O sarampo é uma doença transmitida por secreções como gotículas eliminadas pelo espirro ou pela tosse. A vacina é a forma mais eficaz de prevenir. Conheça os sintomas.
O sarampo é uma doença infectocontagiosa provocada por um Morbilivirus e transmitida por secreções das vias respiratórias como gotículas eliminadas pelo espirro ou pela tosse. O período de incubação, ou seja, o tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas, é de cerca de 12 dias, mas a transmissão pode ocorrer antes do aparecimento dos sintomas e estender-se até o quarto dia depois que surgiram placas avermelhadas na pele.
O sarampo é uma doença potencialmente grave. Em gestantes, pode provocar aborto ou parto prematuro.
Veja também: Leia entrevista com especialista sobre sarampo
Sintomas do sarampo
- Manchas avermelhadas na pele (exantema maculopapular eritematoso), que começam no rosto e progridem em direção aos pés;
- Febre;
- Tosse;
- Mal-estar;
- Conjuntivite;
- Coriza;
- Perda do apetite;
- Manchas brancas na parte interna das bochechas (exantema de Koplik);
- Otite;
- Pneumonia;
- Encefalite.
Diagnóstico do sarampo
É feito somente com exame clínico e, quando necessário, confirmado por exame de sangue.
Veja também: Queda da cobertura vacinal contra sarampo evidencia falhas na política de saúde
Tratamento do sarampo
Por ser uma doença autolimitada, o tratamento é sintomático, isto é, visa ao alívio dos sintomas. Em alguns casos, há necessidade de tratamento para o aumento de imunidade. O paciente deve também:
- Fazer repouso;
- Ingerir bastante líquido;
- Comer alimentos leves;
- Limpar os olhos com água morna;
- Tomar antitérmicos para baixar a febre quando ela causa muito mal-estar.
Vacina contra o sarampo
A vacina antissarampo é eficaz em cerca de 97% dos casos. Deve ser aplicada em duas doses: a primeira a partir do 12º mês de vida da criança e a segunda, entre os 15 e 24 meses, de acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm). Exceção feita às mulheres grávidas e aos indivíduos imunodeprimidos, adultos que não foram vacinados e não tiveram a doença na infância também devem tomar a vacina.
Veja também: Aumento do número de casos de sarampo nas Américas preocupa autoridades
Recomendações para evitar o sarampo
- Não se descuide do programa de vacinação de seus filhos. A vacina é a melhor forma de evitar a doença, que pode ser grave, especialmente se o paciente estiver debilitado;
- Procure saber o estado de saúde de crianças que convivem com seus filhos e avise escolas e outras pessoas do entorno. O sarampo é uma doença altamente contagiosa e de caráter epidêmico, é necessário alertar a comunidade para que sejam tomadas medidas de prevenção;
- Não deixe de procurar atendimento médico se aparecerem manchas avermelhadas na pele de sua criança, mesmo que ela tenha sido vacinada;
- Investigue se você teve a doença na infância ou tomou a vacina quando criança. Em caso de dúvida é melhor procurar um centro de vacinação.
Perguntas frequentes sobre o sarampo
O sarampo pode deixar sequelas?
Sim. As complicações da doença, que incluem otites, infecções respiratórias e doenças neurológicas, podem provocar sequelas como surdez, cegueira, retardo do crescimento e redução da capacidade mental.
Quem não pode ser vacinado?
Pessoas com suspeita de sarampo, bebês com menos de seis meses idade, imunodeprimidos e mulheres grávidas. Nesse último caso, o ideal é tomar a vacina após o parto. Quem está planejando uma gestação, deve tomar até um mês antes de engravidar.
Devo tomar a vacina antes de viajar para o exterior?
Ao viajar para outro país, é importante estar com a situação vacinal em dia, conforme orientação do Ministério da Saúde. Para quem for se vacinar contra o sarampo antes de viajar, a recomendação é procurar um posto de saúde pelo menos 15 dias antes da viagem.