Púrpura trombocitopênica idiopática

Púrpura é uma referência às manchas roxas ou avermelhadas indicativas de sangramentos que aparecem na pele por conta de uma doença autoimune.

braço de uma mulher com mancha roxa típica dos sintomas de púrpura.

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Publicado em: 31 de março de 2011

Revisado em: 19 de janeiro de 2023

O nome “púrpura” é uma referência às manchas roxas ou avermelhadas indicativas de sangramentos que aparecem na pele.

 

Púrpura trombocitopênica imunológica é uma doença autoimune que se caracteriza pela destruição das plaquetas, células produzidas na medula óssea e ligadas ao processo de coagulação inicial do sangue.

O nome está diretamente relacionado às principais manifestações da enfermidade. Púrpura é uma referência às manchas roxas ou avermelhadas indicativas de sangramentos que aparecem na pele; trombocitopênica, em razão da trombocitopenia, ou seja, do sangramento provocado pela queda no número de plaquetas.

 

Veja também: Alternativas para o tratamento da púrpura

 

A enfermidade afeta uma em cada 10 mil pessoas e incide mais nas mulheres em idade fértil do que nos homens. Crianças podem apresentar uma forma aguda e autolimitada de PTI, em geral decorrente de um quadro infeccioso viral.

 

Sintomas

 

Os sintomas da púrpura surgem quando a queda do número de plaquetas compromete o processo de coagulação do sangue a ponto de provocar sangramentos. Os mais típicos são os sangramentos que se localizam na pele ou nas mucosas sob a forma de petéquias (manchas puntiformes) ou equimoses (manchas maiores). Podem ocorrer também sangramentos nasais (epistaxes), nas gengivas, gastrintestinais e no trato urinário. A ocorrência de edemas, dor nas pernas e hemorragias menstruais são mais difíceis de controlar.

A intensidade dos sintomas varia muito de um paciente para outro. Em alguns casos, eles podem ser assintomáticos e dispensam tratamento.

 

Diagnóstico

 

O diagnóstico de púrpura baseia-se no exame clínico e no resultado do hemograma. Uma vez constatado que o número de plaquetas está baixo, é de suma importância fazer o diagnóstico diferencial, porque doenças como aids, lúpus, leucemias e certas infecções virais também provocam queda no número de plaquetas.

 

Tratamento

 

Na infância, pode ocorrer remissão espontânea da doença, o que raramente acontece na vida adulta.

O tratamento da púrpura com cortiscosteroides (prednisona) por via oral visa controlar os sintomas e provocar aumento gradual das plaquetas no sangue. O risco de sangramento diminui consideravelmente, quando a contagem das plaquetas atinge 50 mil. Por causa dos efeitos colaterais adversos, o medicamento deve ser retirado aos poucos ou reduzido a doses mínimas o mais depressa possível.

Doses altas de imunoglobulina por via intravenosa são úteis para conter os sangramentos agudos e elevar a contagem de plaquetas.

Como grande parte da produção de anticorpos e destruição das plaquetas ocorre no baço, em algumas situações a remoção cirúrgica desse órgão (esplenectomia) pode estar indicada.

 

Recomendações

 

  • Sangramentos provocados pela baixa contagem de plaquetas são facilmente visíveis sob a pele ou mucosas. A presença inexplicável de pequenos pontos ou de manchas arroxeadas espalhadas pelo corpo deve ser um sinal de alerta. Procure assistência médica para diagnóstico e tratamento, se necessário;
  • Em geral, a púrpura trombocitopênica imunológica tem bom prognóstico, desde que devidamente tratada.

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