Apesar de não se vincular a nenhuma religião ou seita, o Alcoólicos Anônimos prega ser impossível vencer o alcoolismo sem a proteção de um ser superior, de um ente supremo que ajude o alcoólico a manter a sobriedade.
O AA é uma irmandade que congrega portadores de alcoolismo, uma doença incurável. Sua proposta é ajudar o alcoólico a parar de beber.
Para ser admitido no AA, não existem taxas nem mensalidades. A única exigência é o desejo de abandonar a bebida. Ninguém declara endereço ou profissão, classe social ou poder econômico, ideologia política ou crença religiosa. Analisando, porém, a composição dos diferentes grupos, conclui-se que todos os extratos sociais estão neles representados.
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Os membros do AA são protegidos pelo mais absoluto anonimato que, além de preservar a identidade dos alcoólicos, afasta qualquer idéia de projeção pessoal ou de terceiros que possa contaminar a estrutura da irmandade, regulamentada pelas Tradições (normas condensadas pelos pioneiros e aprovadas democraticamente que asseguram a unidade da instituição).
Apesar de não se vincular a nenhuma religião ou seita, o AA prega ser impossível vencer o alcoolismo sem a proteção de um ser superior, de um ente supremo que ajude o alcoólico a manter a sobriedade.
Dinâmica das reuniões
Ao chegar ao AA, o alcoólico é recepcionado por companheiros que abandonaram a bebida há algum tempo, embora todos digam que hoje conseguiram evitar o primeiro gole. A reunião começa com uma prece encontrada num necrotério dos EUA, cuja mensagem se encaixa perfeitamente na filosofia da irmandade.
A seguir, têm lugar os depoimentos dos veteranos que, ao expor uma história de vida muito semelhante à dos recém-chegados, provocam neles identificação profunda. “É sempre o mesmo drama, só mudam os atores”, reconhece Cláudio, um alcoólico em recuperação. “É começar a beber, viver um primeiro momento de satisfação e euforia, para depois tornar-se dependente, perder a credibilidade, a razão, a moral, a vontade de viver”. Infelizmente o alcoolismo é uma doença progressiva e de difícil controle.
Depois a palavra é dada aos novatos que farão uso dela se quiserem. Nada é obrigatório no AA. O primeiro passo para a recuperação é admitir que existe uma doença, o alcoolismo, porque enfrentar o problema e alcançar a sobriedade só é possível se houver esforço e empenho pessoal do interessado. Mesmo que haja recaídas (o alcoolismo é uma doença recidivante), as portas do AA estarão sempre abertas e os companheiros acolherão o dependente que retorna sem críticas nem censuras.
As reuniões são lideradas por um coordenador diferente a cada dia, a quem cabe abrir a sessão e organizar ordem dos depoimentos.A organizaçãoNo AA todos são iguais. Não existem chefes. Segundo um de seus membros, “o único chefe é o resultado da consciência coletiva que se manifesta através de um Deus amantíssimo”. Qualquer decisão, depois de debatida, é posta em votação e vence a vontade da maioria. Essa organização, aparentemente anárquica, funciona sem deslizes, porque todos estão imbuídos da responsabilidade que têm perante si mesmos e o grupo.
O AA não aceita doações de particulares nem de órgãos públicos ou privados. Não aceita, também, trabalho voluntário. Os encargos ficam todos por conta dos membros da irmandade composta apenas por alcoólicos. Há três cargos, entretanto, que podem ser ocupados por não-alcoólicos: presidência da junta de custódio, tesouraria geral e segunda vice-presidência.
Contato
Site oficial: https://www.aa.org.br/
Telefones: (11) 3315-9333 / Plantão (11) 229-3611