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Coluna da Mariana Varella

Recomendações para proteger a saúde durante as queimadas

área de queimadas causadas por incêndios
Publicado em 29/08/2024
Revisado em 05/09/2024

Boa parte do país foi tomada pelas fumaça decorrente das queimadas. Veja como proteger a saúde na coluna de Mariana Varella.

 

Agosto está sendo considerado o mês com mais queimadas no ano em pelo menos 16 estados, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Boa parte do país, principalmente os estados do Amazonas e do Centro-Oeste, foi tomada pela fumaça decorrente de incêndios.

Entre janeiro e agosto, o Brasil foi responsável por quase metade dos focos de queimadas registrados na América do Sul, ainda segundo o Inpe. Até o momento, foram identificados 115.944 focos de incêndio no país.

Veja também: O problema das queimadas

Na Amazônia, somente entre os dias 27 e 28 de agosto houve 2.433 ocorrências de incêndio, um número extremamente alto em apenas 24 horas.

Na semana passada, o estado de São Paulo sofreu uma série de incêndios em plantações que deixaram 46 municípios em alerta. O número de incêndios detectado entre 1 a 28 de agosto deste ano no estado (3.530) foi mais de dez vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2023 (346).

Por fim, a previsão é que o Sul do Brasil também seja atingido pela fumaça de queimadas nos próximos dias.

 

Ministério da Saúde

 Assim, o Ministério da Saúde lançou orientações para a população proteger-se dos efeitos da fumaça no organismo. São elas:

  • Aumente a ingestão de água e líquidos para manter as membranas respiratórias úmidas e, assim, mais protegidas;
  • Reduza ao máximo o tempo de exposição à fumaça, permanecendo, se possível, dentro de casa, em local ventilado, com ar condicionado ou purificadores de ar;
  • Feche as portas e janelas durante os horários com elevadas concentrações de partículas, para reduzir a penetração da poluição externa;
  • Evite atividades físicas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar, e entre 12 e 16 horas, quando as concentrações de ozônio são mais elevadas;
  • Use máscaras do tipo “cirúrgica”, pano, lenços ou bandanas para reduzir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas aos focos de queimadas. Para reduzir a inalação de partículas finas, o Ministério indica as máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100;
  • Crianças menores de 5 anos, pessoas com mais de 60 anos e gestantes devem redobrar a atenção para as recomendações descritas. Além disso, devem estar atentas a sintomas respiratórios ou outras ocorrências de saúde e buscar atendimento médico o mais rapidamente possível.

Além disso, pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, imunológicos, entre outros devem:

  • Buscar atendimento médico para atualizar seu plano de tratamento;
  • Manter medicamentos e itens prescritos pelo profissional médico disponíveis para o caso de crises agudas;
  • Buscar atendimento médico na ocorrência de sintomas de crises;
  • Avaliar a necessidade e segurança de sair temporariamente da área impactada pela sazonalidade das queimadas.

 

Recomendações para crianças

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) também lançou recomendações para as crianças:

  •  Crianças maiores de 2 anos devem usar máscara – se possível a N95 – para ir à escola;
  • Beber bastante água;
  •  Fechar portas e janelas;
  •  Manter uma vasilha com água ou toalha molhada no ambiente para umedecer o local; e
  •  Lavar nariz e olhos com soro fisiológico em caso de ardência ou coceira.

Neideana Ribeiro, especialista de Emergência, Saúde e Nutrição do Unicef, fez um alerta especial para mães, pais e cuidadores de crianças com problemas respiratórios: “A gente tem também que pensar nas crianças que têm dificuldade respiratórias, como asma, então sempre ficar atento se tem medicamento em casa, para não sair quando a gente estiver com a qualidade do ar muito insalubre”.

Em caso de sintomas como tosse, rouquidão, cansaço, fraqueza e dificuldade para respirar, é preciso buscar ajuda junto a profissionais de saúde.

Para Luciana Phebo, coordenadora nacional de Saúde do Unicef, “este é um período que exige muita atenção por parte dos pais, cuidadores e professores. As escolas devem evitar atividades ao ar livre e sempre devem manter um recipiente com água na sala de aula. Além disso, é preciso deixar disponível ou oferecer com frequência, água para que a criança e evitar sucos açucarados. Dar muita fruta e garantir refeições mais leves”.

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