Efeitos colaterais dos medicamentos para hipertensão

Impotência é um dos problemas relatados, mas hoje a variedade de medicamentos para hipertensão permite encontrar alternativas que não causem esse efeito.

Estetoscópio e, ao lado, medicamentos para hipertensão caindo fora de pote sobre a superfície.

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Impotência é um dos problemas relatados, mas hoje a variedade de medicamentos para hipertensão permite encontrar alternativas que não causem esse efeito.

 

 

A hipertensão é um doença cujo tratamento é feito basicamente de duas formas: mudanças no estilo de vida e medicamentos. Em casos mais leves, normalmente o médico recomenda que o paciente adote hábitos que incluem praticar atividades físicas regulares, reduzir o consumo de sal e de bebidas alcoólicas, manter uma alimentação equilibrada e evitar o estresse, na medida do possível.

Já nos casos mais avançados, é necessário o uso de medicamentos vasodilatadores que aumentam o calibre dos vasos sanguíneos para que o fluxo de sangue provoque pressão menor sobre a parede das artérias. Antigamente, alguns desses remédios eram responsáveis por efeitos colaterais como a hipotensão postural, queda na pressão que faz a pessoa sentir tonturas ao ficar em pé. Os medicamentos mais usados hoje têm menos efeitos colaterais.

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Outra classe de medicamentos utilizada há tempos — isoladamente ou com outros anti-hipertensivos — no tratamento da pressão alta são os diuréticos. Embora possam causar perda de água e sódio, principalmente no início do uso, versões mais modernas e o ajuste de doses fazem com que esses medicamentos ainda sejam aliados importantes no tratamento da doença sem que interfiram de forma relevante no dia a dia do paciente.

Segundo o dr. Décio Mion, nefrologista especialista em hipertensão e diretor da Escola de Educação Permanente do HC-FMUSP, hoje em dia os medicamentos para hipertensão afetam muito menos a qualidade de vida. “Atualmente, existem medicamentos com menos efeitos colaterais que os placebos, ou seja, do que as pílulas de farinha sem nenhum efeito farmacológico, que são dadas aos pacientes para comparar suas reações com as dos que foram submetidos a um procedimento terapêutico”, afirma ele.

 

Vídeo: Dr. Drauzio ensina com que frequência medir a pressão

 

Diversidade de produtos permite troca de medicamentos para hipertensão

 

Alguns homens já relataram casos de impotência e falta de desejo sexual provocados pelos medicamentos anti-hipertensivos. Isso acontece porque alguns remédios reduzem a circulação de sangue no pênis. Se o paciente notar algum problema, basta conversar com seu médico para verificar a possibilidade de trocar a medicação, pois hoje existem muitas opções disponíveis no mercado, o que permite maior personalização do tratamento.

O mais importante é que as pessoas que têm hipertensão não abandonem o tratamento em hipótese nenhuma. Por se tratar de uma doença silenciosa, sem sintomas, os pacientes podem imaginar que ela está controlada, mas não é bem assim. Se não for tratada adequadamente, a hipertensão pode causar complicações graves, como infarto e AVC. O ideal é sempre conversar com o médico sobre possíveis mudanças no tratamento, principalmente o medicamentoso.

 

Vídeo: Entenda com esta animação como a hipertensão pode provoca infarto e AVC.

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