Mulher branca segura um nebulímetro, dispositivo que levanta dúvidas sobre o seu uso. Afinal, a bombinha faz mal?
Publicado em 05/03/2020
Revisado em 17/04/2024

O uso do nebulímetro levanta dúvidas sobre o seu uso e sua segurança. Afinal, bombinha faz mal?

 

Se você conhece alguém que tem asma ou outra doença que afeta a respiração, como bronquite, provavelmente já ouviu falar sobre as famosas bombinhas. Esse é o nome popular do nebulímetro, um dispositivo inalatório que serve para liberar doses de broncodilatadores ou corticoides, medicamentos de ação rápida que agem diretamente nos brônquios e nos pulmões e facilitam a respiração.

Frequentemente as bombinhas são alvos de discussões a respeito do suposto risco de dependência e de possíveis males à saúde. Mas será que essas afirmações são verdadeiras?

 

Bombinha vicia?

 

Não. Com o passar do tempo, o paciente pode ter a sensação de que os broncodilatadores estão fazendo menos efeito. Mas o que acontece é que o paciente utiliza a bombinha somente em momentos de crise, quando ele precisaria também realizar o tratamento de manutenção – muitas vezes, com o uso de outros medicamentos diários. Como sem a manutenção a doença pode progredir e causar mais crises, o paciente sente que está necessitando cada vez mais da bombinha, o que provavelmente não aconteceria se ele seguisse o tratamento completo.

Portanto, lembre-se: o tratamento para asma inclui a bombinha para crises, mas também medicamentos de manutenção e mudanças no estilo de vida, como praticar exercícios físicos e evitar gatilhos.

 

Leia também: Falta de informação dificulta adesão ao tratamento da asma grave

 

E faz mal?

 

Quando a bombinha com broncodilatadores surgiu, um dos efeitos colaterais relatados com frequência era a aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia). Atualmente, as bombinhas são muito mais seguras e provocam menos efeitos adversos.

Os efeitos colaterais mais frequentes são leves: tosse, rouquidão e irritação na garganta.

Já quando o medicamento inalado pertence à classe dos corticoides, o uso excessivo pode provocar consequências graves, entre elas resistência à insulina, osteoporose, aumento da pressão ocular, catarata e glaucoma. Mas o que é um “uso excessivo”? Somente o médico poderá definir, de acordo com a história de cada paciente.

Os corticoides também facilitam a proliferação de fungos, o que pode provocar candidíase oral (sapinho). Para evitar o problema, após o uso é recomendado enxaguar a boca com água, fazer gargarejo e cuspir o líquido.

Atualmente as bombinhas são consideradas seguras, desde que faça o uso adequado e tomando as devidas precauções.

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