O que são dores de crescimento nas crianças?

Dores de crescimento atingem de 10% a 20% das crianças, mas são benignas e autolimitadas, ou seja, desaparecem espontaneamente mesmo sem tratamento.

Pernas de criança deitada sendo examinadas por médico.

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Publicado em: 26 de fevereiro de 2019

Revisado em: 22 de outubro de 2021

Dores de crescimento atingem de 10% a 20% das crianças, mas são benignas e autolimitadas, ou seja, desaparecem espontaneamente mesmo sem tratamento.

 

As dores de crescimento são dores que normalmente se manifestam nas pernas (coxas, panturrilhas ou atrás dos joelhos) de crianças durante a noite. A dor pode surgir em todo o período de crescimento, até os 18 anos de idade, mas é mais comum nas crianças em idade escolar, principalmente na faixa entre 5 e 10 anos. Elas não têm uma causa conhecida pelos médicos e, apesar do nome, não têm relação com o crescimento em si. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o termo foi adotado para diferenciar esse sintoma de doenças que causam dores semelhantes em crianças.

 

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Nos dias agitados, quando a criança pratica atividades físicas ou brinca por muito tempo, a dor pode aparecer na hora de dormir. Com menor frequência a dor vem no meio da noite e pode até fazer a criança acordar por conta do incômodo. A condição afeta cerca de 10% a 20% das crianças.

 

Diagnóstico de exclusão

 

Segundo o dr. Felipe Lora, pediatra e gerente do pronto-socorro do Hospital Infantil Sabará, a dor é benigna e autolimitada, ou seja, vai passar em todos os casos sem a necessidade de tratamentos específicos. Algumas crianças a sentem uma vez na vida e outras, uma vez por mês durante alguns meses, mas não há motivos para grandes preocupações.

Em vez de simplesmente ignorar a dor, porém, a principal recomendação é levar a criança para uma consulta no pediatra para que ele descarte outras doenças. “Na maioria das vezes, o médico consegue fazer isso sem muitos exames. É um diagnóstico que chamamos de exclusão. Então, ele vai fazer perguntas para ver se pode ser outra doença e o exame físico para verificar se há algum músculo inflamado, problema ósseo ou articular. Só necessita de um exame complementar caso fique alguma dúvida”, explica o médico.

 

Como amenizar dores de crescimento

 

Para amenizar o problema, segundo o pediatra, recomenda-se um tratamento de acolhimento por parte dos pais: dar atenção, ficar junto do filho e fazer uma massagem na região são as principais ações para aliviar a dor, que costuma passar em alguns minutos ou horas. Quando a dor é muito forte, os pais podem dar um analgésico simples, como dipirona ou ibuprofeno — que também é anti-inflamatório –, ou usar uma bolsa de água quente no local. Fazer alongamentos regularmente pode ajudar na prevenção.

As dores não causam nenhum tipo de deformidade nem restrição de movimentos, de modo que no dia seguinte ao episódio a criança deve estar bem e caminhando normalmente. “Não tem muito o que fazer, é só esperar passar. O mais importante é passar no pediatra. Se passou, ele examinou bem o paciente e descartou condições mais graves, já é o suficiente”, afirma o dr. Felipe.

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