Página Inicial
Podcasts

DrauzioCast #163 | Triglicérides e colesterol

AVC, angina e infarto são alguns dos problemas que podem ser causados pelo aumento dos níveis de triglicérides e colesterol no sangue. Mesmo assim, muitas pessoas não se preocupam com o controle dessas gorduras.
Publicado em 01/10/2021
Revisado em 25/10/2021

AVC, angina e infarto são alguns dos problemas que podem ser causados pelo aumento dos níveis de triglicérides e colesterol no sangue. Mesmo assim, muitas pessoas não se preocupam com o controle dessas gorduras.

 

 

 

Os triglicérides e o colesterol são gorduras que, quando alteradas e em excesso, vão se depositando nas artérias e diminuindo o fluxo de sangue. Geralmente, esse processo não provoca nenhum sintoma, mas a longo prazo é um fator de risco para doenças cardiovasculares.

Aline Tito, cardiologista do grupo Ifé Medicina, iniciativa que busca promover um atendimento mais personalizado aos pacientes, explica para que servem os triglicérides e o colesterol, qual é a relação com o HDL e o LDL, e como acontece o tratamento de pessoas que estejam com os níveis dessas gorduras desreguladas.

Ouça também no YouTube:
YouTube video player

Olá, meus amigos, no DrauzioCast de hoje nós vamos falar sobre um assunto que todo mundo já cansou de ouvir, mas muitas vezes subestima. Vamos falar sobre colesterol e os triglicérides; essas gorduras do sangue muitas vezes estão alteradas, isso é um fator de risco para doenças cardiovasculares, mas as pessoas não sabem, né, porque as alterações dos níveis de colesterol e triglicérides não provocam sintomas.

Você tem um quadro que é assintomático, mas que vai, no decorrer de anos, conforme essas gorduras vão se depositando nas paredes das artérias, começam a surgir problemas. Essa deposição de gorduras na parede das artérias é chamada de arteriosclerose, e essa arteriosclerose reduz a luz nas artérias; reduz o fluxo de sangue que passa pela artéria — e isso vai provocar sintomas.

No caso do coração, por exemplo, quando chega a um nível de redução, quando você se esforça, anda mais depressa ou sobe escada, pode dar dor no peito. Você pode ter alteração do fluxo cerebral, também, e isso pode provocar sintomas neurológicos, tonturas e certas condições.

 

Todo mundo sabe que o colesterol alto faz mal para a saúde, não é? Mas pouca gente se preocupa em tomar as medidas necessárias no estilo de vida para conseguir controlar esses níveis de colesterol e de triglicérides. Por isso nós trouxemos aqui a doutora Aline Tito, que é médica cardiologista do Grupo Ifé Medicina. Seja bem-vinda, Aline.

Obrigada.

 

Eu queria começar perguntando pra você de onde saiu esse nome e o que é o Grupo Ifé Medicina?

Primeiramente, assim, eu queria agradecer a oportunidade de estar aqui conversando com vocês, falar um pouco sobre o colesterol e os triglicérides e ambientá-los um pouco a respeito do Grupo Ifé Medicina. 

O Grupo Ifé Medicina é formado por cinco médicas, né, sou eu — cardiologista —, a doutora Abdulay — que é uma cirurgiã plástica —, a doutora Julia Rocha — que é dermatologista —, a doutora Cecília Pereira — que é ginecologista e mastologista — e a doutora Liana Tito — que é oftalmologista e minha irmã. 

Então, nós nos reunimos para começar um consultório, né, nós idealizamos um consultório que fosse mais humano, que tivesse mais afeto, que as pessoas pudessem se sentir mais acolhidas num ambiente de saúde, né, que nós estamos muito habituadas a trabalhar em hospitais, e por muitas vezes o tratamento é até impessoal, devido o volume de pacientes a serem atendidos.

E num consultório, nós temos a possibilidade de atender num atendimento mais personalizado, né, em que o paciente se sinta mais à vontade, que ele perceba que ali é um local pra acolher, que é um local pra ajuda, pra auxílio; e aí nós tentamos agregar isso a um nome, né, e na busca desse nome surgiu “Ifé”, que significa amor em iorubá. E a primeira vez que nós pesquisamos no Google, pra ver o que significava Ifé, a gente disse “não… é, tem de ser esse o nome”, e assim foi batizado como Grupo Ifé Medicina.

