Sonhos | Entrevista

Para o cérebro não faz diferença se é sonho ou realidade. As recordações das experiências que registramos dormindo são vivas. Leia mais sobre sonhos.

Dr. Flávio Alóe é neurofisiologista e trabalha no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. postou em Entrevistas

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Publicado em: 22 de novembro de 2012

Revisado em: 11 de agosto de 2020

Para o cérebro não faz diferença se é sonho ou realidade. As recordações das experiências que registramos dormindo são vivas. Leia mais sobre sonhos.

 

Há pessoas que dizem sonhar muito; outras, que não sonham nada. Na verdade, os seres humanos sonham todas as noites, lembrem-se ou não dos sonhos que tiveram. Aliás, há trabalhos demonstrando que todos os mamíferos sonham.

Para o cérebro não faz diferença se é sonho ou realidade. Por isso as recordações das experiências que registramos dormindo são tão vivas. Se analisarmos as ondas cerebrais provocadas pelo sonho, veremos que suas características são semelhantes às dos momentos de vigília. Às vezes, porém, sua intensidade é tanta que para evitar uma reação que nos torne capazes de desferir um soco num inimigo hipotético, no exato instante em que começamos a sonhar, o tronco cerebral é desligado a fim de impedir que os neurônios conduzam estímulos motores. Dessa forma, na fase onírica, a atividade cerebral é máxima e a motora é mínima. Com exceção dos olhos que se movimentam com rapidez, praticamente ficamos imóveis. Isso ocorre durante o sono REM (Rapid Eyes Movement). Se despertarmos nesse período, é provável que nos recordemos com detalhes do sonho que estávamos tendo.

 

Veja também: Distúrbios do sono

 

TODOS OS MAMÍFEROS SONHAM

 

Drauzio – Você poderia começar explicando o que é o sonho?

Flávio Alóe – O sonho é uma atividade mental ligada a uma série de ocorrências que se sucedem durante a fase de sono REM dos mamíferos. Obviamente, é um pouco mais difícil estudar o fenômeno nos outros mamíferos que não o homem, porque eles não têm como contar sua experiência. Todavia, existem marcadores neurofisiológicos indiretos que tornam possível perceber que o animal está sonhando. Gatos, por exemplo, viram o olhar para o lado como se estivessem vendo uma presa ou algo que desejassem comer. Suas reações, nesse momento, são bem semelhantes às do modelo humano.

 

FASE REM DO SONO E DO SONHO

 

Drauzio – Qual é a relação existente entre a fase REM do sono e o sonho?

Flávio Alóe – Entende-se como sono REM um estado comportamental diferente do estado de vigília e do sono profundo. É uma fase em que o cérebro está ativo e o corpo ativamente paralisado para que a pessoa não saia fazendo o que está sonhando.

Nos seres humanos, o primeiro estágio do sono é superficial. Nos 30 ou 40 minutos seguintes, paulatinamente, ele atinge sua fase mais profunda. Duas horas depois de terem adormecido, as pessoas entram no sono REM, fase em que ocorre o desligamento da musculatura corporal e aparecem os movimentos oculares rápidos, marcadores fáceis de serem percebidos com monitorização laboratorial pelo perfil de atividade das ondas cerebrais. Se acordadas nesse período, 95% das pessoas dirão que estavam sonhando.

 

Drauzio – Existem pessoas que não sonham?

Flávio Alóe – A não ser que estejam sob medicação ou tenham alguma doença orgânica, todas as pessoas sonham de quatro a seis vezes numa noite normal de sono. Os antidepressivos podem inibir o sono REM no início do tratamento, mas aos poucos ele vai sendo recuperado.

Os sonhos concentram-se na fase REM do sono, mais para o final da noite. Por isso, muitas vezes quando o despertador toca, acordamos lembrando do sonho que estávamos tendo.

