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Infectologia

Em meio à pandemia, é preciso manter os cuidados no combate à dengue

close em aedes, que causa dengue, pousado em dedo
Publicado em 01/03/2021
Revisado em 01/03/2021

Brasil teve quase 1 milhão de casos de dengue registrados durante o ano de 2020.

 

A pandemia do novo coronavírus está no foco dos noticiários há um ano, por se tratar do problema de saúde pública mais urgente no momento. Mas outras doenças comuns continuam entre nós, como é o caso da dengue, que tem maior incidência no verão, por causa das chuvas e das altas temperaturas.

Segundo o último Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, ao longo de todo o ano de 2020 foram registrados pouco mais de 987 mil casos prováveis de dengue em todo o país. O Centro-Oeste foi a região com maior incidência da doença, seguido por Sul, Sudeste, Nordeste e Norte. Abaixo o número de casos em cada região:

  • Centro-Oeste: 1.212,1 casos/100 mil habitantes;
  • Sul: 940 casos/100 mil habitantes;
  • Sudeste: 379,4 casos/100 mil habitantes;
  • Nordeste: 263,8/100 mil habitantes;
  • Norte: 119,5 casos/100 mil habitantes.

O número total de casos ficou abaixo do registrado em 2019, que ultrapassou 1,5 milhão. No entanto, parte dessa redução pode estar relacionada à subnotificação de casos em 2020, em razão da pandemia de coronavírus. Muitas pessoas sentem receio de buscar uma unidade de saúde e correr o risco de se infectar.

O fato é que não podemos abandonar os cuidados necessários para combater a doença, principalmente em tempos de pandemia, já que os hospitais estão sobrecarregados com o alto número de casos de covid-19.

Veja também: Bactéria Wolbachia inibe transmissão de dengue e outras arboviroses

Hoje, o estado do Acre está passando por um surto de dengue, além de sofrer com enchentes e aumento dos casos de covid-19. Segundo estimativa do governo estadual, a dengue é responsável por cerca de 80% dos atendimentos nas unidades de pronto-atendimento da capital, Rio Branco.

A forma mais eficaz de evitar a dengue é dificultando a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Para isso, é preciso eliminar os focos de água parada: limpar com frequência caixas d’água e piscinas, não deixar pneus velhos acumulando água, trocar sempre a água de vasos de plantas, não jogar lixo em terrenos baldios, deixar garrafas vazias de cabeça para baixo, manter as lixeiras sempre fechadas, entre outros.

No verão, a atenção deve ser redobrada, já que o aumento das chuvas pode favorecer os focos de água parada.

 

Animação: O vírus da dengue no corpo

 

Sintomas de dengue e coronavírus

 

Os sintomas clássicos da dengue incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares, vermelhidão no corpo e coceira. Alguns sinais e sintomas podem ser semelhantes aos da covid-19, mas normalmente é mais fácil diferenciá-las do que distinguir a covid de uma gripe, por exemplo. Em muitos casos, a infecção causada pelo coronavírus também provoca perda de olfato e paladar.

O tratamento para dengue é feito com analgésicos e ingestão de líquidos. Mas atenção: em caso de suspeita de dengue, o paciente não pode usar antitérmicos que contenham ácido acetilsalicílico nem anti-inflamatórios não hormonais, como ibuprofeno, nimesulida ou diclofenaco, que podem interferir no processo de coagulação do sangue.

Em casos graves, é necessária hospitalização.

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