 

Vamo começar bem do princípio mesmo, Aline, estabelecendo a diferença entre colesterol e triglicérides, porque pouca gente sabe que eles não são exatamente a mesma coisa. 

Tanto o colesterol, quanto os triglicérides são moléculas de gorduras, né, eles se assemelham na composição, mas eles têm finalidades diferentes, né; o colesterol tem a finalidade, ele participa das membranas celulares, ele é fundamental na formação de alguns hormônios, né. 

E já o triglicérides é uma forma de armazenar energia, é uma forma que o organismo tem pra armazenar a energia que vem basicamente da alimentação, né. O colesterol a gente produz, né, no fígado, também vem pela alimentação, mas é basicamente a produção orgânica; e os triglicérides ele vem da alimentação. Os dois são moléculas de gordura, mas eles têm funções distintas no organismo. 

 

Aline, nós médicos, quando pedimos colesterol, sempre escrevemos “colesterol frações”, e às vezes a gente coloca “HDL”, “LDL”, “VLL”… Vamos falar sobre as frações agora. 

Em relação às frações do colesterol, o colesterol, assim como o triglicerídeo, não circula no sangue sozinho, porque a gordura não se mistura num ambiente aquoso. Então, ele precisa estar junto com uma lipoproteína, então esse HDL, o LDL são lipoproteínas e que têm nomes diferentes dependendo da densidade. Então, o HDL ele é uma lipoproteína de alta densidade, que está ligado ao colesterol; o LDL é uma lipoproteína de baixa densidade, também ligado ao colesterol; e existe também o VLL, que é uma lipoproteína de muito baixa densidade.

 

E qual é a diferença nas funções por causa dessa densidade? 

O HDL, que é uma lipoproteína de alta densidade, tem uma função protetora, né. Ele é uma molécula que tem uma função que a auxilia a eliminar, né, tirar da parede do vaso o colesterol, que é deletério. 

Já o LDL tem uma densidade mais baixa, e ele por vezes fica acumulado na parede do vaso deletério, então como passar da idade, ou nos indivíduos hipertensos, nos tabagistas, a parede do vaso começa a ficar muito irregular, e isso facilita com que esse LDL, com que essa lipoproteína (que está ligada ao colesterol) de de baixa densidade se acumule ali, e esse acúmulo leva a placa, né, que é o acúmulo de gordura, a placa de ateroma, que por fim elimina algumas substâncias que são inflamatórias [e] podem levar a uma coagulação local e obstruir o fluxo de sangue.

 

Aline, o povo em geral liga os níveis de colesterol a obesidade, então diz “ó, fulano tá gordo, deve estar com o colesterol alto; o outro é magrinho, magrinho, parece um esqueleto, e deve ter colesterol baixo”. mas às vezes a gente tem surpresas, não é?

Sim, sim, temos surpresas. Não é incomum eu ouvir no consultório. Por exemplo, uma pessoa obesa falou assim “não, doutora, eu sou obeso, mas eu sou saudável. Meu colesterol é normal”, né, isso realmente pode acontecer, porque a obesidade é o acúmulo de gordura visceral, mas, não necessariamente no sangue, não é uma gordura que está circulando na corrente sanguínea, né. Ele se acumula nas vísceras, no tecido subcutâneo; é um outro tipo de acúmulo.

Claro que, uma pessoa que tem uma ingesta acima do normal, acima do recomendado, ela provavelmente vai ingerir mais triglicérides — que é a gordura que a gente tem de fonte exógena —, ela vai ingerir mais triglicérides e a chance dela ter uma alteração do colesterol do triglicérides também é maior, mas não é uma condição que está relacionada a outra, né, são duas síndromes independentes.

 

E qual é o peso do componente genético?  Por exemplo, para você recebe no consultório alguém que te diz “olha, o meu pai tem colesterol elevado, minha mãe, minha avó, meus tios…”, como é que você orienta esses casos? 