 

Drauzio – De fato, quando nosso sono é interrompido pelo alarme do despertador, é mais fácil lembrar do que estávamos sonhando. Muitas vezes, porém, antes de chegarmos no banheiro, já esquecemos do sonho que tivemos. 

Flávio Alóe – Raramente conseguimos lembrar um sonho por inteiro. O primeiro motivo é porque os sonhos são muito bizarros, não têm trama nem lógica. Uma hora estamos nas Cataratas do Iguaçu, noutra no Canadá e existe uma pessoa voando por perto. A outra razão para o esquecimento é que a circuitaria neuronal usada para produzir o sonho é diferente da utilizada para a memorização do aprendizado diário. É como se escolhêssemos um caminho diferente todos os dias para chegar ao destino. Três ou quatro semanas depois, se quiséssemos lembrar o percurso adotado numa determinada ocasião, jamais conseguiríamos. Parece mesmo que o sonho foi feito para ser esquecido. Não se sabe bem por que, mas é como se ele existisse para fazer uma limpeza neuronal, retirando as informações em excesso ou inúteis. Só permanecem aquelas que representam um evento traumático, de caráter repetitivo e que acaba transformando-se num transtorno do sonho.

 

FUNÇÃO DO SONHO

 

Drauzio – Na Antiguidade, os sonhos eram considerados premonitórios. Essa fase do sonho mágico foi derrubada por Freud, quando estabeleceu sua ligação com o inconsciente. Na década de 1950, quando se conheceu melhor a fisiologia do sonho, passou-se a entendê-lo como simples descarga de informação inútil, uma forma de o sistema nervoso livrar-se do que não lhe interessa. Mais tarde, as experiências realizadas com outros mamíferos mostraram o sonho funcionando como uma estratégia de sobrevivência. Como a Neurofisiologia moderna encara essas teorias?

Flávio Alóe – O lado simbólico dos sonhos envolve um mecanismo psicológico que os freudianos interpretam à sua maneira. Do ponto de vista neurofisiológico, o sonho desempenha uma série de funções. Uma é descarregar o excesso de informações, de resíduos que deixaram de ser interessantes. Outra vem sendo estudada desde 1988 e indica que o sonho é importante para fazer a reverberação, ou seja, a reativação de determinados circuitos. Parece que ele tem a função de proporcionar um aprendizado indispensável para a perpetuação da espécie, pois facilita a transferência de elementos apreendidos durante a vigília de uma memória de curto prazo para outra de prazo mais longo. É como passar repetidas vezes uma fita de vídeo para que a pessoa assimile o que nela está contido.
Uma experiência feita com ratos demonstrou que a circuitaria neuronal ativada durante o processo de aprendizagem de uma tarefa nova, estava ativa durante o sonho e, depois de um tempo, era reativada automaticamente toda a vez que o animalzinho refazia a tarefa que tinha aprendido.

 

Drauzio  Para quem não sabe como isso acontece, existe um exame chamado PET que mostra as áreas do cérebro que estão funcionando em determinado momento. Experiências com ratinhos soltos num labirinto demonstraram que durante o sonho são ativadas as mesmas áreas cerebrais estimuladas enquanto o animal percorre o local. Nossos problemas são muito mais complexos do que os desses ratinhos, pois envolvem relações pessoais, familiares, afetivas e de trabalho.

Flávio Alóe – Existem outros experimentos interessantes. Está provado que ratos privados do sono REM apresentam menor capacidade de aprendizagem.
Já os seres humanos possuem dois tipos de memória: a memória declarativa que permite decorar, por exemplo, uma lista de palavras ou de números, e a memória de procedimentos por meio da qual se aprende a fazer alguma coisa. Comparando dois grupos de pessoas, as que são privadas do sono REM manifestam desempenho de aprendizado significativamente pior do que as que dormem sem interferência.
Tais evidências atestam que o sono REM é importante para o aprendizado desde a escala biológica mais primitiva.

