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Drogas Lícitas e Ilícitas

Estudo aponta que cigarros eletrônicos podem ser ineficazes

close de homem fumando cigarro eletrônico
Publicado em 01/04/2014
Revisado em 11/08/2020

Estudo mostra que cigarros eletrônicos podem ser ineficazes na ajuda a fumantes que querem abandonar o cigarro

 

Aqueles que querem deixar de fumar contam com algumas ferramentas para vencer a adição. Uma delas, o cigarro eletrônico, tem sido bastante utilizada com esse fim.

Contudo, ativistas antitabaco e alguns pesquisadores consideram que os dispositivos podem tornar o uso do tabaco mais aceitável e não ser eficazes na redução do vício de fumar.

Esse grupo acaba de ganhar  reforço: segundo a revista Nature, um estudo da Universidade da Califórnia, em São Francisco, Estados Unidos, acompanhou 949 pessoas que detalharam seus hábitos referentes ao fumo em uma pesquisa online. Dessas, 88 usaram os cigarros eletrônicos, mas não tiveram mais chance de parar nem reduziram o cigarro depois de um ano de uso quando comparadas aos demais fumantes.

 

Veja também: Cigarros eletrônicos são formas de manter o fumante dependente

 

O dispositivo, um tubo que imita um cigarro tradicional, contém um  líquido com nicotina, que é liberada em forma de vapor. Por esse motivo, teoricamente, o cigarro eletrônico causa menos danos que o tradicional, pois não contém outras substâncias cancerígenas comuns ao cigarro, como o alcatrão.

Os pesquisadores da Califórnia afirmaram que a propaganda do dispositivo sugere que ele é eficiente no combate ao vício e, portanto, deve ser proibida até que haja evidência científica confiável a respeito.

Por outro lado, muitos médicos que lidam com a dependência do tabaco consideram que o cigarro eletrônico é a principal e mais segura arma para quem quer deixar de fumar e que o estudo da Califórnia não é conclusivo.

De todo modo, a maneira como os cigarros eletrônicos devem ser regulados tem gerado intenso debate no mundo todo. Alguns cientistas defendem que o produto seja regulamentado de acordo com as leis que regulamentam dispositivos médicos, o que faria com que o produto estivesse sujeito a legislações mais rígidas quanto à propaganda, a maior controle de qualidade e que seus fabricantes tivessem de fornecer evidencias científicas que comprovassem sua eficácia. Estados Unidos e Reino Unido estão considerando aderir à regulamentação.

Enquanto a questão é alvo de debate, os fumantes que desejam abandonar o cigarro devem procurar ajuda para, junto com seu médico, escolher o melhor método entre os vários disponíveis.

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