Eu costumo dizer que a gente herda a genética, mas também herdamos os hábitos. Então, não são todos os casos de colesterol elevado, de hipercolesterolemia ou hipertrigliceridemia, que a gente considera como um fator genético. Pra haver uma suspeita de uma hipercolesterolemia por causa familiar ou genética, esses níveis de triglicerídeos e de colesterol são realmente muito elevados. 

Na maior parte dos casos, a gente tem mesmo o hábito que passa de pai para filho de consumo de gorduras saturadas, né, e de glicerídeo, e de carboidratos elevado. E uma vez a gente iniciando a dieta a gente percebe que há uma queda realmente nesse valor do colesterol e do triglicerídeo, apenas com mudança da dieta, mudança de estilo de vida. 

Outros casos, não, né. Nós temos, sim, casos de hipercolesterolemia familiar, que ela pode ser mais ou menos intensa, a depender da mutação do gene que provoca essa alteração, mas não é a maior parte dos casos; ela, na verdade, é mais rara do que a gente imagina. 

 

Você disse que os triglicérides estão intimamente ligados à alimentação. O que provoca aumento ou redução dos triglicérides? 

Também depende do tipo de alteração das enzimas, né. Então, algumas pessoas vão ter uma maior propensão de alterar triglicérides com uma dieta maior de carboidratos, de açúcar — massa, pão —, e outras pessoas vão ter aumento de triglicérides com um aumento de gordura saturada. 

Mas, o triglicerídeo, ao contrário do colesterol, a gente observa que uma mudança na dieta provoca uma queda desse triglicérides com muita rapidez, então, em torno de três semanas — às vezes em um mês —, você já tem uma queda maior de 50% nesse valor de triglicerídeos — o que não ocorre com o colesterol. O colesterol, muitas vezes a gente precisa entrar com uma medicação para reduzir até a taxa que a gente considera ideal, onde a gente reduz o risco cardiovascular realmente. 

 

Quais são as complicações que surgem a longo prazo, quando esses níveis de colesterol e triglicérides não são corrigidos no decorrer da vida? 

Vou começar pelos triglicérides, né. Fora a hipertrigliceridemia familiar, em que os valores de triglicérides podem ser superiores a 400 miligramas, que aí é o risco também de uma pancreatite, por exemplo, nós temos uma alteração metabólica. 

Então, o colesterol, os triglicerídeos, eles são pró-inflamatórios, significa que eles vão aumentar a taxa de coagulação, a hipercoagulabilidade, eles vão também se acumular nas paredes dos vasos, provocando lesões, a longo prazo, isquêmicas, e essas isquemias, essas lesões podem ocorrer em qualquer parte do organismo — elas podem ocorrer nos rins, ela pode ocorrer no coração, na doença coronariana, elas podem ocorrer nas proscarotes das vertebrais, provocando isquemia cerebral, elas podem ocorrer também na circulação periférica, né.

Então, você tem um paciente que reclama, ele tem uma dor ao caminhar, porque ele já tem o comprometimento do fluxo sanguíneo nas artérias mais distais, né, que elas são mais finas, né, então a luz do vaso fica comprometida pela cúmulo das placas, né, de gordura.

 

E isso que tipo de problema clínico costuma provocar com mais frequência? 

Nós temos o AVC, né, o derrame, a angina, o infarto, a doença arterial obstrutiva periférica… Basicamente as doenças vasculares, né,  e as doenças cardíacas, né, então a gente põe tudo num grupo de doença cardiovascular. 

 

Dá para baixar os níveis de colesterol e triglicérides significativamente apenas com mudança na alimentação?

Dos triglicérides com maior facilidade. Esse controle ocorre de maneira mais rápida e mais efetiva, a depender do comprometimento de cada indivíduo com a mudança do estilo de vida, né. 

Então, se ele se comprometer a fazer esta dieta de maneira regular, porque é necessário que essa mudança seja contínua, se nós fizermos uma dieta muito rigorosa, mas depois a gente não conseguir manter essa dieta, vai haver essa oscilação. 

