Gravidez sucessivas e partos múltiplos estão entre as principais causas. Ouça o podcast sobre prolapso genital.
Não é raro ouvir as mulheres se queixarem de ‘bexiga caída’, uma expressão popular imprecisa para designar o que nós médicos chamamos de prolapso urogenital, resultado da perda de sustentação não só da bexiga, mas de órgãos como a uretra, útero [e] intestino, e em razão da fragilidade dos músculos que formam o assoalho da pélvis.
Existem fisioterapias específicas para fortalecer o assoalho da pélvis, que são capazes de evitar a ocorrência de prolapsos no futuro. No entanto, uma vez estabelecido o prolapso, não há exercício capaz de reverter o quadro.
Geralmente o prolapso genital acontece depois de gravidezes sucessivas e partos múltiplos, mas obesidade, envelhecimento, alterações hormonais e certas doenças musculares, neurológicas e genéticas também estão entre as causas deste distúrbio que compromete o desempenho físico, social, no trabalho e a sexualidade das mulheres.
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O tratamento para a bexiga caída ou prolapso urogenital é cirúrgico e visa a recolocação dos órgãos na posição adequada e o reforço da musculatura. A técnica consiste em utilizar telas, feitas de material sintético, que recobrem o assoalho pélvico com o objetivo de fortalecer essa região com menos músculos, e onde se localizam os orifícios por onde passam a vagina e o reto.
Para pacientes sem condições físicas de serem operadas, existem aparelhos que podem ser colocados dentro da vagina, como se fossem diafragmas. Esses dispositivos resolvem o problema temporariamente, mas sua estrutura rígida pode causar ferimentos na mucosa vaginal e aumentar o risco de infecções urinárias e genitais.