentes sobre espondilite
Quem tem espondilite pode engravidar?
Sim. Na maioria dos casos não há contraindicação. O único cuidado a se tomar é no caso de as juntas do quadril estarem muito rígidas, o que pode indicar que o parto seja por cesariana.
O problema pode causar impotência sexual?
Não organicamente, mas os sintomas da espondilite sem tratamento podem piorar a qualidade de vida e afetar o emocional do paciente, o que é causa da maioria dos casos de impotência sexual.