Então, o ideal é que ele busque realmente uma mudança de estilo; ele passa a se alimentar de maneira mais saudável pro resto da vida, e não que ele tenha como objetivo baixar o colesterol e o triglicerídeo, aí repete o exame, viu que tá baixo e ele volta e se alimentar da maneira que ele fazia antes…

 

Pois é…

Então, não é esse objetivo. O objetivo é fazer uma mudança de maneira permanente — pode ser gradual, mas que ela seja permanente. 

 

Você disse que é mais fácil você corrigir os triglicérides pela alimentação, do que o colesterol. Vamos dizer que eu tenha colesterol um pouco elevado, e eu queira fazer o colesterol voltar aos níveis normais, aí eu digo: que tipo de dieta tenho que fazer para conseguir abaixar o máximo possível?

A dieta pra reduzir o colesterol, é uma dieta que a gente vai aumentar a quantidade proteica e vai reduzir o consumo de gordura saturada, e aumentar a gordura poliinsaturada.

A gordura saturada é a gordura origem animal, é uma gordura das vísceras, né, então a carne com a víscera, né, [como] fígado, coração — eles são ricos em gordura saturada; produtos industrializados  — sorvete, por exemplo, cremes — são tipos de gordura saturada. 

Agora, o que a gente tem que se alimentar mais, é de gordura poliinsaturada, que são ricas em ômega 3 e ômega 6, e aí são alimentos mais ‘in natura’, são peixes, óleos vegetais, por vezes fitoesteróis… esses alimentos, que a gente vê muito na “dieta mediterrânea”, né, que se fala, são alimentos ricos em gordura vegetal  que é um tipo de gordura poliinsaturada, que a gente consegue reduzir o colesterol. 

 

E os medicamentos, quando estão indicados? 

Vai depender da meta que se quer atingir. Nos últimos anos, né, nós vimos uma modificação em relação a meta a ser atingida com o tratamento, né. Antes havia um valor fixo de colesterol ideal, então o LDL tinha que ser menor que 130… Hoje, a gente já tenta fazer isso de uma maneira mais individualizada, então a meta, o LDL que se quer atingir vai depender da estratificação de risco para cada paciente. 

Então, um paciente que não é hipertenso, que não é diabético, que não tem uma história de doença coronariana, não tem uma história familiar precoce de doença coronariana, esse indivíduo a gente tem como meta o LDL menor que 130. Agora, um indivíduo de meia idade, que seja diabético, por exemplo, ele já tem um fator de risco, além do colesterol, então para ele a gente precisa de um tratamento mais agressivo — aí esse valor de LDL tem de ser menor que 100.

Se nós tivermos um indivíduo que, além de ser diabético, ele já tem a identificação de uma lesão — ele fez uma angiotomografia de coronárias, por exemplo, e a gente viu que ele tem placa de coronária —, e a gente precisa ser agressivo na redução desse LDL, então a gente vai ter como meta um LDLmenor que 70 miligramas. 

 

E a relação entre colesterol e o cigarro, o maldito cigarro?

É, o tabagismo, além de ser um fator de risco para doença cardiovascular, então todo indivíduo que é tabagista ele já entra aí com um fator de risco a mais, né, para a gente poder ter a meta do controle dele, o tabagismo ele baixa os níveis de HDL — que é aquele colesterol protetor, aquela lipoproteína de alta densidade, que ajuda a retirar os resíduos, a gordura, né, que faz a limpeza no nosso sistema, né. Então, ele é deletério, porque ele provoca uma alteração da parede do vaso, do endotélio, e ele baixa o HDL, que é um outro fator protetor. Então, nesse caso, a gente precisa ser um pouco mais agressivo no controle do LDL.

 

Vamos pensar em duas situações agora: pensa numa pessoa de 40 anos, mulher ou homem, que diz: eu tenho 40 anos, quero tomar cuidado, com que frequência eu tenho que checar o meu colesterol e os meus triglicérides?

