Zé Celso

Eu vou continuar trabalhando até morrer, porque o que me faz viver é criar. Meu filho é o teatro.

Zé Celso é diretor, ator, dramaturgo e encenador brasileiro, que se destacou pelas experiências de contracultura e irreverência propostas pelas suas peças. Começou sua carreira na década de 50, como ator e diretor amador, mas foi com a fundação do Teatro Oficina, em 1958, que ele se tornou reconhecido em todo o Brasil.

Escreveu sua primeira peça, intitulada “Vento Forte para um Papagaio Subir”, em 40 minutos, após uma experiência curiosa: ele conta que estava sem saber o que escolher como carreira, até que cuidou de um papagaio que havia caído naquele dia. No dia seguinte, bateu um forte vento e o papagaio e suas penas voaram. Ele observou a cena e a descreveu em seu texto. 

O Teatro Oficina é considerado, pelo Estado, pela classe artística e pelo público de teatro, um patrimônio cultural Brasileiro. O Grupo Oficina se organizou, em 1958, na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, para começar a trilhar um caminho de fomento às artes de uma forma geral. 

Zé Celso trouxe ao teatro a peça baseada no livro “Os Sertões”, escrito por Euclides da Cunha, que retrata a Guerra de Canudos no sertão nordestino do Brasil, analisando suas causas e consequências.

Drauzio enfatiza a complexidade da peça e o encanto por como Zé Celso conseguiu realizar o estouro da boiada. “Eu acho sertões uma obra prima da literatura brasileira […] Uma coisa que me impressionou foi você ter feito o estouro da boiada. Porque escrito é uma coisa, tem uma força muito grande, agora fazer isso no palco…”. No decorrer dos anos, o teatro sofreu censura e foi até fechado por um tempo. Zé Celso presenciou muitas dessas fases e comenta sobre como foi viver isso. 

No dia 06 de julho de 2023, nos despedimos dessa fonte incansável de cultura, alegria e inspiração. Foi um privilégio recebê-lo na primeira temporada do Trocando Ideia. Evoé, Zé Celso!

Quer conhecer a trajetória do gigante do teatro brasileiro? Assista ao Trocando Ideia.  

Veja também: Trocando Ideia com Drauzio Varella e Negra Li

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