Publicado em 15/10/2024
Revisado em 15/10/2024

A obesidade é uma doença crônica complexa, com vários fatores de risco associados. Conheça os principais sintomas, complicações e tratamentos.

 

A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura que pode causar prejuízos à saúde. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade pode aumentar o risco de doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer, além de poder afetar a saúde óssea e a fertilidade, entre outras questões. 

O diagnóstico de sobrepeso e obesidade é feito com base no Índice de Massa Corporal (IMC), que é calculado dividindo o peso pela altura elevada ao quadrado. Considera-se obesidade quando o IMC é igual ou maior que 30. Confira: 

  • 18,5 ou menos: Abaixo do normal;
  • Entre 18,6 e 24,9: Normal;
  • Entre 25,0 e 29,9: Sobrepeso;
  • Entre 30,0 e 34,9: Obesidade grau I;
  • Entre 35,0 e 39,9: Obesidade grau II;
  • Acima de 40,0: Obesidade grau III.

Ainda segundo a OMS, a obesidade afeta cerca de 650 milhões de adultos em todo o mundo, sendo assim umas das doenças crônicas mais comuns na atualidade. No Brasil, aproximadamente 1 em cada 4 pessoas maiores de 18 anos têm obesidade. Por esse motivo, é considerada um problema de saúde pública. 

        Veja também: Por que a obesidade é considerada doença crônica?

 

Sintomas da obesidade

O principal sintoma da obesidade é o excesso de gordura. Mas, em alguns casos, o peso excessivo pode causar sintomas como dores nas costas e nas articulações, fadiga, ronco e problemas de sono. 

 

Fatores de risco da obesidade

A obesidade é uma doença multifatorial e pode estar associada a fatores genéticos, psicossociais, ambientais, econômicos, culturais e de estilo de vida. 

De forma geral, fatores que podem contribuir para o ganho de peso incluem sedentarismo, consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, uso de determinadas medicações, doenças, questões hormonais, eventos de vida, estresse, falta de acesso a cuidados e serviços de saúde, entre outros. 

É preciso chamar atenção também para os ambientes obesogênicos – ambientes que promovem ou facilitam escolhas alimentares não saudáveis e comportamentos sedentários. Isso significa, de acordo com o Ministério da Saúde, que aspectos do contexto no qual a pessoa está inserida (que podem incluir, por exemplo, dificuldade de acesso a alimentos saudáveis) podem influenciar suas escolhas.

 

Tratamento da obesidade

O tratamento da obesidade inclui a adoção de uma alimentação mais saudável e menos calórica (reduzindo o consumo de ultraprocessados e priorizando a ingestão de alimentos in natura) e a prática regular de atividade física (pelo menos 150 minutos de exercício moderado por semana, conforme recomendação da OMS). 

Além disso, junto à mudança de estilo de vida, pode ser feito também o uso de medicações para perda de peso. Em casos mais graves, existe a opção da cirurgia bariátrica, procedimento que consiste na redução do estômago, obrigando a pessoa a diminuir sua ingestão calórica e, assim, perder peso. 

Outros hábitos de vida saudáveis – como evitar álcool e tabaco, ter uma boa qualidade do sono e controlar o estresse – também são importantes. 

O acompanhamento do paciente com obesidade geralmente é feito por um médico endocrinologista e por um nutricionista, mas também pode envolver outros profissionais, como psicólogo e psiquiatra, especialmente quando há associação com algum distúrbio psiquiátrico, como a compulsão alimentar. 

        Veja também: Obesidade infantil: Brasil tem taxas mais altas que as globais

 

Recomendações para lidar com a obesidade

  • Pacientes com obesidade muitas vezes enfrentam estigma e preconceito por conta da doença, e são vistos como desleixados ou preguiçosos, mas a obesidade é uma doença multifatorial, ou seja, não se trata de força de vontade. O preconceito, por vezes dos próprios médicos, pode afastar as pessoas do cuidado com a saúde. Se você tem obesidade, busque se cuidar, mas não se autodeprecie.
  • Medicamentos para obesidade não devem ser tomados por conta própria. Procure sempre a avaliação de um médico especialista, que poderá orientar sobre o uso, o tipo de medicação adequada para cada caso e os possíveis efeitos colaterais. 
  • A obesidade é uma doença crônica e os cuidados para mantê-la sob controle devem ser contínuos. Dietas restritivas podem levar à perda de peso rápida, mas se a pessoa voltar a se alimentar de forma inadequada após a dieta, há grande chance de reganho de peso. Procure ajuda e saiba que a mudança de hábitos é para a vida.
  • Às vezes, o caminho parece muito longo, mas é importante destacar que pequenas perdas, de 5% a 10% do peso corporal, já promovem ganhos relevantes para a saúde, como, por exemplo, diminuição do colesterol, pressão arterial e glicemia. 

 

Fontes consultadas:

  • Organização Mundial de Saúde (OMS);
  • Ministério da Saúde;
  • Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
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