Pra isso, a gente vai depender do exame inicial dessa pessoa. Se essa pessoa vai no médico a primeira vez num exame de rotina, e ele identifica uma alteração do valor do colesterol e do triglicerídeo, e ele estratifica aquela pessoa como sendo de risco baixo, vai ser orientada a mudança de estilo de vida, né?! A dieta… e ela vai retornar ao médico daqui a três a seis meses, pra fazer um exame e ver se aquela mudança que ela fez foi suficiente para controlar o colesterol, pra chegar a atingir a meta pré-estabelecida. 

Se não houver qualquer modificação, se chegou no consultório e está com os níveis de colesterol adequados pra o paciente de baixo risco, ele só vai precisar retornar no médico no outro ano. Ou, eventualmente, se ele tiver algum evento, né; se de um ano pro outro ele apresentou uma hipertensão que não tinha, se ele teve alguma alteração que mudou a estratificação de risco dele, aí ele precisa retornar ao médico, porque pode ser que tenha mudado a meta a ser atingida pelo LDL. 

Se não houver essa mudança, se não houver uma intervenção, ele não precisa repetir o exame trimestralmente, semestralmente; ele pode ir anualmente ao médico dele, e o médico que vai avaliar se há necessidade ou não de repetir o exame complementar, né. 

Ele vai à consulta, vai ser aferida a pressão, vai fazer o exame físico e se não foi identificado nenhuma alteração, talvez o médico nem decida pedir um novo exame laboratorial, mas em geral, a gente faz esse check-up, né, esse exame de rotina anualmente. 

 

A cardiologia, hoje, é uma especialidade que conta com inúmeras tecnologias, aí, não é? Mas, assim, na rotina diária, quando vem uma pessoa de 40 e poucos anos, mulher ou homem, e queria fazer uma avaliação cardiológica… Além dos exames de sangue, para checar o colesterol, triglicérides, a glicemia, etc, que exames vocês pedem a mais?

A gente pede o eletrocardiograma, que é o exame basal, né, para avaliar ritmo cardíaco, avalia indiretamente tamanho de cavidade, né, átrio, ventrículo… A gente faz, no exame físico, a depender se identificar ou não uma variação da pressão arterial, a gente pode solicitar o mapa, né, uma monitorização ambulatorial da pressão arterial.

O doppler de carótidas e vertebrais geralmente a gente solicita quando tem alguns sintomas relacionados a baixo débito e nicotina, não é um exame que a gente pede rotineiramente, e o ecocardiograma, que é um exame que é pedido também com muita frequência, a gente deixa para solicitar quando o indivíduo tem uma história de uma patologia ou a gente identifica no exame físico uma agulha alterada, um sopro, um ritmo irregular, e que a gente quer avaliar o tamanho da cavidade cardíaca — aí a gente pede o ecocardiograma.

Exames como angiotomografia de coronária são solicitados a depender da história clínica e da história familiar. Então, naqueles indivíduos mesmo sem sintomatologia, mas que tem uma familiar positiva para doença coronária, por exemplo, a gente pode solicitar uma angio TC, que é um exame não invasivo, né, feito com tomógrafo, e a gente consegue avaliar a calcificação das coronárias.

O teste ergométrico é um exame muito solicitado para os indivíduos acima de 40 anos que queiram iniciar uma atividade física mais intensa. A gente recomenda, né, os cardiologistas, que o indivíduo possa começar a sua atividade — ele não precisa retardar o início da atividade apenas para esperar o exame —, mas, se ele tem uma história familiar positiva de doença coronariana, se é um indivíduo hipertenso, se é um indivíduo que já tem outros fatores de risco, aí, nesse caso, a gente pede o teste ergométrico antes da atividade física. 

 

Aline, muito obrigado por esses esclarecimentos.

Eu que agradeço o convite, estou a disposição, foi realmente muito bom esse bate-papo, essa conversa, e poder auxiliar, né, levar a informação com alcance maior aí, para todos. 

 

Nós conversamos com a cardiologista, doutora Aline Tito, que é médica do Grupo Ifé Medicina.

Esse episódio do DrauzioCast tem o apoio cultural do Grupo DPSP.

Veja também: Conheça os níveis ideais de colesterol no sangue

Compartilhe
Sair da versão mobile