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Oncologia

Estadiamento: entenda a importância dessa etapa no tratamento do câncer

exame de sangue
Publicado em 31/07/2024
Revisado em 31/07/2024

O estadiamento do tumor serve para mensurar a real extensão do câncer no organismo e, a partir daí, criar um plano de tratamento eficaz. 

 

O câncer é uma doença complexa que exige um protocolo de tratamento que seja capaz de eliminar as células cancerígenas do organismo. Mas antes de iniciar esse processo, é preciso entender o tipo e tamanho do tumor. 

Essa etapa que precede o início do tratamento é chamada de estadiamento e serve para mensurar a extensão do câncer no organismo, verificar se o tumor já se espalhou para outros órgãos, e determinar a localização exata do tumor.

Como muitos tipos de câncer se disseminam para os linfonodos próximos antes de atingir outras partes do corpo, eles também são estudados.

 

Veja também: Metástase – Por que um câncer se espalha?

 

Por que é importante saber o estágio do tumor?

 

O objetivo é reunir uma série de informações sobre o tumor, seguindo protocolos internacionais já preestabelecidos e assim planejar um tratamento eficiente. 

Essas informações também ajudam o médico a entender a gravidade do quadro e a estabelecer a probabilidade de cura e sobrevida do paciente. 

 

Como um estágio de câncer é determinado?

 

Segundo informações do INCA, para determinar um estágio do tumor, além de exames clínicos, o médico pode solicitar exame de imagem (tomografias e ressonâncias) e laboratoriais, como biópsias.

O sistema de estadiamento mais comum utilizado para classificar a maioria dos tumores malignos é o TNM. Ainda de acordo com o INCA, esse sistema baseia-se:

 

  1. T (Tumor): Refere-se ao tamanho do tumor e extensão do tumor primário. Estes parâmetros recebem graduações, geralmente de T0 (sem evidência de tumor maligno) a T4 (tumor grande ou invasivo);
  2. N (Linfonodos): Se houve disseminação de células malignas para os linfonodos ou se existem evidências de metástase, variando de N0 (sem metástase em linfonodos) a N3 (metástase em muitos linfonodos ou linfonodos distantes);
  3. M (Metástase): Presença ou ausência de metástases. M0 indica ausência de metástase distante, enquanto M1 indica presença de metástase distante.

 

Estágios do Câncer

 

Os estágios do câncer são outra forma de mensurar o grau de acometimento e agressividade que a doença provoca no indivíduo.

Estágio 0: refere-se a detecção precoce, com taxas de cura elevadas;

Estágio I a III: descreve células cancerígenas que cresceram e se multiplicaram para se tornarem tumores. Esses tumores podem estar em um local ou se espalhar para gânglios linfáticos, tecidos ou órgãos próximos;

Estágio IV: Indica que o câncer está num estágio avançado e já sofreu metástase. 

 

Grau do Câncer

 

O grau do câncer também é outro indicador que serve de parâmetro para o médico na hora de montar uma linha de tratamento. 

Essa informação chega normalmente depois de um resultado de uma biópsia. A partir de um pedaço de tecido, o médico vai investigar o quão rápido aquelas células cancerígenas crescem. Os resultados podem ser classificados em:

Grau 1: Se o tumor for parecido com as células do tecido normal e de crescimento lento pode ser considerado de baixo grau;

Grau 2: Se as células forem de crescimento intermediário;

Grau 3: Quando o crescimento for muito diferente da célula normal, ou seja, está se replicando rápido demais. 

 

Excesso de Informação

 

Muitas vezes, após um diagnóstico de câncer, o paciente fica atordoado com o excesso de informações. A melhor opção nesses casos é conversar abertamente com seu médico oncologista para que ele possa esclarecer minuciosamente quais são as características do seu tumor e o plano de tratamento a partir dali. 

Lembre-se que o câncer é uma doença complexa, que varia muito de pessoa para pessoa e que não possui uma forma única de tratamento. 

Veja também: Quando é possível considerar um câncer curado?

 

Fontes consultadas: Hospital Cleveland Clinic e INCA (Instituto Nacional do Câncer).

 

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