Todos devem ficar em casa porque este é o momento de maior disseminação do vírus, o que pode ser um risco enorme para o sistema de saúde.
Por que é importante neste momento que as pessoas fiquem isoladas em casa? Porque esta é uma fase em que o vírus se dissemina com muita rapidez. Foi assim que aconteceu nos outros países. A disseminação é rápida. E nós temos que evitá-la. Por quê?
Porque você imagina se muita gente pegar o vírus de um momento pro outro, nós vamos ter necessidade de internações hospitalares. E nós não vamos dar conta, porque nenhum país até hoje conseguiu atender todos quando eles chegam de uma vez só.
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Então, isso é feito pra quê? Pra dar um pouco de trégua pro sistema de saúde pública poder se organizar. Porque se a gente deixa todo mundo se infectar de uma vez, vai morrer muita gente. E nós temos que evitar isso de qualquer maneira, né?
Então, você diz “bom, e eu sou jovem, tô bem, não vai acontecer nada comigo”. Com você, não, mas você vai transmitir pra outras pessoas. Vai transmitir inclusive para pessoas da sua própria família. Para os mais velhos, aquelas que têm doenças crônicas.
A mesma coisa as crianças. Você vê que quando as crianças ficam resfriadas na escola, às vezes a família inteira pega o resfriado.
Então esse é o problema. Nós não podemos pensar só na gente, temos que pensar nos outros. Temos que pensar em proteger as pessoas mais frágeis da nossa família, da comunidade e do país inteiro.
Isso não vai poder durar para sempre, evidente. Mas o que tem que acontecer? Reduzir ao máximo o número de transmissões agora, que é a fase mais perigosa de todas. O vírus tá entrando em contato com pessoas que nunca tiveram experiência anterior com ele.
Então, nós temos que nos defender dessa maneira. Daqui a pouco a gente tem que estudar como é que nós saímos dessa quarentena. E aí é uma questão pros técnicos definirem bem, em contato com os economistas, pra estudar a complexidade do impacto que a epidemia vai ter.