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Melanoma de unha: entenda as causas, sintomas e tratamento

Tumor se caracteriza pela formação de manchas nas unhas e acomete, na maior parte dos casos, pessoas acima de 50 e 60 anos.
Publicado em 13/04/2023
Revisado em 01/11/2024

O melanoma de unha se caracteriza pela formação de manchas nas unhas e acomete, na maior parte dos casos, pessoas acima de 50 e 60 anos.

 

O melanoma é um tumor que se manifesta em partes do corpo onde existem pigmentos, como a pele e os olhos. O melanoma de unha, também chamado de melanoma ungueal, caracteriza-se pelo surgimento de uma mancha escurecida ou azulada, que cresce com o tempo, e que pode aparecer nas extremidades do corpo, tanto nas unhas dos pés como das mãos.

Outro sinal que merece atenção: quando há um escurecimento da prega junto à cutícula, formando uma espécie de faixa escura. A pele ao redor acaba ficando “manchada”, hiperpigmentada. “A caraterística é que o paciente pode ter na unha, no lugar na cutícula, a formação de um tecido grande, como se fosse uma cicatriz que popularmente se chama de ‘carne esponjosa’. Um machucado, aquele tipo de tecido que cresce”, explica o dr. Reinaldo Tovo, coordenador da área de dermatologia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A região afetada pelo melanoma de unha permanece indolor, mas dependendo da gravidade pode sangrar, ser acometida por uma ulceração ou mesmo uma infecção secundária. 

 

Diagnóstico do melanoma de unha

Outras doenças como a melanoníquia (espécie de lesão na unha) ou mesmo pequenas hemorragias embaixo das unhas podem apresentar características semelhantes às do melanoma de unha. A melhor maneira de descobrir o diagnóstico é através de uma avaliação dermatológica. 

Primeiramente, o dermatologista realiza uma avaliação clínica na busca de uma diferenciação, como explica a dra. Aparecida Machado de Moraes, do Departamento de Oncologia Cutânea da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): O diagnóstico pode ser feito pelo aspecto clínico da lesão, mancha escura, acastanhada, enegrecida ou azulada e faixas acastanhadas ou acinzentadas nas unhas, de aparecimento abrupto. O que complementa o diagnóstico é o exame de dermatoscopia”. 

Esse exame é feito com um dermatoscópio, um aparelho que se assemelha a uma lupa, que se encosta na pele para uma melhor visualização. Ainda, há a possibilidade de se recorrer a uma biópsia, que é a retirada de um fragmento milimétrico da área afetada para uma análise laboratorial.  

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Tratamento do melanoma de unha

Quanto antes o diagnóstico for feito, maiores as chances de cura. No início, o melanoma encontra-se ainda nas camadas mais superficiais da pele. 

O principal tratamento para esse tipo de melanoma é a cirurgia. Segundo o dr. Reinaldo, se for um melanoma em fase inicial, há como remover aquela parte com a pigmentação da unha. Mas se for um estágio clínico mais avançado é preciso retirar uma quantidade maior de tecido e fazer uma avaliação dos linfonodos, que são os gânglios dessa região”. Quando a pigmentação se estende e acaba englobando a unha inteira, ou mesmo o dedo, é necessário partir para uma conduta mais radical e remover toda a área e mais uma “margem de segurança”, o que evita o risco de realização de uma segunda cirurgia. Ou seja, nesses casos avançados, pode-se retirar a falange ou todo o dedo acometido. 

Para casos mais graves, uma opção de tratamento é a imunoterapia, isto é, um medicamento intravenoso que atuará como coadjuvante no tratamento global. A imunoterapia, em comparação com a quimioterapia, traz melhor qualidade de vida aos pacientes, pois suas reações adversas, que vão de ressecamento da pele e acne, são mais fáceis de controlar. Além disso, estudos de desenvolvimento de vacinas contra o melanoma têm se mostrado promissores. 

Caso não seja tratado, o melanoma de unha pode enviar células tumorais para outras partes do corpo. Quando essas células cancerosas entram no sistema circulatório ou nos vasos linfáticos e se disseminam, elas evoluem para uma metástase. 

 

Causas do melanoma de unha

Não existem causas específicas para o desenvolvimento do melanoma de unha. Porém essa doença é mais comum em pacientes homens, de pele negra e de origem asiática, e acima dos 50 e 60 anos de idade. 

 

Recomendações

Para evitar que o caso evolua, o ideal é ir ao médico para uma observação ao menor sinal de lesão escura na extremidade dos dedos. E ainda, o conselho do dr. Reinaldo é visitar anualmente o dermatologista: “Assim como as pessoas vão ao dentista uma vez por ano ou também as mulheres vão ao ginecologista uma vez por ano, todo mundo deveria ir ao dermatologista anualmente, para checar unhas, cabelos, mucosas e todas as manchas do corpo. Esse exame anual faz parte da prevenção”. Ele também ressalta que para evitar qualquer tipo de tumor a recomendação é ter uma vida regrada, com hábitos saudáveis. 

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