 

CONTEÚDO DOS SONHOS – OS PESADELOS

 

Drauzio – Nós sempre sonhamos com acontecimentos ligados ao nosso dia a dia?

Flávio Alóe – Não necessariamente. Uma pessoa submetida a um trauma, a estresse, a um assalto ou perda violenta de um ente querido pode reverberar esse acontecimento sob forma de sonho durante meses ou anos a ponto até de ele tornar-se um transtorno de ansiedade, ou pode não sonhar nada que se refira a esse acontecimento específico. De qualquer maneira, quanto mais robusta e traumática a informação, maior probabilidade de ser incorporada ao universo dos sonhos por determinado período.

 

Drauzio – Qual a explicação para acordamos assustados no meio de um pesadelo?

Flávio Alóe – O pesadelo pressupõe a ativação do sistema nervoso autonômico simultaneamente com o conteúdo de um sonho desagradável para aquela pessoa em particular, porque o que é considerado pesadelo para uns deixa de sê-lo para outros. Não é o sistema nervoso atuante, mas a carga emocional que faz acordar.

O pesadelo pode surgir de um estímulo neutro sem a menor relação com o que aconteceu durante o dia ou pode ser recorrência de um fato traumático já vivido. Normalmente, a pessoa que tem um pesadelo desperta suando, com frequência cardíaca acelerada e sensação de angústia.

 

Drauzio – Por que a pessoa acorda quando tem um pesadelo e não acorda quando o sonho é tranquilo?

Flávio Alóe – Se a pessoa sonhar que está sendo assaltada, a carga de emoção negativa é exatamente igual à que sentiria se o fato estivesse acontecendo realmente naquele momento. Como consequência, o sistema nervoso autonômico sofre certo nível de ativação que provoca alterações orgânicas responsáveis pelo despertar no meio do pesadelo.

 

Drauzio – As crianças têm mais pesadelos do que os adultos?

Flávio Alóe – Os pesadelos são mais comuns nas meninas, nas mulheres em idade adulta, seguidas das mulheres de terceira idade e menos prevalentes nos idosos do sexo masculino. Não existem estudos a respeito dessa distribuição. Talvez haja alguma intercorrência da personalidade feminina ou de seu perfil hormonal.
Crianças talvez tenham mais pesadelos, porque sua capacidade de absorver acontecimentos negativos é limitada pela falta de experiência e maleabilidade de comportamento.

 

Drauzio – Você sonha com a morte dos outros e pode até acordar chorando por causa disso, mas nunca conheci alguém que tivesse sonhado com a própria morte. Por que isso acontece?

Flávio Alóe – Não sei dizer. Realmente, nunca ouvi falar de alguém que tenha sonhado com a própria morte. Acredito que não haja circuitaria neuronal com memória para esse tipo de experiência, porque se morre uma única vez. Não existe esse bit de memória no nosso cérebro.

 

Drauzio – Existe um sonho frequente em que a pessoa se vê numa situação de perigo, quer gritar e pedir socorro, mas sua voz não sai de jeito nenhum? Por quê?

Flávio Alóe – Não tenho uma explicação clara para esse fenômeno. Sei que existe um transtorno do sono chamado transtorno comportamental do sono REM que provoca uma reação completamente diferente dessa que foi descrita. Ao contrário da fisiologia normal que prevê o corpo paralisado e a musculatura ativamente inibida durante o sono, as pessoas com esse distúrbio, em geral homens na terceira idade, fazem exatamente o que estão sonhando e passam por períodos alternados de imobilidade e movimento. Estão ativas, se no sonho lutam contra um inimigo, e absolutamente paralisadas, se caíram na água gelada ou na areia movediça. Provavelmente, no caso que você citou, exista um comando para a pessoa movimentar-se e fugir da situação de perigo, mas a musculatura ativamente inibida não reage. Nesse caso, o sonho pode refletir o que está acontecendo com seu sistema motor naquele momento.

