Veja os principais sinais de deficiência de ferro no organismo, que pode causar anemia ferropriva, na coluna de Mariana Varella.
O ferro é um nutriente essencial ao organismo, associado à produção de glóbulos vermelhos e ao transporte de oxigênio dos pulmões para todas as células do corpo.
É um elemento essencial da hemoglobina, proteína presente nos glóbulos vermelhos que transporta o oxigênio dos pulmões para os tecidos.
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Taxas baixas desse mineral podem causar anemia por deficiência de ferro, ou anemia ferropriva, a mais comum de todas as anemias. Ela ocorre por carência nutricional, parasitoses intestinais ou durante a gravidez, o parto e a amamentação. Perdas expressivas de sangue, em virtude de hemorragias agudas ou crônicas por via gastrintestinal ou como consequência de menstruações abundantes também podem provocar esse tipo de anemia.
Infecções, doenças autoimunes, câncer, entre outras doenças também podem causar anemia ferropriva.
Constituem grupo de risco para a anemia ferropriva as mulheres em idade fértil, idosos, crianças e adolescentes em fase de crescimento, e indivíduos que passaram por cirurgia de redução de estômago ou seguem dietas muito restritivas. No entanto, qualquer pessoa pode desenvolvê-la, se não receber a quantidade adequada de ferro na dieta ou tiver dificuldade de absorção, que ocorre sobretudo nos intestinos e pode ser mais eficiente quando associada à ingestão de vitamina C e proteínas.
Há alguns sinais clínicos que sugerem a necessidade de investigar a falta de ferro no organismo, que pode levar a complicações como apatia, perda da habilidade cognitiva, falta de apetite, taquicardia, entre outros.
Em crianças, a anemia ferropriva pode afetar o crescimento, a aprendizagem, e aumentar a predisposição a infecções.
Principais sinais clínicos da carência de ferro
1. Palidez
A carência de ferro pode causar palidez na pele do rosto, lábios e interior das pálpebras. Se o paciente apresentar queda na taxa de hemoglobina por deficiência de ferro, a pele adquire um tom mais pálido, já que a hemoglobina é vermelha.
2. Cansaço e fadiga constantes
Baixos níveis de ferro no organismo podem causar fadiga constante, como se a pessoa estivesse com uma gripe, por exemplo. Em geral, quem tem anemia ferropriva reclama de falta de energia para realizar as atividades diárias, mesmo com repouso e sono adequados.
3. Falta de ar
Como a hemoglobina transporta oxigênio para o organismo, a falta de ferro compromete o transporte de oxigênio para os tecidos do corpo. Assim, falta de ar, em especial ao realizar atividades físicas, pode ser sinal de deficiência de ferro.
4. Sensação de frio
Como a deficiência de ferro afeta a circulação sanguínea, é comum que pacientes com ferro baixo sintam frio mesmo quando não estão expostos a altas temperaturas.
A sensação de frio pode ser mais intensa nas mãos e pés.
5. Vontade de comer gelo ou substâncias não nutritivas
A alotriofagia, transtorno popularmente chamado de “síndrome de pica”, é um tipo de distúrbio alimentar caracterizado pela ingestão de uma ou mais substâncias não nutritivas e não alimentares por pelo menos um mês. Está associada a deficiências nutricionistas de vitaminas ou minerais, principalmente zinco e ferro.
A pessoa com níveis baixos de ferro pode apresentar vontade de comer gelo, terra, giz, pedras, farinha, entre outros.
6. Unhas quebradiças e queda de cabelo
A falta de ferro pode causar unhas quebradiças ou arredondadas, em forma de colher (coiloníquia). Além disso, pode provocar queda de cabelos.
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Tratamento da deficiência de ferro
A primeira medida no tratamento da anemia ferropriva é determinar e corrigir a causa da deficiência de ferro. Uma vez constatada a carência, é importante recomendar uma dieta rica nesse nutriente e, em alguns casos, prescrever sulfato ferroso por via oral. Quadros mais graves podem necessitar de medicamento por via endovenosa.
Os alimentos constituem as principais fontes de ferro e podem oferecer dois tipos diferentes desse nutriente: o ferro heme e o ferro não heme. O primeiro, encontrado especialmente na carne vermelha e no fígado de todos os animais, assim como na carne das aves, peixes e nos ovos, é melhor aproveitado pelo organismo.
A absorção do ferro não heme, existente nas verduras de folhas escuras (espinafre, brócolis, couve, salsa, etc.), leguminosas (feijão, lentilhas, grão-de-bico, ervilhas, etc.); frutas (uvas, maçãs, nozes, amêndoas, castanhas, etc.) é menor e menos eficiente.
