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Infectologia

Como se proteger da nova variante da covid-19 no fim do ano

Veja como se proteger da BQ. 1, uma subvariante da ômicron, tem se espalhado pelo Brasil. Veja como aproveitar as festas de Natal e Ano Novo sem se expor ao vírus.
Publicado em 23/12/2022
Revisado em 31/01/2023

Uma subvariante da ômicron tem se espalhado pelo Brasil. Veja como aproveitar as festas de Natal e Ano Novo e se proteger da BQ.1

 

As festas de fim de ano se aproximam e a preocupação com a covid-19 aumenta. No início de novembro, o número de casos subiu 134%, enquanto as mortes pela doença aumentaram 24,3%. A BQ. 1, nova subvariante derivada da ômicron, acendeu o alerta no Brasil e no mundo por sua maior capacidade de transmissão.

Essa cepa também apresenta uma tendência de escape da resposta imune, seja aquela oferecida pelas vacinas ou adquirida por quem já teve covid-19 uma ou mais vezes. Ainda assim, as vacinas administradas no país protegem contra casos graves e hospitalizações.

Para o dr. Alexandre Schwarzbold, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), é exatamente isso que impede que a nova onda da covid-19 atinja picos tão altos quanto nos meses anteriores: a imunidade oferecida pelas doses das vacinas.

 

O que muda com a nova subvariante?

“A tendência das novas variantes é não serem mais letais ou causarem doenças respiratórias graves. Por outro lado, existem estudos que mostram que, do ponto de vista epidêmico, quanto mais pessoas suscetíveis a adquirir a infecção, mais alta é a taxa de letalidade”, alerta o infectologista. Atualmente, o índice da BQ.1 está em 1,9%, valor próximo ao das cepas originais da doença.

Os sintomas já são conhecidos e se assemelham a um quadro de rinossinusite. As principais queixas dos pacientes são dor de garganta, coriza, obstrução nasal e dor de cabeça. As sequelas, como fadiga e dor de cabeça, podem causar desconforto por semanas ou até meses depois da infecção.

Entre os grupos mais vulneráveis, aumenta o risco de desenvolver doença pulmonar e outras complicações mais graves. 

Veja também: O que podemos fazer para evitar que as variantes do coronavírus se espalhem? | Coluna

 

Quem são os grupos mais vulneráveis?

De acordo com o dr. Alexandre, três grupos devem tomar um cuidado especial em relação à BQ. 1:

  • Pessoas imunodeprimidas: aquelas que fazem tratamento de câncer, são transplantadas ou têm doenças crônicas com o uso de imunossupressores;
  • Pessoas idosas: por serem mais vulneráveis a problemas respiratórios e outras doenças;
  • Pessoas sem a cobertura vacinal adequada: aquelas que não terminaram o esquema completo e tendem a evoluir mal, necessitando de hospitalização.

Os dois primeiros grupos, além das complicações da covid-19, ainda podem ter as suas próprias condições pioradas como consequência da infecção.

 

Como se proteger da BQ.1 no fim do ano?

“Por isso, eu acho que o grande cuidado durante as festas é com essas pessoas vulneráveis. Ao se encontrar com familiares que não são do seu convívio, elas devem manter uma distância maior e usar barreiras de proteção, como a máscara bem ajustada ao rosto”, recomenda o dr. Alexandre.

Para a população em geral, para se proteger da BQ.1, as dicas são usar máscara em ambientes fechados, abrir janelas e portas para ventilar bem os ambientes e manter o esquema vacinal completo, incluindo os reforços indicados. Hoje, são duas doses para crianças de 3 a 11 anos; três doses para quem tem entre 12 e 39 anos; quatro doses para adultos acima dos 40 anos; e uma aplicação extra para pessoas imunossuprimidas que tenham mais de 18 anos.

Se houver suspeita de infecção, é importante fazer o teste, que pode ser o teste rápido ou o PCR, avisar as pessoas com as quais teve contato e se isolar de 5 a 7 dias.

“Persistindo algum sintoma, é fundamental que ela se teste novamente para ver se ainda não está com o vírus”, pontua o infectologista.

Veja também: Crianças e adolescentes devem se vacinar contra a covid-19 | Coluna

 

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