Epilepsia: Conheça os diferentes tipos de crise

Um único episódio de crise convulsiva não caracteriza epilepsia. Para diagnosticar a doença, é necessário que o paciente tenha pelo menos dois episódios, com um intervalo mínimo de 24 horas entre eles. 

Ilustração de cérebro formado por pontos interligados e algumas conexões destacadas em vermelho.

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Veja como são classificados os principais tipos de crise e como elas se manifestam.

 

A epilepsia é uma doença neurológica crônica caracterizada pela recorrência de crises epilépticas que podem se manifestar de formas diferentes dependendo do paciente. Cerca de 50 milhões de pessoas têm epilepsia (dados de 2019), o que a torna uma das doenças neurológicas mais comuns no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Vale destacar que um único episódio de crise convulsiva não caracteriza epilepsia. Para diagnosticar a doença, é necessário que o paciente tenha pelo menos dois episódios com um intervalo mínimo de 24 horas entre eles.

Essas crises são manifestações clínicas de uma disfunção temporária de um conjunto de neurônios – células que compõem o cérebro – interrompendo temporariamente a função habitual do órgão que acaba produzindo manifestações involuntárias tanto no comportamento, no controle muscular, na consciência e/ou na sensibilidade do indivíduo. Conheça os principais tipos de crises epilépticas:

Crises focais

Crises focais são aquelas que atingem apenas uma área do cérebro. Também podem ser chamadas de crises parciais e existem dois tipos principais:

  • Simples: Quando não há perda de consciência. Esse tipo de crise pode provocar alterações no cheiro, sabor ou som, movimentos involuntários em determinadas partes do corpo e sintomas sensoriais, como tontura e formigamento;
  • Complexas: Quando há alguma mudança ou perda de consciência. Esse tipo de crise pode provocar movimentos repetitivos, como esfregar as mãos sem parar, e o paciente pode não conseguir responder ao ambiente a sua volta.

 

Veja também: Dr. Drauzio comenta epilepsia

 

Crises generalizadas

Crises generalizadas são aquelas que atingem os dois lados do cérebro, de maneira generalizada, como o próprio nome diz. Existem alguns tipos de crise generalizada:

  • Crise de ausência: É como se a pessoa sumisse do ambiente. Ela fica olhando “para o nada”, aérea e pode fazer movimentos sutis, como um piscar de olhos. Geralmente, atinge crianças;
  • Crises mioclônicas: Se caracterizam por movimentos bruscos, como empurrões repentinos ou espasmos nos braços e pernas;
  • Crises atônicas: Esse tipo de crise provoca a perda de controle muscular, podendo levar à quedas repentinas;
  • Crises tônicas: Causa rigidez muscular e geralmente afetam os músculos dos braços, pernas e costas. Também podem ocasionar quedas;
  • Crises clônicas: São responsáveis por causar movimentos rítmicos ou repetitivos. Em geral, atingem áreas como rosto, braços e pescoço;
  • Crises tônico-clônicas: Nesse tipo, há perda de consciência, rigidez e tremor pelo corpo e, em alguns casos, perda do controle da bexiga e da língua. É o tipo de crise mais conhecido, quando o paciente fica se debatendo. É também um dos tipos mais frequente, junto com a crise de ausência.

 

O que fazer durante uma crise?

Durante um episódio de crise epiléptica em que a pessoa está se debatendo, é preciso esvaziar a área ao redor dela, tirando de perto objetos que possam machucá-la ou nos quais ela possa esbarrar; deitá-la de lado e proteger sua cabeça, colocando algo macio embaixo, como uma almofada; afrouxar suas roupas para ajudá-la a respirar melhor e não colocar nada em sua boca, nem tentar segurar sua língua. Normalmente, a crise passa rapidamente. Se durar mais que 5 minutos, acione o socorro.

 

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