Os tratamentos estéticos não invasivos são cada vez mais populares entre aqueles que buscam melhorar a aparência sem a necessidade de procedimentos cirúrgicos. Conheça os fios de sustentação.
As novidades envolvendo os tratamentos estéticos não param de aumentar. Os fios de sustentação estão mais presentes em muitas clínicas estéticas, porque os resultados obtidos com o tratamento parecem extremamente naturais.
Feitos de materiais absorvíveis, eles têm o objetivo de impedir a queda e a frouxidão dos tecidos e de bioestimular o colágeno. Ou seja, são fios muito finos que são utilizados em medicina estética para buscar um rosto com aparência mais jovem e conseguir um “efeito lifting”, mas sem necessidade de cirurgia.
Paula Caroline Garcia, biomédica, especialista em fios e mestranda em biofotônica aplicada às ciências da saúde da Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo, explica que o procedimento pode ser realizado com fios absorvíveis ou definitivos: “Atualmente, os absorvíveis são os mais utilizados, mas existem vários tipos de fios e materiais. Alguns fazem preenchimento, outros sustentação e todos estimulam o colágeno”, afirma.
Ainda segundo a especialista, no Brasil os mais comuns são os de polidioxanona (PDO) e os de ácido polilático (PLLA), que são completamente reabsorvidos pelo organismo em oito a 12 meses após a implantação.
Como funcionam os fios de sustentação?
Segundo a especialista, os fios são inseridos na pele através de micro-incisões. Este é um procedimento que não impede o paciente de executar suas tarefas diárias, pois é rápido (dura aproximadamente 30 a 60 minutos) e é indolor. Ao final, o paciente poderá retornar imediatamente à sua vida normal.
Os fios de sustentação são inseridos na derme ou tecido subcutâneo com o uso de agulhas hipodérmicas muito finas que os depositam no interior do tecido, criando uma rede na área a ser tratada.
“Em cinco dias começa a produção de colágeno dentro da derme, atingindo seu pico máximo em 90 dias. Para os fios que fazem a sustentação, este efeito é imediato, pois os fios possuem espículas (garras) que tracionam o tecido e puxam para trás com a técnica do profissional”, explica Paula Caroline.
Como dito, o procedimento não é cirúrgico e o paciente pode retornar à maioria de suas atividades rotineiras no mesmo dia. A técnica é uma solução eficaz para quem pretende combater os primeiros sinais de envelhecimento ou para quem, independentemente da idade, pretende melhorar o aspecto das rugas e flacidez da pele, sem recorrer à cirurgia, sendo indicado a partir dos 30 anos de idade.
Veja também: Por que nossa pele fica flácida com o passar dos anos?
Fios de sustentação: onde podem ser usados?
Os fios de sustentação podem ser usados tanto no rosto quanto no corpo, em áreas como:
- interior dos braços;
- coxas;
- nádegas;
- todas as áreas onde a pele está muito flácida.
Quais as indicações dos fios de sustentação?
Eles podem ajudar nos seguintes aspectos:
- Melhora da textura e firmeza e elasticidade da pele;
- Tratamento de rugas do rosto, pescoço, peito, mãos e braços, em combinação ou como alternativa a outros tratamentos;
- Correção de “código de barras” (rugas ao redor dos lábios);
- Melhora dos poros faciais dilatados;
- Remodelação da área malar;
- Levantamento de cauda de sobrancelha;
- Rejuvenescimento facial;
- Rejuvenescimento do pescoço e peito;
- Firmeza da parte interna dos braços e coxas;
- Rejuvenescimento das mãos.
Tempo de duração
A biomédica explica que os efeitos estéticos produzem-se gradualmente, são visíveis a partir da terceira semana do procedimento, atingem o seu pico aproximadamente três meses após e duram um período entre seis e oito meses. Após a técnica, os pacientes notam uma melhora nos sinais de envelhecimento, como rugas e flacidez da pele.
Também são necessários cuidados após a intervenção: “não massagear a área, não se expor ao sol, evitar anti-inflamatórios e atividades físicas intensas por 15 dias”, afirma Paula Caroline.
Veja também: Ácido hialurônico: saiba para que serve, indicações, riscos e cuidados
Quais são os possíveis efeitos colaterais?
Tal como acontece com qualquer tratamento de medicina estética, existem alguns riscos e potenciais efeitos colaterais associados ao procedimento, que incluem:
- Infecção da ferida operatória (pode ser resolvida com uso de antibióticos e curativos locais);
- Hematoma;
- Acúmulo de sangue no local de aplicação;
- Isquemia e necrose;
- Perda de pele em algumas regiões. Esse é um efeito raro e ocorre principalmente em fumantes;
- Assimetria;
- Diferença entre os dois lados da face. Em geral, elas são discretas e raramente necessitam de correção cirúrgica.
Geralmente, esses efeitos desaparecem em poucos dias. Por isso, é importante discutir os potenciais riscos com o seu médico antes do tratamento e, caso opte pelo procedimento, escolher um profissional certificado.