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Doenças e sintomas

Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)

Médico analisando exame de raio x dos pulmões.
Publicado em 31/03/2011
Revisado em 25/09/2024

Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) na verdade constitui um grupo de doenças respiratórias intimamente relacionadas ao tabagismo.

 

DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) é um espectro de doenças que inclui a bronquite crônica (estreitamento das vias aéreas e paralisação da atividade dos cílios) e o enfisema (danos irreversíveis nos alvéolos).

O cigarro é responsável pela imensa maioria dos casos. A constante exposição a elementos irritantes, como poeira, poluentes do ar e vapores químicos, também pode contribuir para o aparecimento da doença.

        Veja também: Pare de fumar: 21 passos para largar o cigarro

 

Sintomas

A DPOC é uma doença insidiosa de instalação lenta. Geralmente, o primeiro sintoma é uma discreta falta de ar (dispneia) associada a esforços como subir escadas, andar depressa ou praticar atividades esportivas. Com o passar do tempo, a falta de ar vai se tornando mais intensa e é provocada por esforços cada vez menores. Nas fases mais avançadas, a falta de ar se manifesta mesmo com o doente em repouso e agrava-se muito diante das atividades mais corriqueiras. Tosse produtiva e encurtamento da respiração são sintomas que também podem estar presentes nos quadros de doenças pulmonares obstrutivas.

 

Diagnóstico

O diagnóstico baseia-se nos achados do exame físico e na história do paciente. Como os sintomas podem não ser indicativos da extensão do dano respiratório, é fundamental realizar um exame chamado espirometria para avaliar a capacidade ventilatória pulmonar.

Muitos especialistas recomendam que toda pessoa que fuma há mais de dez anos faça esse exame para que o diagnóstico seja feito nas fases iniciais, quando o dano aos tecidos do sistema respiratório ainda não se tornou irreversível.

 

Tratamento

Parar de fumar é a única forma de impedir o declínio progressivo da função respiratória. Chicletes, adesivos de nicotina e drogas antidepressivas como a bupropiona, associados a terapêuticas comportamentais, são de grande utilidade para tratamento da dependência de nicotina nos portadores de DPOC.

Drogas broncodilatadoras e os anticolinérgicos estão indicados para aliviar os sintomas associados à produção e eliminação das secreções. Os derivados da cortisona por via inalatória podem ser úteis, mas seu uso prolongado pode provocar efeitos indesejáveis.

Diversos estudos demonstraram que, nos casos mais graves, o único tratamento médico capaz de aumentar a sobrevida dos portadores da doença é a oxigenioterapia. Técnicas fisioterápicas de reabilitação respiratória aumentam a resistência aos esforços e melhoram a qualidade de vida, mas aparentemente não prolongam a sobrevida.

        Veja também: Qual é a relação entre cigarro eletrônico e DPOC?

 

Recomendações

  • Evite fumar. Dependendo de quanto os pulmões estejam afetados, parar de fumar pode reduzir, ou mesmo eliminar, os sintomas da bronquite crônica e impedir a progressão do enfisema, embora não reverta o processo já instalado. Os danos aos alvéolos são permanentes, por isso os sintomas do enfisema não desaparecem;
  • Não se autoengane. Se você é fumante, considere que a dependência de nicotina pode levá-lo a tornar-se dependente dos outros para as tarefas mais insignificantes e corriqueiras;
  • Fique atento: todos os portadores de DPOC devem receber anualmente uma dose de vacina contra a gripe e outra contra o pneumococo, para evitar que a concomitância de processos infecciosos agrave o quadro respiratório;
  • Saiba que o aumento progressivo da longevidade ocorrido na segunda metade do século XX e o enorme contingente de fumantes colocaram a DPOC entre as cinco enfermidades mais prevalentes nos países industrializados e em certas regiões do Brasil.
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