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Oncologia

Nódulo na tireoide: devo me preocupar?

Entenda a diferença entre hipertireoidismo e hipotireoidismo e veja como funcionam os tratamentos
Publicado em 24/07/2024
Revisado em 24/07/2024

Na maioria dos casos, os nódulos na tireoide são benignos e não evoluem para câncer.

 

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia estima que os nódulos da tireoide vão afetar 60% da população brasileira no decorrer da vida. A boa notícia é que cerca de 95% dos nódulos são benignos, ou seja, não são cancerígenos, mas uma massa de tecido tireoidiano que cresceu por conta de alguma alteração na estrutura da glândula.

Na maioria das vezes, esses nódulos são tão pequenos (até mesmo para serem palpáveis pelo médico), que apenas um exame de ultrassonografia é capaz de identificá-los. E quando são detectados, a depender da característica do achado, o médico especialista pode solicitar uma biópsia para determinar se o tumor é benigno ou maligno. 

“Não é comum que os nódulos benignos se tornem malignos. Estima-se somente que em torno de 2% destes nódulos possam ter potencial para transformação maligna”, explica o dr. Carlos Santa Ritta, cirurgião de cabeça e pescoço e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. 

Geralmente, os nódulos benignos não precisam ser removidos cirurgicamente, a menos que cause sintomas como asfixia ou dificuldade de engolir. Em alguns casos, pode ser necessária uma ablação da tireoide, procedimento minimamente invasivo realizado com agulhas aquecidas que necrosa o nódulo, fazendo com que ele diminua de tamanho a ponto do organismo conseguir absorvê-lo.

 

Quando o nódulo vira câncer?

 

E quanto aos 5% dos nódulos que podem ser malignos? Eles se formam a partir do crescimento anormal das células da tireoide que formam uma protuberância dentro da glândula. 

Segundo o Ministério da Saúde, os tipos mais comuns de câncer de tireoide são o carcinoma papilífero e o carcinoma folicular. O carcinoma papilífero representa mais de 80% dos casos, e se desenvolve nas células foliculares e tem crescimento lento. Geralmente atinge um único lobo da tireóide, mas entre 10% e 80% dos casos apresentam múltiplos focos da doença dentro da tireoide.  

A maioria desses nódulos são diagnosticados da mesma forma que as doenças benignas, isto é, identificação de um pequeno nódulo, assintomático, através de um exame de imagem. 

“Como é um tipo de câncer de crescimento lento, na maioria das vezes os pacientes só terão algum tipo de sintoma tardiamente. No mundo todo não há nenhum tipo de programa de rastreamento para detecção precoce do câncer de tireoide, porque os estudos mostram que não há vantagens na realização de exames preventivos”, explica o cirurgião oncologista. 

 

Veja também: Pra que serve a tireoide?

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Taxa de cura elevada

 

Apesar de ser um tumor silencioso, que costuma dar sinais quando já está bastante desenvolvido (rouquidão, dificuldade para engolir, tosse constante etc.), é extremamente tratável e o sucesso do tratamento pode chegar a 97% dos casos.

O tratamento pode incluir cirurgia, iodoterapia e terapia hormonal. Radioterapia, quimioterapia e terapias-alvo raramente são necessários para esse tipo de tumor.



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