Crescem casos de intoxicação por álcool gel

Casos de intoxicação por álcool gel têm aumentado durante a pandemia de covid-19, em especial entre as crianças. Saiba como evitá-los.


Instituto Brasileiro de Toxicologia postou em Toxicologia

menino pequeno de máscara passa álcool gel nas mãos. Intoxicação por álcool gel tem aumentado

Compartilhar

Publicado em:

Revisado em:

Consumo de álcool gel cresce juntamente com o número de casos de intoxicação pelo produto.

 

Lavar as mãos com água e sabão nunca foi tão necessário. Crianças e adultos, todos somos relembrados diariamente da importância do ato e até mesmo da maneira correta de fazê-lo para garantir a redução da quantidade de germes de todos os tipos.

Veja também: Saiba o que fazer em casos de intoxicação

Mas e se não houver água e sabão disponíveis?  O uso de um desinfetante para as mãos com 70% de álcool – conhecido como álcool gel – pode ser uma solução.

Desde março, com o relato dos primeiros casos de covid-19 no Brasil, dados da consultoria Nielsen apontaram um aumento exponencial no consumo de álcool gel pelos brasileiros e um crescimento de mais 300% na sua venda online.

Em paralelo, observou-se também o crescimento significativo dos casos de intoxicação ocasionados por esses produtos: segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),  entre janeiro e maio de 2020 os casos de intoxicação por álcool gel no Brasil cresceram mais de sete vezes, sendo as crianças as principais vítimas.

 

Produtos adequados

 

Como, então, garantir que as mãos estejam livres de germes usando álcool gel e ao mesmo tempo evitar se expor aos perigos de uma intoxicação pelo produto?

Em primeiro lugar é importante mencionar que somente devem usados produtos com formulações que atendem as especificações previstas pela Anvisa. Produtos elaborados de forma caseira ou que possuam na formulação substâncias inadequadas podem oferecer grande risco à saúde. A agência norte-americana FDA emitiu um comunicado alertando consumidores para que não comprem produtos que contenham álcool isopropilico, álcool etílico ou metanol. Essas substâncias não são substitutas adequadas para o etanol, que é o componente principal do álcool gel. O contato com a pele ou a ingestão dessas substâncias pode provocar quadros graves de intoxicação.

Porém, mesmo certificando-se de que os produtos com que temos contato são adequados, o risco ainda existe. Intoxicações por ingestão acidental de álcool gel têm sido relatadas com frequência. Segundo dados do Centers for Diseases Control and Prevention (CDC), nos Estados Unidos, crianças são particularmente propensas a engolir desinfetantes para as mãos cheirosos, com cores brilhantes ou embalados de forma atraente. Como qualquer produto para higiene, o álcool gel deve ser armazenado fora do alcance de crianças e usado ​​com a supervisão de um adulto. Tampas resistentes a crianças também podem ajudar a reduzir intoxicações entre crianças pequenas. Relatos pouco frequentes citam casos de crianças mais velhas e adultos que propositalmente engoliram desinfetantes para as mãos para ficarem bêbados.

Tão importante quanto evitar acidentes e utilizar produtos adequados, é usá-los da maneira correta. Aplicar apenas a quantidade indicada pelo fabricante, espalhar por toda a superfície das mãos e seguir as instruções da embalagem garantem que consumidores não se exponham a riscos desnecessários. Ou seja, leia o rótulo, confira os ingredientes da fórmula e fique atento a crianças e animais de estimação!

 

Veja mais

Sair da versão mobile