 

DISTÚRBIO COMPORTAMENTAL DO SONO REM

 

Drauzio – O que ocorre com as pessoas sonâmbulas que se levantam durante a noite e no dia seguinte não se lembram do que fizeram.

Flávio Alóe – Essa é uma área fascinante. O mais interessante nesses transtornos de sonambulismo é o distúrbio comportamental do sono REM que acontece com os idosos do sexo masculino, que têm uma atividade motora exuberante, quase teatral, durante o sono. São idosos pacatos, estáveis, psicologicamente equilibrados, velhinhos aposentados que amam suas esposas. Em geral, as mulheres se queixam que durante a noite eles viram bicho, levantam da cama, gritam, brigam, batem nelas. Há relatos bizarros na maioria dos casos registrados pela literatura norte-americana. No sonho, esses pacientes lutam contra inimigos virtuais, ursos ferozes, soldados ameaçadores e agem como se o desafio fosse real. Suas esposas acabam sendo as maiores vítimas desse combate e, às vezes, chegam ao consultório de olho roxo ou dentes quebrados. Outros destroem móveis ou pertences pessoais dentro do quarto. Há o episódio de um americano que, fugindo de um inimigo, pulou da janela do segundo andar de sua casa, caiu na grama do jardim e sofreu várias fraturas. São quadros dramáticos de indivíduos perfeitamente normais durante a vigília, que se transformam em feras durante o sono.

Felizmente, eles respondem bem à medicação. É impressionante a desproporcionalidade entre o quadro clínico e a resposta ao tratamento com um diazepínico que já está no mercado há mais de 40 anos. Trata-se de um medicamento que aumenta a circuitaria inibitória dentro do sistema nervoso.

 

SÍNDROME ALIMENTAR NOTURNA

 

Drauzio – E aquelas pessoas que se levantam durante a noite e assaltam a geladeira?

Flávio Alóe – Trata-se de outro tipo de parassônia descrito na literatura como síndrome alimentar noturna. Acontece geralmente com mulheres de meia idade. Algumas manifestam um comportamento absolutamente inconsciente, não se lembram de nada do que fizeram durante a noite. Muitas comem coisas impalatáveis, como feijão frio, carne crua, grandes quantidades de gordura, bebem óleo. No dia seguinte, quando se levantam e encontram a cozinha toda suja e desarrumada, não sabem o que aconteceu. Diante dessa situação, os maridos costumam trancar a porta da cozinha e esconder a chave. Já vi casos de pessoas que colocaram cadeado na geladeira para conseguir controlar esse impulso.

 

REAÇÃO DOS PACIENTES

 

Drauzio – Existe uma crença popular que não se pode acordar uma pessoa durante a crise de sonambulismo. Isso é verdade?

Flavio Alóe – Não é verdade. Aconselha-se a não acordar as crianças para evitar um desconforto maior, pois podem ficar irritadas e confusas se forem acordadas durante um episódio de sonambulismo. O certo é levá-las tranquilamente de volta para a cama e deixá-las continuar dormindo.
Outra crença improcedente é que os sonâmbulos andem de braços esticados, olhos fechados e saiam de casa como registram os contos infantis. O máximo que pode acontecer é a pessoa sentar-se na cama, falar alguma coisa, mexer no pijama, ficar um pouco de pé e depois voltar a deitar.

 

Drauzio  Todos esses casos são medicados ou a prescrição depende da gravidade de cada um?

Flávio Alóe – O distúrbio do sono REM apresenta alto risco de violência, de danos pessoais e para o patrimônio. Por isso, os pacientes devem ser medicados. Por outro lado, a qualidade do sono também fica prejudicada. Os pacientes se queixam de cansaço e sonolência durante o dia, mas há medicamentos que ajudam a melhorar o quadro.
Nos casos de sonambulismo infantil, se os episódios apresentarem baixa frequência, as famílias são orientadas para tratar do problema comportamentalmente. Já no que se refere ao transtorno alimentar noturno, a medicação é importante para evitar a ingesta excessiva de calorias e o risco de acidentes.

