Artrite reumatoide

Doença inflamatória crônica pode afetar as mãos, punhos, cotovelos, joelhos, tornozelos, pés, ombros, coluna cervical e órgãos internos, como pulmões, coração e rins, nos indivíduos geneticamente predispostos.

Mãos de mulher mais velha com deformidades de artrite reumatoide.

Compartilhar

Publicado em: 18 de abril de 2011

Revisado em: 9 de agosto de 2021

Artrite reumatoide é uma doença autoimune, com causa ainda desconhecida, que afeta duas vezes mais mulheres do que homens entre 50 e 70 anos.

 

Artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica, autoimune, que afeta as membranas sinoviais (fina camada de tecido conjuntivo) de múltiplas articulações (mãos, punhos, cotovelos, joelhos, tornozelos, pés, ombros, coluna cervical) e órgãos internos, como pulmões, coração e rins, dos indivíduos geneticamente predispostos. A progressão do quadro está associada a deformidades e alterações das articulações, que podem comprometer os movimentos.

Não se conhecem as causas da doença, que afeta duas vezes mais as mulheres do que os homens entre 50 e 70 anos, mas pode manifestar-se em ambos os sexos e em qualquer idade. A forma juvenil tem início antes dos 16 anos, acomete número menor de articulações e provoca menos alterações no exame de sangue.

 

Veja também: Leia entrevista sobre artrite e artrose

 

Sintomas

 

No início, os sintomas da artrite reumatoide podem ser insidiosos e comuns a outras enfermidades ou ocorrer abrupta e simultaneamente. Os mais comuns são rigidez matinal que regride durante o dia, mal-estar, diminuição do apetite, perda de peso, cansaço, febre baixa, inchaço nas juntas das mãos, punhos, joelhos e pés, que se deformam com a evolução da doença.

 

Diagnóstico

 

O diagnóstico de artrite reumatoide leva em conta os sintomas, o resultado de exames laboratoriais (VHS, proteína C-reativa e fator reumatoide) e por imagem (raios X, ressonância magnética, ultrassonografia articular).

O Colégio Americano de Reumatologia estabeleceu os seguintes critérios que ajudam a nortear o diagnóstico (os quatro primeiros devem estar instalados durante seis semanas pelo menos):

  • Rigidez matinal;
  • Artrite de três ou mais áreas, com sinais de inflamação;
  • Artrite de articulação das mãos ou punhos (pelo menos 1 área com edema);
  • Artrite simétrica (a simetria não precisa ser perfeita);
  • Nódulos reumatoides ;
  • Fator reumatoide sérico positivo;
  • Alterações radiográficas (erosões ou descalcificações articulares).

 

Tratamento

 

Quanto mais cedo for diagnosticada a artrite reumatoide e iniciado o tratamento, melhor será o prognóstico. Embora ainda não se conheçam os recursos para a cura definitiva, é possível obter a remissão dos sintomas, preservar a capacidade funcional e evitar a progressão das deformidades.

Repouso só deve ser indicado em quadros muito dolorosos e por pouco tempo. Atividade física e fisioterapia são importantes para controlar o comprometimento das articulações e a perda da mobilidade.

O tratamento medicamentoso inclui analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINE), cortiscoroides e drogas imunossupressoras, como o metrotrexato e a ciclosporina. Alguns medicamentos mais recentes, desenvolvidos através de tecnologias baseadas na biologia molecular, trazem novas possibilidades terapêuticas.

A cirurgia e a colocação de próteses articulares podem representar uma opção de tratamento, nos estágios avançados da doença.

 

Veja também: Nos passos da dor, matéria finalista em prémio sobre artrite reumatoide

 

Recomendações

 

  • Não tenha medo: artrite reumatoide não é doença contagiosa nem hereditária;
  • Lembre que a artrite reumatoide sem tratamento pode ter como consequência a total incapacidade de movimentar-se;
  • Não se automedique nem atribua ao envelhecimento sinais que possam ser indicativos da artrite reumatoide. Procure assistência médica.

Veja mais

Sair da versão mobile