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Os melhores do ano | Artigo

pesquisador trabalha no microscópio, em laboratório. veja os melhores cientistas de 2014
Publicado em 03/02/2015
Revisado em 11/08/2020

 Os dez melhores cientistas do ano de 2014 foram selecionados pela revista Nature. Confira abaixo.

 

A revista “Nature” selecionou os dez cientistas que mais se destacaram em 2014:

 

Andrea Accomazzo

 

Passou os últimos 18 anos perseguindo o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Como diretor de voo, liderou o grupo que dirigiu o trajeto da nave Rosetta por 6,4 bilhões de quilômetros, até que ela conseguisse enviar Philae, o engenho que pousou no cometa a apenas 120 metros do ponto planejado.

Foi a mais espetacular das realizações da Agência Espacial Europeia.

 

Suzanne Topalian

 

Trabalha na área de imunoterapia do câncer desde 1985. Os estudos clínicos conduzidos por ela levaram à aprovação do nivolumabe, droga que pertence à classe dos inibidores PD-1, capaz de provocar regressões dramáticas em casos de melanoma maligno disseminado. Em 2012, publicou um trabalho mostrando que a atividade do nivolumabe não se restringia a esse tipo de tumor.

 

Veja também: Nobel de Medicina 2009

 

Radhika Nagpal

 

Com base no comportamento de formigas, abelhas e cupins, insetos que trabalham sem um comando central, seu grupo construiu um conjunto de 1.024 “kilobots”, estruturas de poucos centímetros cada uma. Esses “kilobots” se movimentam sobre pernas e se comunicam com os vizinhos por feixes de luz infravermelha. Quando agem em conjunto, conseguem se auto-organizar em formas bidimensionais. Essa tecnologia poderá ser usada para respostas rápidas a desastres ambientais.

 

Sheik Hummar Kahn

 

Fez parte da equipe que sequenciou o vírus Ebola em Serra Leoa. Quando a epidemia chegou, rejeitou o convite para lecionar fora do país, a fim de dedicar-se em tempo integral ao atendimento dos doentes, tornando-se figura lendária na região rural de Kenema, uma das mais pobres. Infectado pelo Ebola, faleceu em julho passado causando comoção nacional.

 

David Spergel

 

Em março de 2014, pesquisadores divulgaram pela mídia um estudo desenvolvido no telescópio BICEP2, instalado no polo sul, no qual haviam detectado ondas gravitacionais em pontos distantes do espaço sideral. Há muito procuradas, essas ondas forneceriam a evidência de que o Universo teria sofrido enorme expansão cósmica em seus instantes iniciais, demonstração que daria o Nobel ao grupo.

Spergel questionou os resultados, mostrando que o sinal detectado era um artefato e que descobertas científicas não devem ser divulgadas antes de passar por escrutínio rigoroso.

 

Maryam Mirzakhani

 

Seu orientador, Curtis Mcmullen, havia solucionado um problema sobre o comportamento que bolas de bilhar teriam numa mesa abstrata em formato de um biscoito “doughnut”, com dois buracos. Ela estendeu esses cálculos para todas as superfícies com dois ou mais buracos, harmonizando áreas como geometria, topologia e sistemas dinâmicos.

Por esse trabalho, foi condecorada com a medalha Fields, o Nobel da Matemática.

 

Pete Frates

 

Há dois anos, recebeu o diagnóstico de ELA (esclerose amiotrófica lateral), doença grave, que compromete progressivamente a motricidade. Criou campanha pela internet destinada a angariar fundos para os estudos sobre a enfermidade. Os vídeos divulgados pelo Facebook permitiram levantar U$ 115 milhões.

 

Koppillil  Radhakrishnan

 

Engenheiro-chefe da Organização de Pesquisas Espaciais da Índia, liderou o grupo responsável pelo envio de uma nave a Marte, colocando seu país no grupo seleto das nações com ambição e capacidade técnica para explorar o Sistema Solar.

 

Masayo Takahashi

 

O transplante de células-tronco multipotentes para corrigir defeitos na retina (degeneração macular) de uma mulher, conduzido por ela, foi o primeiro teste promissor com essa tecnologia. Os fotorreceptores obtidos a partir das células-tronco precisam estabelecer conexões com os neurônios para devolver a visão ao grande número de idosos portadores desse defeito.

 

Sjors Scheres

 

Biólogo estruturalista, que obteve as imagens mais claras dos ribossomos, as organelas responsáveis pela produção de proteínas no interior das células.  Scheres não se diz interessado em ribossomos, mas, na matemática, que lhe permitiu fazer os cálculos para chegar ao software que serviu de base para a crioeletromicroscopia, método desenvolvido por ele para a obtenção de imagens tão detalhadas.

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