 

Drauzio – É difícil explicar como alguém se levanta de olhos abertos, abre a geladeira, pega os alimentos, come e não acorda.

Flávio Alóe – Alguns desses pacientes comem uma barbaridade e adquirem um sobrepeso considerável. Não conseguem emagrecer, porque abusam da alimentação durante a noite. Alguns se lembram vagamente do que fizeram. Outros se lembram bem, mas afirmam não conseguirem controlar-se na vigência da crise. Uma parte age absolutamente inconsciente.

Há ainda quadros que merecem ser destacados. Todo nosso repertório de comportamentos diurnos pode ser representado durante o sono REM e o sono não REM. Nos últimos anos, têm sido relatados casos de atividade sexual durante o sono em que as pessoas estão semiconscientes ou inconscientes. Algumas acabam parando nos tribunais porque chegam a praticar abuso sexual contra menores.

No Laboratório do Sono do Hospital das Clínicas, apareceu um rapaz por volta de 30 anos de idade cuja esposa sabia distinguir claramente quando ele a procurava acordado ou dormindo a partir do dia em que lhe perguntou o que haviam feito no meio da madrugada. Ele não se lembrava de nada. Esse rapaz era portador de um transtorno sexual que se manifestava durante o sono conhecido como parassônia sexual.

 

SONO E ÁLCOOL

 

Drauzio – Como o álcool interfere no sono? Tem gente que diz sonhar mais quando bebe?

Flávio Alóe – Depois de uma refeição pesada, o desconforto gástrico provoca maior dificuldade para dormir. O estômago cheio obriga a pessoa a dormir de barriga para cima, o que proporciona mais despertares e, consequentemente, recordação de número maior de sonhos.
Já o álcool, na primeira metade da noite, atuando sobre o sistema nervoso, inibe o sono REM. Lá pelas três ou quatro horas da manhã, eliminado do organismo, vem o rebote. O que foi inibido na primeira metade da noite, cerca de 40% de sono REM, vai manifestar-se na segunda metade, entre quatro e sete horas da manhã. No final da ação residual do álcool, o sono torna-se mais superficial, o que facilita a interrupção do sono. Por isso, a pessoa se lembra mais dos sonhos quando bebe.

 

“OS SONHOS, SONHOS SÃO”

 

Drauzio – Existe alguma base científica que permita explicar as teorias que as pessoas elaboram a respeito dos sonhos como fonte de revelação dos desejos íntimos ou de características da personalidade?

Flávio Alóe – A tarefa de interpretar os sonhos cabe ao pessoal que trabalha com psicanálise. Na visão neurofisiológica do sono com sonhos, os sonhos representam simplesmente uma manifestação elétrica do cérebro, usando o material do passado recente ou remoto para construir histórias bizarras e sem nexo, mas que desempenham múltiplas funções: memória, plasticidade neuronal, ou seja, reconstrução das ligações entre os neurônios, e desenvolvimento cerebral. Por causa disso, crianças pequenas e lactentes na fase de amamentação sonham mais que os adultos.

Acho difícil usar essa janela do nosso comportamento, que é o sonho, para definir a personalidade de uma pessoa, especialmente se considerarmos que, às vezes, elas sonham com coisas que nada têm a ver com seu dia a dia.

 

Drauzio – Seguindo essa linha de raciocínio, já que todos os mamíferos sonham, fica complicado imaginar a personalidade de um coelho com base nos sonhos do animal.

Flávio Alóe – Se usarmos determinados tipos de medicação antidepressiva, estaremos suprimindo o sono REM durante semanas e nem por isso haverá alterações na personalidade das pessoa ou afloramento de tendências positivas ou negativas. Ao contrário, quando indicado adequadamente, o antidepressivo melhora os transtornos de melancolia e tristeza.

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