Fibras reduzem risco de apendicite

O apêndice é um órgão que pode sofrer obstrução com facilidade. Nesses casos, há risco de infecção, que pode ser grave.

Juliana Conte postou em Gastroenterologia

Home com mnao do lado direito inferior do abdômen e destaque em vermelho na região indicando dor.

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Publicado em: 17 de julho de 2019

Revisado em: 22 de outubro de 2021

Ingestão de fibras e de água ajudam a prevenir a apendicite, mas mesmo com dieta equilibrada o problema pode se instalar. É fundamental reconhecer sintomas e procurar assistência imediatamente.

 

A apendicite (inflamação do apêndice) tem início quando há uma obstrução do orifício que liga o apêndice ao intestino, normalmente por resquícios fecais ou até parasitas. Dessa maneira, o órgão aumenta de volume e bactérias passam a se proliferar naquele ambiente. Daí a necessidade de uma intervenção cirúrgica o quanto antes (até 12 horas a partir do começo dos sintomas), já que o risco de uma infecção generalizada é grande. 

 

Veja também: Entrevista completa sobre apendicite

 

Embora o grupo mais propício a desenvolver apendicite sejam adolescentes e jovens adultos na faixa dos 30 anos, ninguém está imune à doença. Inserir alimentos ricos em fibras na alimentação é uma maneira de reduzir os riscos de apendicite, pois esses nutrientes facilitam o trânsito intestinal e diminuem a incidência de obstrução do órgão. Pelo mesmo motivo, tomar bastante água ajuda a manter o fluxo digestivo. Ainda assim, mesmo uma dieta adequada não elimina totalmente o risco. Portanto, é fundamental reconhecer rapidamente os sintomas.

 

Sintomas e tratamento da apendicite

 

A dor de apendicite é bem característica e vale a pena ficar atento a sinais como dor na região inferior direita do abdômen (na altura do umbigo), febre baixa, perda de apetite, constipação intestinal e calafrios.

O diagnóstico, normalmente, é clínico e baseado na queixa do paciente. Entretanto, o médico pode solicitar alguns exames complementares de emergência, como ultrassonografia e hemograma, para observar se há aumento do nível de leucócitos, o que pode indicar infecção.

O apêndice cecal é um órgão linfático localizado na parte inferior do intestino grosso (também chamada de cólon) e tem o formato parecido com o dedo de uma luva. Até pouco tempo atrás, pesquisadores não sabiam dizer qual era a real importância desse órgão que se parece com uma pequena bolsa, mas hoje se sabe que ele é um dos responsáveis pela produção de linfócitos e glóbulos brancos do corpo humano. Como ele não é o único a cumprir essa tarefa, ele não é vital para o organismo. Dessa forma, o tratamento é basicamente cirúrgico.

Existem alguns estudos que avaliaram a eficácia de usar antibióticos para evitar a cirurgia de apendicite, mas em muitos casos ela não foi suficiente ou, após um sucesso inicial, permitiu o retorno do problema. Atualmente, a extração do órgão é realizada por laparoscopia por meio de três pequenas incisões no abdômen. Em situações específicas a cirurgia pode ser feita da forma convencional, com uma incisão maior na região.

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