Versões em menos comprimidos podem ajudar na adesão ao tratamento do diabetes

Necessidade de menos comprimidos por dia podem contribuir para aumentar a adesão ao tratamento de pacientes com diabetes.

Frasco azul tombado e comprimidos brancos espalhados em uma superfície. Veja novidades no tratamento de diabetes

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Necessidade de menos comprimidos por dia podem contribuir para aumentar a adesão ao tratamento de pacientes com diabetes.

 

Dois dos grandes desafios que envolvem o diabetes tipo 2 (ou qualquer outra doença crônica) são fazer com que o paciente se comprometa com o tratamento e adote um estilo de vida saudável. Quando a glicemia está controlada, é possível evitar todas as possíveis complicações típicas da doença, como retinopatia (lesões na retina), nefropatia diabética (lesões nos rins) e problemas cardiovasculares, como infarto. O problema é que no curso da doença o paciente não apresenta sintomas e tem a (falsa) sensação de controle. Daí para não seguir à risca o tratamento, que frequentemente envolve tomar duas ou três medicações por dia, é um pulo.

Em junho de 2019, acompanhei o maior congresso de diabetes do mundo, da American Diabetes Association (ADA), em São Francisco (EUA), em que muito se falou sobre novas opções terapêuticas para tornar tornar a vida do paciente melhor. Uma delas é o chamado “remédio 3 em 1”, que consiste em uma combinação de metformina XR, dapaglifozina e saxagliptina em um só comprimido. Aprovado somente nos Estados Unidos, esse medicamento promove a redução do nível de açúcar no sangue por um período maior e, apesar de a posologia ser diária, o fato de concentrar várias drogas em um único comprimido deve facilitar a adesão ao tratamento.

 

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Outro tema bastante discutido foi o uso da semaglutida, que chegou ao Brasil em maio de 2019.  A novidade é que esta é uma medicação subcutânea, apresentada em forma de caneta, e de uso semanal. “A injeção sempre provocou um estigma muito grande. Estamos buscando alternativas para que exista maior adesão ao tratamento”, explica Mads Krogsgaard Thomsen, vice-presidente executivo e chefe do Departamento de Ciência da Novo Nordisk.

Além de atuar no pâncreas para promover a absorção de açúcar e reduzir a glicemia, o medicamento age também em áreas específicas do sistema nervoso central que controlam a fome e o apetite. “Além da redução da glicemia, temos associada uma redução de peso, muito importante para o paciente com diabetes“, comenta Priscilla Mattar, diretora médica da empresa. Já há uma versão oral de semaglutida, que está em fase de aprovação pelo FDA, nos EUA. No Brasil, espera-se que o produto seja liberado pela Anvisa no segundo semestre de 2021.

 

*A jornalista viajou a convite do laboratório dinamarquês Novo Nordisk.

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