É importante tomar alguns cuidados ao trocar de contraceptivo para evitar o risco de uma gravidez não planejada.
A pílula anticoncepcional é um das diversas opções de contraceptivos disponíveis para evitar uma gravidez não planejada. Porém, nem sempre o corpo se adapta ao uso do medicamento escolhido, e pode ser necessário realizar a troca do mesmo.
O primeiro passo para realizar a troca de pílula é consultar um médico. “Todo anticoncepcional pode ter efeitos colaterais graves, e existem pessoas que têm contraindicação ao uso de contraceptivos hormonais. Desta forma, para trocar com segurança, é necessário que o seu médico possa avaliar todos os riscos e benefícios do uso do anticoncepcional hormonal antes de iniciar o uso”, explica Fátima Oladejo, médica ginecologista e obstetra.
Se a troca de uma pílula para a outra não for feita da maneira correta, existe o risco de gravidez. “Se a troca não for realizada da maneira correta, como está escrito na bula da medicação – o que eu inclusive recomendo ler sempre –, isso pode interferir na eficácia do contraceptivo”, completa a dra. Fátima.
Recomendações ao trocar de pílula anticoncepcional
Se o anticoncepcional que você utiliza tiver pausa, a recomendação é abolir a pausa e emendar o final da cartela da pílula anterior com o início da cartela da nova medicação.
Nas pílulas que não têm intervalo, basta continuar com a nova medicação, também sem pausas, emendando o fim de uma com o início da outra.
No caso dos anticoncepcionais que contêm pílulas placebo na cartela, a orientação é não tomar as pílulas placebo, já que elas funcionam como uma pausa. Descarte-as e inicie a nova cartela, sempre emendando na anterior.
“O importante é sempre entender que não há intervalo, não há pausa entre a pílula anterior e a nova”, orienta a ginecologista.
A médica faz um alerta importante para quem vai passar a tomar as chamadas “minipílulas”, que contêm apenas progesterona (diferente das pílulas combinadas, que também têm estrogênio): “Elas devem ser tomadas sempre no mesmo horário, com uma janela de no máximo três horas. Se você mudar o horário, tem que usar um método de barreira por no mínimo 48 horas após a troca do horário para garantir a eficácia.”
É sempre recomendado utilizar um método de barreira – como as camisinhas – durante a troca de anticoncepcional. Em geral, a própria bula vai ter uma recomendação sobre o tempo de uso desse método adicional. “Eu recomendo um mês de uso do método de barreira, mas dependendo do tipo de contraceptivo hormonal, eles indicam 48 horas até uma semana de uso de método adicional após a troca”, diz a médica.
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