Descobertas em 2015 | Artigo

Certos estudos são realmente surpreendentes. Veja quais foram as descobertas que mais geraram comentários no site da Science em 2015.

fita de DNA em 3d. Veja as descobertas curiosas em 2015

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Publicado em: 8 de janeiro de 2016

Revisado em: 11 de agosto de 2020

Certos estudos são realmente surpreendentes. Veja quais foram as descobertas que mais geraram comentários no site da Science em 2015.

 

Em ciência, há histórias que se destacam por causar curiosidade ou estranheza. O editor da versão on-line da Science, David Grimm, selecionou as que provocaram o maior número de comentários no site da revista, em 2015. Em ordem decrescente, as cinco mais populares foram:

 

5) As línguas mais influentes do mundo

 

Shahar Ronen e colaboradores do MIT desenvolveram um programa capaz de criar mapas para identificar como transmitir informações e ideias em outras línguas.

Para tanto, construíram três redes globais baseadas em 17 milhões de tuiteiros bilíngues, 2,2 milhões de livros traduzidos e edições multilíngues da Wikipedia.

 

Veja mais: Artigo do dr. Drauzio com as descobertas da década

 

Línguas faladas por grandes massas populacionais, como mandarim, hindi e árabe, estão relativamente isoladas nas redes.

Concluíram que, se você pretende ter suas ideias disseminadas pelo mundo, deve difundi-las em inglês. Como segunda língua, é melhor escolher o espanhol do que o chinês.

 

4) Cromossomo lesado cura doença imunológica

 

Na década de 1960, foi descrito o caso de uma menina de nove anos que apresentava infecções oportunistas, verrugas espalhadas pelo corpo, baixa produção de anticorpos e alterações na função da medula óssea. Batizada de WHIM, essa doença está associada a cicatrizes pulmonares e perda de audição, entre outros problemas, na vida adulta.

Em 2003, a enfermidade foi ligada ao gene CXCR4. Os pacientes apresentam uma cópia de CXCR4 normal e outra alterada.

Hoje, com 59 anos, essa primeira paciente não tem novas verrugas nem processos infecciosos desde os 30 anos.

A análise de seus cromossomos mostrou que uma das cópias do cromossomo 2 estava 15% mais curta do que a outra. A parte perdida por acaso continha justamente o gene CXCR4 defeituoso. Chamado de cromotripsia, esse fenômeno permitirá desarmar em laboratório genes deletérios e devolver as células tratadas para os portadores de doenças genéticas como a anemia falciforme.

 

3) Planta africana indica a presença de diamantes no subsolo

 

Na tradição dos mineiros, certas plantas assinalam a presença de metais no subsolo. Por exemplo, Lychnis alpina, pequena planta com flores cor-de-rosa da Escandinávia, e Haumaniastrum katangenese, arbusto de flores brancas na África Central, têm sido associadas a depósitos de cobre, por serem tolerantes a solos com altas concentrações do metal.

Uma palmeira com espinhos no tronco, que atinge 10 metros de altura, identificada como Pandanus candelabrum, é a primeira capaz de acusar a existência de diamantes.

 

2) O monstro alado da caverna 

 

Criacionistas americanos que ainda hoje estimam em 6 a 10 mil anos a idade da Terra (em vez dos 4 bilhões) insistem que seres humanos conviveram com os dinossauros.

Um dos argumentos apresentados é o desenho de um animal alado que lembra um pterossauro, gravado nas paredes de uma caverna pré-histórica no Estado de Utah.

Com câmeras e computadores com sensibilidade para ressaltar os pigmentos originais da pintura, invisíveis a olho nu, e técnicas de fluorescência por raios X, pesquisadores demonstraram que o “monstro” não passa de uma composição de cinco figuras: duas com aspecto humano e três com formas de animais, que incluem uma serpente com chifres.

Essas imagens foram pintadas de 2 mil a 4 mil anos atrás, 66 milhões de anos depois da extinção dos dinossauros.

 

1) Quanto tempo levaria para cair do outro lado da Terra 

 

Imagine um túnel que atravessasse a Terra. Se fosse possível, quanto tempo você levaria para sair no Japão?

Essa pergunta clássica feita aos estudantes de física admitia como resposta correta o tempo de 42 minutos e 12 segundos.

Para respondê-la, o estudante assume que a Terra é uma bola de bilhar com a mesma densidade em qualquer ponto. Ao descer pelo túnel, a força gravitacional varia de acordo com a distância do centro, porque a massa da Terra abaixo do corpo em queda diminui, enquanto a que está acima não exerce mais efeito.

Alexander Klotz, da Universidade McGill, partiu do princípio de que a densidade da Terra aumenta à medida que nos aproximamos do centro. Refez os cálculos e estimou que um objeto levaria 38 minutos e 11 segundos para atravessá-la, 4 minutos menos do que as previsões anteriores.

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