Presentes no pênis desde a sua formação, as glândulas de Tyson são benignas e ficam mais visíveis após a puberdade.
Qualquer alteração que surja no pênis se torna motivo de preocupação para muitos homens. Mas, muitas vezes, pode ser uma condição benigna, ou seja, que não provoca riscos para a saúde. É o caso das glândulas de Tyson.
“São pequenas protuberâncias encontradas na circunferência da parte mais saliente da cabeça do pênis. Podem ser praticamente invisíveis ou bem salientes, porém sempre são indolores. Normalmente, não se consegue visualizar facilmente e nem o acúmulo das secreções que produzem”, destaca Karin Jaeger Anzolch, urologista e diretora da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
As glândulas de Tyson estão presentes no pênis desde a sua formação, porém aumentam de tamanho e passam a ser visíveis principalmente após a puberdade, com o aumento dos níveis hormonais. Surgem como se fossem pequenas bolinhas na região genital.
A sua principal função é produzir uma secreção que auxilia na redução do atrito na hora da relação sexual e também o esmegma, que é uma substância natural formada por células mortas da pele e secreções glandulares.
O tamanho e a quantidade das glândulas de Tyson podem variar, mas elas fazem parte do funcionamento do pênis e podem ficar mais evidentes quando o órgão está ereto.
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As glândulas de Tyson podem causar sintomas?
As glândulas de Tyson são benignas e, na maioria das vezes, não causam sintomas. Com o passar do tempo, e com o atrito nas atividades sexuais, é comum que essas glândulas se tornem menos visíveis e salientes.
Mas alguns homens podem se sentir incomodados e relatar desconfortos leves, como:
- Coceiras ou irritação leve após a relação sexual;
- Desconforto durante a ereção;
- Preocupações estéticas em relação ao tamanho das glândulas.
Diagnóstico das glândulas de Tyson
É bastante comum que homens procurem o consultório de um urologista por preocupações relacionadas às glândulas de Tyson. Geralmente, o diagnóstico é clínico e o profissional de saúde já consegue identificar com um simples exame físico de rotina.
“Se o diagnóstico confirmar que se trata das glândulas de Tyson, é importante assegurar ao homem da sua normalidade e que, por vezes, a insistência em realizar procedimentos de remoção destas glândulas pode ocasionar alguns outros transtornos, como o surgimento de cicatrizes indesejáveis”, complementa Anzolch.
Tratamento
Na maioria das vezes, não necessita de tratamento. Porém, em alguns casos, quando há irritação leve, o médico pode indicar o uso de pomadas ou cremes no local.
Raramente, as glândulas de Tyson são removidas cirurgicamente, já que são benignas. Há ainda a opção de crioterapia (técnica de utiliza o frio para tratamento de lesões) ou remoção a laser.
Vale destacar que as glândulas de Tyson não devem ser espremidas ou “cortadas” em casa, pois isso aumenta o risco de provocar lesões sangrantes na região. Além disso, há o risco de complicações infecciosas, especialmente se manipuladas com unhas e outros objetos contaminados.
Por fim, quando há excesso de esmegma produzido pelas glândulas, podem surgir odores desagradáveis. Nesses casos, é fundamental manter a higiene e lavar o pênis todos os dias da forma correta.
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Confusão com HPV
Outra questão importante é que, algumas vezes, as glândulas de Tyson podem ser confundidas com as verrugas genitais (condiloma acuminado) provocadas pelo HPV.
Porém, são condições distintas. O HPV, ou papilomavírus humano, é um vírus transmitido por meio das relações sexuais e que provoca verrugas na região peniana.
Já as glândulas de Tyson são estruturas normais encontradas no pênis, podendo ser mais visíveis ou não.
“As lesões de HPV são causadas pela reação da pele à infecção viral (mais comum pelo HPV subtipos 6 e 11), e pode acometer qualquer região do pênis. Já as glândulas de Tyson ocorrem circunferencialmente na chamada coroa da glande, que é a parte mais larga e saliente da cabeça do pênis”, explica Carlos Bautzer, urologista do Hospital Sírio-Libanês.
Além disso, as glândulas de Tyson geralmente são múltiplas e tendem a ter tamanhos e aspectos semelhantes. Enquanto o HPV costuma ser assimétrico, ou seja, surgem lesões de diferentes tamanhos e localizações.
Em caso de dúvidas, um urologista deve ser consultado o quanto antes.
