O herpes-zóster ou cobreiro é uma infecção viral que em geral atinge pessoas adultas ou imunocomprometidas.
O herpes-zóster é caracterizado por pequenas bolhas (vesículas) que se formam na pele e acompanham o trajeto das raízes nervosas em uma faixa que acomete um lado só do corpo (1,2).
Veja algumas das perguntas mais frequentes sobre o tema.
1. O herpes-zóster é causado pelo mesmo vírus que provocam o herpes oral e o genital?
Não. Os vírus são distintos, o herpes-zóster é causado pelo vírus varicela-zoster, que é o mesmo vírus responsável pela catapora (varicela). (1,2).
2. O herpes-zóster é contagioso?
O herpes-zóster ocorre quando o vírus da catapora que já estava no seu corpo é reativado, então não é possível contrair o herpes-zóster. No entanto, uma vez que o vírus que causa a catapora e o herpes-zóster é o mesmo, se uma pessoa que nunca teve catapora entrar em contato direto com as erupções cutâneas de uma pessoa com herpes-zóster, ela pode manifestar a catapora. (1).
3. Quais os principais sintomas do herpes-zóster?
Os primeiros sintomas podem incluir sensação de formigamento e dor no lugar onde vão aparecer as lesões e, em alguns casos, febre baixa no primeiro dia. Depois, começa a aparecer vermelhidão no local afetado e só então eclodem as bolinhas com água, ou seja, as vesículas contendo o vírus. (2)
Como o vírus segue a raiz nervosa, as lesões podem aparecer em qualquer lugar do corpo, mas em geral surgem na região do tórax, da lombar e cervical, sempre em apenas um dos lados, ou seja, sem ultrapassar a linha média que divide o corpo em duas partes: o lado direito e o lado esquerdo (1,2).
4. Quem está mais suscetível a desenvolver herpes-zoster?
Pessoas com mais de 50 e também, indivíduos imunocomprometidos, mesmo mais jovens, como pacientes oncológicos, pessoas que vivem com HIV, que realizaram transplantes ou fazem uso de medicamentos imunossupressores são mais vulneráveis a manifestar a doença (1,2).
5. Como a doença evolui?
De acordo com o Ministério da Saúde, a doença surge de modo gradual e leva de dois a quatro dias para se estabelecer. Quando não ocorre infecção secundária, as vesículas ressecam, formam-se crostas e o quadro evolui para a cura em duas a quatro semanas. A dor associada ao herpes-zóster pode persistir por um período mais longo, sendo essa uma complicação da doença conhecida como neuralgia pós-herpética. (2,4).
6. Existem complicações do herpes-zóster?
O herpes-zóster pode provocar complicações sérias, como a neuralgia pós-herpética, que pode causar dores intensas e persistentes, em especial em pessoas com mais idade, com infecções secundárias na pele, entre outras (1,2,4).
7. Há tratamento para o herpes-zóster?
O tratamento pode ser feito com medicamentos antivirais que também são usados para tratar o herpes labial e o herpes genital. Em geral, eles são usados para amenizar o quadro de disseminação viral e o risco de complicações. Como o herpes-zóster caminha por um nervo responsável pelas sensações da região onde se situa, sua inflamação pode provocar uma dor intensa chamada neuralgia no local em que a lesão apareceu. Assim, o tratamento da dor muitas vezes é necessário (1,2,3).
8. Qual a incidência da doença?
De acordo com o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC), um em cada três adultos poderá manifestar o herpes-zóster em algum momento da vida. No Brasil, estima-se que mais de 94% da população adulta brasileira pode estar infectada com o vírus causador do herpes-zóster. (1,5,6).
Veja também: Explicando herpes-zoster | Coluna #123
Referências Bibliográficas
- CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Prevention of herpes zoster: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR, 57 (RR 5): 1-30, 2008. Disponível em: < https://www.cdc.gov/mmwr/PDF/rr/rr5705.pdf > Acesso em 13 de março de 2024
- MINISTÉRIO DA SAÚDE. Herpes (cobreiro). Disponível em: < https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/herpes-cobreiro-1> Acesso em 27 de julho de 2023.
- KATZ, J.; MELZACK, R. Pain control in the peroperative period, measurement of pain. Surg Clin North Am, v. 79, n. 2, p. 231-52, 1999.
- KAWAI, K.; GEBREMESKEL, B. G.; ACOSTA, C. J. Systematic review of incidence and complications of herpes zoster: Towards a global perspective. BMJ Open, 4 (6), 2014.
- CLEMENS, S. Et al. Soroepidemiologia da varicela no Brasil – resultados de um estudo prospectivo transversal. Jornal da Pediatria, v. 75, n. 433-441, 1999.
- REIS, Alexanda Dias; PANNUTI, Claudio Sérgio; SOUZA, Vanda Akico Ueda Fick de. Prevalência de anticorpos para o vírus da varicela-zoster em adultos jovens de diferentes regiões climáticas brasileiras. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 36, p. 317-320, 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsbmt/a/qZGCS59hfFSzGrDPDxGLpLR/?lang=pt. Acesso em 11 de julho de 2023.
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NP-BR-HZU-BRF-240005 – Abril/2024