Ardência e irritação na vulva e na vagina: o que fazer?

As vulvites e as vulvovaginites são inflamações que acometem a vulva e a vagina. Conheça a diferença entre elas e como identificar.

Às inflamações podem acometer apenas a vulva ou a vulva e a vagina ao mesmo tempo. Saiba como acontece cada uma delas e como prevenir.

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Publicado em: 28 de junho de 2022

Revisado em: 30 de junho de 2022

As inflamações podem acometer apenas a vulva ou a vulva e a vagina ao mesmo tempo. Saiba como acontece cada uma delas e como prevenir.

 

Vulvites são inflamações que acometem somente a vulva. Já as inflamações que atingem a vulva e a vagina ao mesmo tempo são chamadas de vulvovaginites, que são as mais prevalentes e podem ser causadas por bactérias, fungos, protozoários, ou por algum tipo de alergia ou irritação. 

Mas antes de especificarmos as principais enfermidades, é preciso fazer uma rápida distinção entre vulva e vagina, pois é um assunto que ainda causa uma certa confusão. 

 

Vulva e vagina não são a mesma coisa

A vulva é toda a parte externa e visível, onde estão localizados o monte de vênus, o clitóris, os pequenos e os grandes lábios. Já a vagina é a parte interna, por onde sai o sangue da menstruação (nunca a urina) e o canal que dá acesso ao útero

 

O que são as vulvites

Normalmente, as irritações que acometem a vulva, mas sem comprometer a vagina são causadas por uso de algum produto cosmético, amaciante de roupa, látex dos preservativos, lâminas de depilação e absorventes. São artigos que podem causar sensibilidade em algumas mulheres e gerar quadros de dermatites, que têm como principais sintomas coceiras e assaduras. 

O diagnóstico é totalmente clínico. O médico faz uma avaliação geral da área e pergunta para a paciente se há algum tipo de corrimento ou outro sintoma além da vermelhidão e da coceira, já que o corrimento pode indicar um quadro de candidíase ou vaginose bacteriana

Nestes casos, é importante tentar identificar o agente causador a fim de diminuir a inflamação. Além disso, neste período, priorize dormir sem calcinha para facilitar a ventilação. Também é indicado usar calcinhas de algodão, pois elas conseguem absorver o suor. Na hora de lavá-las, prefira sabão neutro a sabão em pó, e as deixe secar naturalmente ao sol e não no box do banheiro.

Veja também: Veja os cuidados necessários para uma depilação íntima segura

 

Incontinência urinária pode causar problemas na vulva

A perda involuntária de urina, ou incontinência urinária, também pode causar dermatites na vulva. Quem faz uso de absorventes específicos para a condição ou uso de fraldas deve ficar atento à limpeza e à hidratação da pele, para prevenir o surgimento de lesões. 

Por isso é importante lavar a região com água morna e sabão após o episódios de perda urinária e utilizar cremes à base de calêndula ou aloe vera para manter a região hidratada. O uso de toalhas umedecidas sem álcool e hipoalergênicas também ajuda a manter a pele macia e hidratada, por isso elas são indicadas. Mas não se esqueça de procurar um médico especialista se os sintomas piorarem. 

 

Infecções simultâneas ou vulvovaginites 

Segundo a médica ginecologista Fernanda Mastrocola, normalmente é mais frequente que as infecções comecem pela vagina e depois se manifestem na vulva. A mais comum de todas é a candidíase, causada pelo fungo Candida albicans e que acomete grande parte das mulheres na idade adulta. 

Esses fungos se aproveitam de ambientes quentes e úmidos para se proliferar, portanto, quando há um desequilíbrio da flora vaginal e do sistema de defesa do organismo, os sintomas aparecem. 

“O sintoma principal da candidíase é um corrimento esbranquiçado, com pequenos grumos, mas sem cheiro. Na vulva, teremos muita coceira, vermelhidão e ardor. Em geral, costuma aparecer antes do período menstrual. É fácil de tratar, mas se houver muitos episódios repetitivos no ano, é importante fazer um exame de cultura para investigar e nunca sair tomando antifúngico a torto e a direito”, informa a ginecologista. 

As vaginoses bacterianas também são extremamente comuns, e como o próprio nome diz, são causadas por bactérias. Os sintomas também começam na vagina e, além do corrimento, o cheiro também é um sinal importante de que algo não vai bem na região. 

Os sintomas também costumam chegar até a vulva, causando inchaço e vermelhidão. 

A única IST do grupo é a tricomoníase causada por um protozoário, a Trichomonas vaginalis, e a sua principal característica é um corrimento amarelado, amarelo-esverdeado ou acinzentado. 

“Nas mulheres, a doença acomete principalmente a vulva, a vagina e o colo do útero. Quando não diagnosticada ou não cuidada corretamente, a tricomoníase facilita o aparecimento da chamada doença inflamatória pélvica“, alerta Fernanda. 

Para evitar a enfermidade, é imprescindível usar camisinha interna ou externa

Conteúdo desenvolvido em parceria com a marca TENA https://www.tena.com.br

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